02/06/2018

Faturamento de comércio nogueirense caiu 90% durante greve, diz Acean

Presidente da associação teme que resultado gere desemprego na cidade e aposta no Dia dos Namorados como oportunidade de recuperação dos comerciantes

Da redação

O faturamento do comércio nogueirense despencou 90% nesta semana, de acordo com o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Artur Nogueira (Acean), João Conde. De acordo com ele, a queda no resultado foi consequência da escassez de combustíveis causada pela greve dos caminhoneiros e poder gerar desemprego na cidade. Conde espera que o movimento do Dia dos Namorados compense o prejuízo do fim de maio.

A greve iniciada em 21 de maio afetou o abastecimento de postos de combustíveis de todo o país. Em Artur Nogueira não foi diferente, e filas se formaram na cidade no quarto dia de paralisação, quando o combustível dos postos acabou. Como consequência, o fornecimento de gás de cozinha também foi interrompido no município.

Com os caminhões parados, a Central de Abastecimento (Ceasa) de Campinas (SP) deixou de receber diversas mercadorias. Assim, além de faltarem produtos no local, o preço dos que estavam disponíveis aumentou substancialmente – sendo refletido no preço final, repassado aos consumidores em supermercados e atacadões.

Sem combustível nos veículos e vendo o encarecimento de dezenas de produtos (além da falta de alguns deles), os nogueirenses foram forçados a diminuir as compras. E as consequências para os comerciantes foram pesadas. “O comércio parou entre 70% e 90% em Artur Nogueira”, comenta Conde. “O movimento de clientes caiu 90% e o faturamento também”.

Para o presidente da Acean, o cenário era desanimador na última semana – assim como as possíveis consequência disso. “Tanto que até hoje [quarta (30)], na hora do almoço, a cidade estava parada, não tinha movimento nenhum. Supermercados estavam vazios, lojas deram férias [para funcionários], prateleiras vazias. O impacto disso na cidade será algum desemprego”, lamenta.

O empresário Juan Júnior, que administra um restaurante na cidade, sentiu os impactos da greve em seu negócio. Além da preocupação com o fornecimento de gás e um aumento no preço dos produtos que adquiriu, ele viu o fluxo de clientes diminuir. “Como muitas pessoas não estão na mesma rotina, meu movimento caiu cerca de 30% ou 40%”, conta.

A falte de produtos e a queda no movimento de clientes também atingiu os feirantes de Artur Nogueira. No último domingo (27), alguns ambulantes não armaram barracas na feira livre por não terem produtos suficientes para vender, e o número de clientes diminuiu em quase 50%, de acordo com vendedores que participam semanalmente do evento.

A aposta de Conde para uma retomada do faturamento no comércio nogueirense está nas próximas duas semanas. “Estamos apostando que em junho as coisas vão melhorar, com o Dia dos Namorados. Vamos ver se conseguimos fazer alguma coisa para reerguer de novo, puxar esse movimento para o comércio novamente”, afirma.

Greve

A greve dos caminhoneiros durou 11 dias e afetou serviços de diversos setores em todo o país. Entre eles: falta de combustíveis nos postos, aeroportos operando em estado crítico, falta de abastecimento de alimentos, impacto nas exportações, suspensão de aulas em escolas e universidades, falta de produtos em supermercados, suspensão de procedimentos em hospitais, ônibus circulando com frota reduzida e morte de animais por falta de ração.

Em Artur Nogueira, até a alimentação dos idosos da Aidan foi ameaçada. Saiba mais sofre os efeitos da greve no município acessando a página especial do Portal Nogueirense sobre o assunto.

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