27/02/2018

Relembre a história do homem que agora dá nome ao coreto de Artur Nogueira

Filho de família tradicional, Antonio de Faveri Neto, o seu Nico, marcou história do município e foi músico desde criança

Da redação

Nesta segunda-feira (26), a Câmara de Artur Nogueira aprovou o Projeto de Lei que dá ao coreto da Praça Governador Lauro Natel o nome de Coreto Antonio de Faveri Neto, em homenagem ao seu Nico. Eva Edivalda de Faveri Tagliari, filha dele, escreveu uma breve biografia do homenageado, que marcou a história do município e da Corporação Musical 24 de Junho.

Acompanhe abaixo uma versão adaptada do documento enviado por ela ao Portal Nogueirense:

Antonio de Faveri Neto nasceu em 11 de julho de 1936, no Bairro Palmeiras, em Artur Nogueira. Era filho de, José de Faveri (Bepin de Faveri) e Maria Julietti. Foi casado com Magdalena Lück de Faveri, de cujo matrimônio tiveram os filhos Mafalda de Fáveri de Sá, Eva Edivalda de Fáveri Tagliari e Beatriz de Faveri Greter.

Ele estudou no primário, na antiga Escola Estadual Francisco Cardona (localizada no centro da cidade, existente até os dias de hoje), tendo cursado somente até o primário, à época. Na juventude, trabalhou na área rural, na propriedade de seu pai, localizada no Bairro Palmeiras. Cultivava laranja, algodão, milho, cana de açúcar e mandioca, entre outras variedades.

Trabalhou também como motorista, com transporte de cana de açúcar de produção própria da família, bem como no transporte de cana para outros produtores, entregando o produto na Usina Ester, em Cosmópolis (SP). Herdou do pai parte da propriedade rural, que foi repartida com os outros irmãos, onde trabalharam em conjunto, vindo depois de um certo tempo a venderem a propriedade e morar na cidade.

Quando ainda residia no sítio, era uma das pessoas chamadas pelo então pároco da cidade, Padre Edison, para ajudar na realização de eventos para angariar prendas e doações. O objetivo era a construção do “Educandário” e a realização da festa da Paróquia.

Após se mudar para a área urbana, continuou a fazer o transporte de carga para terceiros. Depois de um certo tempo, desfez-se do caminhão e adquiriu um comércio, com os serviços de bar, na Rua XV de Novembro, no Bairro São Vicente, onde trabalhou com a esposa por muitos anos.

Tempos depois, vendeu o estabelecimento comercial, passando a trabalhar como pedreiro e realizando muitos serviços de construção na cidade e na zona rural, levantando barracões e outros tipos de construções utilizadas nos sítios. Trabalhou assim por muitos anos seguidos. E mesmo após se aposentar, não deixou o serviço.

No Bairro São Vicente, local que morava, colaborou na construção da primeira Igreja de São Vicente de Paula, localizada na Rua Julio Caetano, esquina com a Rua Maria Marson Sia, que existe até os dias de hoje, porém, reformada e ampliada. Trabalhava nas festividades da igreja, em comemoração a São Vicente de Paula, montando as barracas e auxiliando na realização da festa para angariar recursos para a comunidade.

Trabalhou muito nos encontros de casais, chamado à época de “FNM”, que era realizado no Educandário Nossa Senhora das Dores.

Foi músico desde criança, participando de um conjunto musical do próprio pai. Ele tocava clarineta, sax e sanfona, e realizou diversos bailes na cidade, bem como abrilhantou muitas festas de casamento. Trabalhou juntamente com a esposa na Aidan, ajudando um pouco na construção e, posteriormente, nos eventos.

Foi integrante da “Corporação Musical 24 de Junho”, a tradicional “Banda”, por mais de 50 anos seguidos, onde, juntamente, com outros músicos, tocavam, gratuitamente, por amor à música e à “Banda”.

Muitas vezes, com seu próprio veículo, uma camionete pampa/Ford, transportava os instrumentos e os equipamentos da “Banda” para apresentações em outros locais, em especial no coreto da praça central da cidade. Além de integrar a “Banda”, como músico, foi membro voluntário, integrando a Diretoria da “Corporação Musical 24 de Junho” por vários anos.

Sua ligação com a “Banda” era um caso de dedicação e muito amor pela Instituição. Sua esposa, Magdalena Luck de Faveri (D. Lena), por vários anos foi cuidadora da limpeza e conservação das dependências da sede da Banda.

Por ocasião de seu falecimento, como homenagem póstuma da corporação, por intermédio do maestro Ricardo Michelino, os membros da diretoria e os músicos pediram à família para que o seu corpo fosse velado na sede do grupo, prestando depois uma última homenagem ao tocarem músicas fúnebres e acompanhando seu corpo até o local de sepultamento.

Pessoa de fino trato, muito dócil e brincalhão, estimava e cultivava as boas amizades. Veio a falecer em 14 de setembro de 2010.

Informações fornecidas pela filha Eva Edivalda de Fáveri Tagliari.

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