12/03/2019

“Criem vergonha na cara”, esbravejou Faveri para prefeito e secretários

Vereador petebista resgatou o tema das cestas básicas atrasadas e o superfaturamento das mesmas

Daniela Fernandes

A Sessão da Câmara de Vereadores de Artur Nogueira também foi marcada por um discurso acalorado na noite desta segunda-feira (11). Rodrigo de Faveri (PTB) resgatou o tema das cestas básicas atrasadas e mandou recados ao prefeito e os secretários dele. O petebista vincula o atraso dos alimentos a um suposto superfaturamento dos mesmo.

De início, o parlamentar destaca que o cenário é novidade no município. “Nunca, na história de Artur Nogueira, o Poder Executivo deixou de fornecer cesta básica por mais de dois meses consecutivos aos funcionários públicos. A gestão de Ivan Vicensotti conseguiu isso”, apontou. Após algumas denúncias feitas ao Portal Nogueirense e, também, indicações e requerimentos realizados por vereadores, Ivan Vicensotti (PSB) prometeu regularizar a entrega das cestas em fevereiro deste ano (2019).

Conforme informou a administração, a cada uma cesta entregue na data correta, outra atrasada também seria disponibilizada. Apesar da promessa, Faveri (PTB) acredita que nada tem sido feito, por isso, foi enfático. “Secretários, que ficam no Facebook defendendo o prefeito, criem vergonha na cara! Vocês estão deixando os servidores públicos sem ter o que comer! Isso é falta de vergonha na cara”, esbravejou.

O vereador confessou que ficou insatisfeito com a resposta do requerimento enviado anteriormente. “Fizemos um requerimento pedindo informações e, com a cara lavada, ele [prefeito] mentiu, dizendo que isso ocorreu apenas no mês de dezembro”, acusou.

Faveri (PTB) disse que, em 2017, fez um levantamento e a cesta básica contendo 5 kg de arroz, 5 kg de açúcar, dois pacotes de macarrão, uma lata de extrato de tomate, 2 kg de feijão, um pacote de fubá, um pacote de biscoito, 1 kg de sal, duas latas de sardinha e dois litros de óleo de soja custava R$ 58. Segundo ele, a Câmara pagava – na mesma cesta – R$ 48 no mesmo ano e, em 2019, gasta R$ 52.

“Em 2017, a prefeitura paga nessa cesta básica R$ 108. Eu vim aqui e denunciei que a cesta básica de Artur Nogueira estava superfaturada. Uma engrenagem que funciona quebrada, uma hora vai parar de funcionar. E parou! Não tem cesta básica mais para os funcionários”, exclamou durante a fala livre.

O edil finalizou o discurso pontuando que muitos vereadores que antes se pronunciavam, hoje, se mantêm calados. Apesar da observação, o petebista não deu nome aos representantes do Poder Legislativo.

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