10/09/2020

Vereador aponta falhas em denúncia contra Ivan Vicensotti

Afirmação foi feita por Cristiano da Farmácia durante sessão da Câmara

Da redação

As denúncias de irregularidades Durante a última sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Artur Nogueira, realizada na noite de terça-feira (7), o líder de governo, Cristiano da Farmácia, usou o seu tempo de fala livre para comentar sobre a denúncia apresentada na casa de leis sobre as supostas irregularidades na gestão do prefeito, Ivan Vicensotti (PSB).

A denúncia foi acatada pela Câmara Municipal por 8 votos a 2. No entanto, em sua fala livre, Cristiano se posicionou sobre o teor da denúncia, apontando erros na mesma. O parlamentar argumentou que há falhas graves nos valores apontados pelo denunciante, na natureza da empresa contratada, e também da possível não circulação de um jornal contendo um edital que faz parte do processo.

Cristiano começou sua argumentação falando sobre os valores apresentados na denúncia. “São falhas graves, primeiro vou falar um pouco sobre as acusações apresentadas pelo denunciante. Ele coloca que os danos aos cofres públicos são de pagamentos feitos à empresa que giram em torno de R$5,3 milhões, isso está no processo e foi muito divulgado pela mídia”, iniciou Cristiano.

No entanto, o vereador acredita que qualquer pessoa que averiguar esses valores no site do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo irá ver que eles estão incorretos. “Eu ensino qualquer pessoa que quiser a fazer essa pesquisa. O resultado dela é que na data de 30 de maio de 2017, foram pagos a empresa R$ 490 mil. Ou o denunciante estava equivocado, não entendendo o que estava vendo, ou de má fé, dizendo que ouve dano de mais de R$5 milhões. No Tribunal de Contas tem o extrato com os dados. Foram pagos R$ 490 mil, e não cinco milhões”, completou o edil.

Outro suposto equívoco apontado pelo vereador na denúncia, é no que se refere ao trabalho prestado pela empresa Era Técnica Engenharia e Construções e Serviços LTDA. “O denunciante levou todos a pensarem que a empresa deveria limpar toda a cidade, isso não é verdade. Esse é outro equívoco por parte do denunciante. A empresa estava responsável por limpeza de creches e escolas municipais. De onde eu tirei isso? Está lá no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Tenho certeza que a comissão vai levar em consideração todos esses fatos”, explicou ele.

Ainda em seu discurso, Cristiano disse que para que o processo seja concluído com êxito, a lei pede que um edital seja realizado em jornal de circulação municipal, acessível a todos sem custo. Porém, ele afirma que tem informações que o jornal não circulou na cidade, e que possivelmente apenas uma edição tenha sido entregue na Câmara Municipal.

“A publicação 1967 do ‘O Regional’ não circulou na cidade de Artur Nogueira. Tenho áudios e vídeos que constatam que isso não aconteceu. Os próprios colaboradores dessa casa podem dar essa informação a vocês, um jornal chegou a essa casa, mas não chegou a mão do cidadão comum. Vou deixar bem claro que eu não estou falando mal dos funcionários locais, eles fizeram tudo com muita clareza e me atenderam dando todas as informações necessárias. É comum a gente chegar aqui e ver a última edição do jornal, mas o fato é que eles não estão mais produzindo a edição de terça-feira, tanto que esta casa recebeu essa edição em data posterior”, pontuou ele.

“Pagamos por edital que deveria ter chego à sociedade, e se esse jornal não circulou, essa casa está pagando por uma publicação que não está saindo na rua, peço a atenção de todos da Câmara para que se averigue esse fato, vamos observar que quando chega esse jornal, ele é entregue em maço e ele vai para o balcão. Se você olhar as câmeras, nesse dia o jornal não chegou, foi chegar só depois, e há informações de que a população não recebeu essa edição”, complementou.

Após os apontamentos, Cristiano se mostrou preocupado a imparcialidade na condução do processo. “Essas falhas não podem ser ignoradas. Se cometemos atos durante o processo, seja a comissão ou membros dessa casa, que mostre a um juiz que o mesmo não está sendo parcial, isso pode anular o processo”, comenta Cristiano. “Acredito que essa comissão vai fazer jus ao processo e levar isso adiante de maneira séria, apurando de forma justa, levantando os fatos e entender o que aconteceu na denúncia. Estamos em prévia de período eleitoral, precisamos ser justos, apurar tecnicamente e não de maneira política”, acrescentou.

E concluiu.“Eu acredito que vão olhar para isso nesse parecer, são falhas claras e disponíveis pra quem quiser ver, não se pode afastar um prefeito com informações que não são verdadeiras”, finaliza o vereador.

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