28/12/2010

Um problema que não incomoda os nogueirenses

Observe esta imagem. O que parece? Uma mata? Um campo abandonado? Nada disso. Este é um dos lugares menos visitados pela população de Artur Nogueira. Por quê?

Alex Bússulo

Por vários motivos. O cheiro forte é um deles, mas não o principal. Localizado ao lado do balneário municipal Guilherme Carlini, é exatamente neste local que é jogado parte do esgoto produzido pelos moradores de Artur Nogueira.

Isso mesmo. Ao lado de um dos espaços onde constantemente acontecem as maiores festas da cidade, atraindo turistas de todo o país, como o Encontro de Motos e a Expo Artur, localiza-se uma das lagoas de estabilização de esgoto do município.

Antigamente, o local era uma lagoa de decantação, onde o material orgânico ficava em processo natural e separava o sólido do liquido. Atualmente tudo se encontra assoreado. As lagoas não existem mais e foram invadidas por plantas, como se vê na imagem. Todo o esgoto fica a céu aberto até desaguar no córrego Três Barras e ir para Cosmópolis.

Ninguém reclama. Entre todos os problemas da cidade, este estaria nos últimos. “Artur Nogueira não sente o problema porque a cidade não recebe esgoto de nenhuma cidade vizinha”, comenta o presidente do Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira (Saean), Edson Antonio Sacilotto.

Segundo a autarquia, que é a responsável pela coleta de esgoto, a cidade precisaria de duas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), uma no córrego Três Barras e outra no sítio do Stocco, um lugar idêntico ao primeiro, próximo a Teka.

Para a construção das duas ETEs serão necessários aproximadamente R$16 milhões. Dinheiro que o Saean espera receber no próximo ano, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), do governo federal.

“O Saean já fez tudo o que precisava ser feito, já adquirimos os terrenos para a construção das ETEs, já fizemos os projetos, já temos a licença ambiental. Só falta o dinheiro”, afirma Sacilotto.

No final de novembro, o NOGUEIRENSE publicou uma reportagem divulgando os setores que seriam beneficiados pelo PAC 2, a construção das estações receberão R$11,30 milhões, dinheiro que ainda não é suficiente. Agora a missão da prefeitura é conseguir uma verba que complemente e torne possível a construção das ETEs no próximo ano.


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