04/12/2019

Secretário pede cassação do mandato de vereador de Artur Nogueira

Anderson Guidotti afirma que Adalberto Di Lábio (PSDB) coagiu o prefeito Ivan Vicensotti (PSB)

Michael Harteman

Foi protocolado nesta quarta-feira (4) na Câmara Municipal de Artur Nogueira uma denúncia contra o vereador Adalberto Di Lábio (PSDB). A iniciativa partiu do secretário Municipal de Administração Anderson Guidotti. Segundo o secretário, houve improbidade administrativa por parte do vereador.

O documento cita a sessão Ordinária da Câmara de Vereadores de Artur Nogueira do dia 16 de setembro de 2019. Naquela oportunidade, o vereador Adalberto falou sobre uma reunião entre o prefeito Ivan Vicensotti (PSB), alguns vereadores e o secretário de Negócios Jurídicos, Dr. Marcos Paulo. “Ele veio aqui pedir para que não fizéssemos a CPI, fizemos alguns acordos lá, Dr. Marcos estava presente e lembra muito bem que nós fizemos alguns acordos”, afirmou Adalberto durante a sessão.

A reunião tratava da intenção do vereador de abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os décimos terceiros salários pagos aos funcionários públicos. Segundo a denúncia, dentre os pedidos feitos por Adalberto para que uma CPI não fosse aberta estaria: a devolução dos valores, uma retratação sobre uma afirmação feita contra o vereador e a substituição do secretário de Administração, o próprio Anderson Guidotti.

Em sua fala, durante a sessão de setembro, Adalberto explicou o motivo do pedido de afastamento de Anderson. “Outro pedido que eu fiz foi a substituição do secretário de administração. É competente? Não sei, não é meu funcionário. Eu pedi a suspensão porque esse senhor faz acepção de pessoas, atende a quem interessa ao governo. Se vota contra o governo não interessa”, exclamou o político.

Segundo o documento apresentado por Guidotti, tais afirmações comprovam uma improbidade administrativa. “… o mesmo [professor Adalberto] fez algumas exigências ao prefeito, dentre elas, a exoneração do infra-assinado do cargo de secretário Municipal de Administração, em evidente coação ao Chefe do Poder Executivo como condição para não apresentar denúncia contra eventual ilegalidade praticada no pagamento de décimo terceiro salários aos secretários municipais”, afirma o documento.

Além de entender que a atitude do professor Adalberto foi uma coação ao prefeito Ivan Vicensotti, Guidotti afirma que nenhuma prova foi apresentada para sustentar as alegações do vereador. Por esse motivo, ele pede a abertura de uma Comissão Processante contra o edil, com a ‘consequente instrução do processo de cassação a partir da análise da infração aplicada’.

O documento também apresenta oito testemunhas que teriam presenciado a reunião citada, sendo eles: prefeito Ivan Vicensotti, os vereadores Cristiano da Farmácia, Beto Baiano, Davi da Rádio, Zé Pedro Paes, Lucas Sia, o secretário de Negócios Jurídicos Dr. Marcos Paulo e o advogado Eduval Messias Serpeloni.

Agora, a Câmara Municipal deve fazer a leitura da denúncia na próxima sessão, prevista para ocorrer na segunda-feira (9).

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