VÍDEO: Risco de atropelamento continua em trecho de rodovia em Artur Nogueira

Os nogueirenses Dedilio Alves Frota (61 anos), Mência de Souza Marçal Ribeiro (37) e Valdereide Adelino Gonçalves (31) morreram após serem atropelados em Artur Nogueira em um período de 10 meses.

Todos eram moradores do Bairro da Parada, localizado na zona rural de Artur Nogueira, e foram mortos ao tentarem atravessar um mesmo trecho da Rodovia Zeferino Vaz (SP 332). O primeiro acidente aconteceu em junho do ano passado e vitimou as duas mulheres. No início deste mês o segundo acidente matou o senhor Dedilio, reascendendo uma antiga reivindicação dos moradores da Parada.

Acidente deixa duas mulheres mortas e dois irmãos feridos em Artur Nogueira

Vendedor de 61 anos morre atropelado em Artur Nogueira

Eles pedem a construção de um retorno e de uma passarela na altura do KM 158+400, mesmo local onde aconteceram os acidentes.

Devido à falta de um retorno que dê acesso a veículos ao bairro, os moradores tem que pagar dois pedágios para se deslocarem da zona urbana de Artur Nogueira até a Parada ou se submeterem a estradas alternativas que comprometem os carros e coloquem em risco a vida das pessoas, já que o local é alvo frequente de assaltos, segundo moradores.

O Portal Nogueirense saiu da região central da cidade e se deslocou até o Bairro da Parada, na zona rural do município, há aproximadamente seis quilômetros e pagou R$4,40 de pedágio. Realizou o retorno, um quilômetro após a praça de pedágio, e novamente passou pela barreira de cobrança. Ao todo foram R$ 8,80 para fazer um único deslocamento até o Bairro da Parada. Para voltar utilizamos uma estrada alternativa arriscada. Local ermo e difícil de trafegar, mas que poupa os moradores dos custos com o pedágio.

Na oportunidade conversamos com moradores sobre os desafios e as demandas daquela comunidade. Assista ao vídeo.

A morte do vendedor ambulante Dedílio Alves da Frota, de 61 anos, no dia 9 de abril, reascendeu o debate sobre a necessidade de construir os acessos solicitados pelos moradores. No entanto, questionada, a concessionária respondeu não ter registro em ouvidoria de nenhuma solicitação por parte dos moradores da Parada e nem previsão de realizar novas obras no local.

Após a resposta, o Portal Nogueirense questionou a Rota das Bandeiras, concessionária responsável pela rodovia, sobre uma reunião ocorrida no dia 25 de fevereiro no gabinete do prefeito Celso Capato. De acordo com informações divulgadas pelo próprio prefeito, na ocasião, teriam sido apresentados a técnicos da Rota das Bandeiras diversas demandas, dentre elas “o novo trevo para acesso ao Bairro da Parada e bairros vizinhos conforme reivindicação antiga dos moradores”.

Segue abaixo, na íntegra, resposta da concessionária ao questionamento feito pelo Portal Nogueirense.

A Concessionária Rota das Bandeiras informa que, das obras citadas durante a reunião com o prefeito de Artur Nogueira Celso Capato, uma tem previsão de início para o final do primeiro semestre deste ano. Ela está localizada no km 155+800 da rodovia Prof. Zeferino Vaz (SP-332) e corresponde ao item Construção de um trevo no bairro Coração Criança. As outras quatro obras (Término da pavimentação da XV de Novembro, Novo trevo para o bairro da Parada, Acesso ao loteamento Campos Sales e Reativação da antiga entrada de Artur Nogueira ao lado da passarela) também foram solicitadas pela prefeitura e sua viabilidade está sendo avaliada pela Concessionária. Cabe destacar que nenhuma delas está prevista no contrato de concessão do Corredor Dom Pedro.

A obra que será iniciada no final do primeiro semestre (Construção de um trevo no bairro Coração Criança) tem previsão de término para o final de 2016. O valor do investimento é de R$ 5,8 milhões. A prefeitura participa da discussão do projeto para realização das obras. A execução e o investimento ficam a cargo da Concessionária. Essa obra contempla a construção de um retorno em desnível que conterá duas rotatórias (uma na pista norte e uma na pista sul), duas alças de acesso (uma na pista norte e uma na pista sul), ambas com faixas de aceleração e desaceleração, um viaduto com duplo sentido de circulação e a adequação dos acessos existentes.