11/03/2019

Réu recebe condenação de 19 anos por homicídio ocorrido em Artur Nogueira

Crime ocorreu em janeiro do ano passado (2018); Vítima foi esfaqueada e teve o corpo incinerado

Diego Faria

Uma sessão de Tribunal do Juri, realizada nesta segunda-feira (11) em Artur Nogueira, condenou um acusado por homicídio triplamente qualificado. O crime teria ocorrido em janeiro do ano passado (2018), no município nogueirense. A vítima do crime foi um rapaz, morador de Santo Antônio de Posse (SP), que foi esfaqueado na ocasião do delito.

O tribunal do juri contou com a presença de aproximadamente 35 pessoas, entre elas, o réu, advogados de defesa, promotoria e juiz, auxiliares judiciais, policias militares e agente penitenciário, testemunhas de defesa e acusação, o jurado, familiares da vítima e do réu, além de espectadores. Com início às 9h30, a sessão se prolongou por cerca de quatro horas.

Conforme consta nos autos do processo em relação ao caso, o indiciado enfrenta a acusação de ter assassinado um rapaz de 30 anos no início do ano passado (2018), com golpes de faca. Após o crime, ele teria jogado o cadáver da vítima em uma área de canavial, situada em Cosmópolis (SP). O corpo foi encontrado alguns dias após o delito.

O crime teria sido motivado por uma suposta dívida entre as partes. A vítima teria pago a quantia de R$ 3 mil ao colega para ele comprar uma arma de fogo no Paraguai. O acusado não teria feito a compra e devolvido parte do valor, ficando devendo então cerca de R$ 700. Em uma certa ocasião, na casa onde morava no Parque Itamaraty, ao ser cobrado pelo colega, o indiciado deferiu contra ele ao menos sete facadas.

Posteriormente, o corpo foi levado pelo acusado ao canavial de Cosmópolis (SP), sendo localizado incinerado no local. O rapaz assassinado era morador de Santo Antônio de Posse (SP) e não possuía passagens policiais. Durante as investigações, a Polícia Civil chegou ao suspeito após uma criança ter localizado uma bolsa que pertencia à vítima na lixeira de uma escola, em Holambra (SP). Imagens do monitoramento de segurança do colégio registraram um veículo parado no local, onde o condutor deixava o pertence na referida lixeira.

Em posse do emplacamento do veículo, modelo GM/Celta preto, a Polícia então chegou ao indiciado. Ele foi preso e está em regime de reclusão há aproximadamente um ano. Ao ser detido, o réu confessou o crime, alegando que teria tirado a vida da vítima porque havia sido ameaçado por ele por conta da dívida, agindo sob violenta emoção. A acusação contra ele diz respeito ao delito de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Na sessão do juri, realizada em Artur Nogueira, o réu mais uma vez assumiu a autoria do crime, mesmo tendo apresentado algumas contradições em relação ao depoimento prestado anteriormente à Polícia.

O promotor de Justiça atuante no caso, Dr. Nelson Aparecido Febraio Junior, pediu ao juri a condenação do acusado com a aplicação dos agravantes de motivo torpe e ocultação de cadáver. “Já solicitei em outros juris a absolvição do réu, isso quando percebo que não há motivos para a condenação. Mas, hoje, peço pela condenação em vista da materialidade dos fatos”, declarou a promotoria.

Já a defesa, solicitou ao juri a retirada das qualificadoras, porém, o jurado optou por condenar o réu por homicídio triplamente qualificado e pela ocultação do corpo. “Não estamos aqui para pedir a absolvição do réu, pois ele já confessou o crime, mas temos que levar em conta como o crime ocorreu, sob ameaça contra a vítima”, argumentou a defesa.

A sentença foi lida ao término da sessão pelo juiz do juri, Dr. Paulo Henrique Aduan Correa. Ele estipulou a pena média de 19 anos em regime fechado ao autor do crime, levando em consideração os agravantes de motivo torpe e a ocultação de cadáver. O indiciado se encontra preso na Penitenciária de Itirapina (SP ), onde continuará a cumprir pena.

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