Quase perfeitos, passamos para as quartas

Michael Harteman

Se a Seleção do México era o adversário mais forte até aqui, o desempenho da Seleção Brasileira também foi. O time do Tite jogou o que precisava para vencer, sem sustos, o adversário. Ofensivamente, demorou pra engrenar. Defensivamente o time sofria algumas jogadas pelo lado direita da defesa. Fagner, um pouco perdido, chegava atrasado. É dali que saia as principais jogadas do ataque mexicano.

Se a melhor defesa é o ataque, lá se foi o Brasil. Melhorou a partir dos 25 minutos e começou a criar. Nessa altura Neymar se preocupava em jogar, em ajudar o time. Criava e definia rapidamente as jogadas. William completava a trinca ofensiva com um bom desempenho e Gabriel Jesus continuava perdido. Embora o primeiro tempo tenha terminado sem gols, o sentimento era de que a seleção canarinho jogava bem.

Com a mesma objetividade a seleção conseguiu o gol nos primeiros minutos da etapa final. Neymar mandou para as redes após o passe de Willian. Quem conhece o Tite já deve ter visto seus times diminuírem o ritmo após abrirem o placar. Foi assim no jogo de hoje, mais uma vez. Sem medo de se expor o México se lançou pra cima, mas o bom desempenho do sistema defensivo da seleção não deixava o adversário criar grandes chances de gol. Se havia um problema do lado direito da defesa no primeiro tempo, deixou de existir, Fagner voltou bem após o intervalo.

Embora, a intensidade tenha diminuído, taticamente o Brasil dominava o jogo. Sabia que encontraria espaço. Encontrou e em um rápido contra-ataque de Neymar, Firmino, que havia acabado de entrar, marcou o gol da classificação. Não, não foi um gol de alta complexidade de Firmino, mas o menino tem estrela, tá pedindo passagem faz tempo.

O futebol brasileiro cresce na medida necessária para avançar de fase. Daqui pra frente os desafios devem aumentar. Será preciso manter o que há de bom. Mas já aviso, prepare o seu coração, se o hexa vier, será na marra, na força da camisa amarela.

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