Moradores protestam pela procura de jovem desaparecida em Artur Nogueira
Familiares e amigos levaram cartazes em frente ao rodeio
Um grupo, inicialmente formado por 30 pessoas, protesta em frente à entrada do Artur Nogueira Rodeo Festival na noite deste sábado (14). O motivo do protesto é, segundo os manifestantes, o descaso na procura e investigação de Arieli Pinheiro dos Santos, que está desaparecida há quase duas semanas.
Com cartazes em mãos, familiares, amigos e pessoas comovidas pelo caso pedem mais agilidade nas investigações. “Minha filha desapareceu e ninguém faz nada. Peço ajuda da polícia e de todos que possam me ajudar a reencontrar minha menina”, diz a Elissandra Pinheiro dos Santos, mãe de Arieli.
Os manifestantes estão ao lado do principal portão de acesso ao rodeio e não pretendem prejudicar a entrada dos visitantes. “Não queremos nenhum problema. Apenas queremos nossa Arieli de volta”, disse uma moradora.
CASO ARIELI
“O desespero da gente começou exatamente no domingo (1) à noite, às 22h30”, conta Pauliane Pinheiro dos Santos, com a voz embargada. “A gente ligou para o celular dela a partir desse horário, e ainda chamava. Depois das 2 horas da manhã, não chamou mais. Nunca mais”, acrescenta com um suspiro, demonstrando o cansaço físico e emocional que se abateu sobre ela nos últimos sete dias.
Há quase duas semanas, a sobrinha de Pauliane, Arieli Pinheiro dos Santos, desapareceu em Artur Nogueira. Desde então, a rotina dos moradores da casa 253 da Rua João Carrari, no Jardim Olinda, ganhou ares de pesadelo. Após diversos apelos e campanhas nas redes sociais, o destino da adolescente permanece um mistério.
Durante a noite de 1º de outubro, Arieli foi até a frente da residência para conseguir tentar usar o wifi do vizinho. De acordo com a família, essa era uma prática comum dela e dos primos. Quando ficava tarde e muito escuro, a mãe a chamava para dentro. “Sempre foi assim. Mas nesse domingo a gente a chamou, e ela não respondeu”, relembra a tia.
Pauliane, seu pai, sua mãe e seus dois filhos estavam conversando no corredor da casa quando notaram o horário avançado e chamaram Arieli. O silêncio os deixou preocupados. E o medo de algo ruim virou desespero quando perceberam que a menina de 13 anos não estava na varanda da residência – nem na calçada, nem na rua.
Procuraram nos vizinhos, ligaram para parentes, percorreram as ruas do bairro todo. Nem sinal de Arieli. Encontraram uma viatura da Ronda Ostensiva Municipal (Romu) e contaram o que estava acontecendo. Os agentes pegaram fotos e dados, e passaram a noite tentando encontrar a adolescente. A família procurou a Delegacia de Polícia Civil e registrou um Boletim de Ocorrência (B.O.).
O caso se tornou público. Postagens foram feitas em redes sociais e o Portal Nogueirense noticiou o desaparecimento da adolescente já na manhã de segunda-feira (2). No dia seguinte, Pauliane e uma prima de Arieli, Jéssica, foram entrevistadas ao vivo no Boletim Nogueirense. Elas se emocionaram e fizeram um apelo que comoveu os moradores de Artur Nogueira.
Apesar disso, a família ainda não possui nenhuma pista de Arieli. Os esforços para encontrá-la, porém, não diminuíram. “A gente dorme do lado de fora da casa, numa cadeira, ou dorme na rua mesmo, procurando por ela”, relata Pauliane. “Mas estamos na estaca zero. Nem sabemos como anda a investigação”.
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