Pronto-socorro de Artur Nogueira será transferido para o Hospital Bom Samaritano

Em coletiva de imprensa realizada na tarde da última quarta-feira (04) o prefeito Celso Capato (PSD), reunido com a direção do Hospital Bom Samaritano, oficializou convênio entre o poder público e o hospital para que os pronto-atendimentos do município, incluindo os partos, sejam realizados pelo Bom Samaritano. O atendimento deve passar a ocorrer em até 60 dias, garantiu Capato.

Após uma série de reclamações envolvendo o atendimento médico em Artur Nogueira, a Prefeitura Municipal oficializou um convênio que deve alterar significativamente o atual cenário do serviço prestado pelo Serviço Único de Saúde (SUS) no município. Em até dois meses todos os atendimentos, que hoje são realizados no Pronto-socorro Municipal devem passar a ocorrer no Bom Samaritano.

Segundo Capato, a partir da reformulação, todas as especialidades médicas serão concentradas onde atualmente funciona o Pronto-socorro. O anúncio acontece um dia após a confirmação de uma emenda do deputado Protógenes de Queiroz (PC do B) no valor de R$ 500 mil para a reforma do prédio do Pronto-socorro.

De acordo com o secretário municipal da Saúde, Aldo Todero, “todas as cirurgias emergenciais de pequena e média complexidade devem passar a ser realizadas no Bom Samaritano”. Ao que tudo indica, os pacientes que se enquadrarem neste perfil não serão mais levados para Cosmópolis, como ocorre hoje.

O prefeito assumiu a dificuldade no atendimento e acredita que esta medida deve contribuir para reverter a situação. “Temos bons profissionais e temos aqueles que poderiam se doar mais para fazer um serviço melhor. A iniciativa privada tem algumas facilidades. A questão do treinamento, da exigência, enfim, ela tem essa condição de gerenciar e de dar um melhor atendimento”, explica Capato.

O doutor Zildomar Deucher, fundador do Bom Samaritano, acredita na possibilidade de o hospital passar a realizar cirurgias de alta complexidade para o SUS, no entanto, este tipo de atendimento, por ser de responsabilidade do Estado, requer compromissos em outras esferas para que sejam concretizados. Capato também tem o mesmo entendimento e afirma que a possibilidade existe, no entanto admite que a demanda requer um esforço a médio e longo prazo.

Em nota enviada ao Portal Nogueirense, Capato falou sobre os desafios que enfrenta na área da saúde e não economizou em críticas há alguns funcionários que, de acordo com ele, insistem em atender os moradores com má vontade. Confira o texto na íntegra.

Depois de muito tempo os nogueirenses finalmente estão vendo se transformar em realidade o sonho de ter um Pronto Socorro e uma Maternidade junto a um hospital de retaguarda aqui na própria cidade. O povo de Artur Nogueira merecia essa conquista. Agora não será mais necessário se deslocar para outras cidades em busca de atendimento hospitalar, excepcionalmente em alguns casos de alta complexidade. Esta é uma conquista histórica, pois a saúde pública de Artur Nogueira está dando um grande salto de qualidade para oferecer a todos os seus moradores um atendimento digno e humanizado. A saúde sempre foi e continuará sendo a nossa prioridade. Estamos nos esforçando muito para que a população tenha à disposição serviços cada vez mais eficientes.

Há muitos anos, entra administração e sai administração, é investido quase 30% do que se arrecada para a manutenção do serviço de saúde, mas as reclamações continuam, principalmente em razão do atendimento de alguns maus funcionários que não honram seu compromisso de prestar um bom e eficiente atendimento aos usuários da saúde municipal.

Já se tentou de tudo, mas infelizmente é uma situação muito difícil. Temos ótimos servidores, aliás, a maioria é bastante dedicada e cumpridora de seus deveres. Porém, alguns funcionários insistem em atender o morador com má vontade, inclusive alguns chegam até a maltratar os pacientes que buscam atendimento. Quero registrar que esse tipo de atitude é indadmissível e inaceitável. Estamos trabalhando para identificar e até punir, de acordo com a lei, esses maus funcionários, que muitas vezes se aproveitam da estabilidade do concurso público para praticar esses atos que prejudicam diretamente o atendimento prestado à população.  

Inclusive esta parceria com a iniciativa privada irá permitir maior eficiência na gestão dos servidores, uma vez que a CLT, lei de contratação que rege os funcionários não concursados, facilitará a substituição dos funcionários que forem alvos de reclamação por parte dos usuários do serviço de saúde.