Relembre professores de Artur Nogueira que deixaram saudade
No Dia dos Professores, uma homenagem àqueles que lutaram pela educação nogueirense
Por Geso Franco de Oliveira
Sempre tivemos grandes mestres do ensino, professores comprometidos com a formação de nossa gente que ajudaram a construir nossa história. Eles amavam o que faziam e com amor acreditavam na transformação do ser humano através da escola e passavam isso para os alunos, de maneira a instigá-los à descoberta, à curiosidade.
Todos nós temos saudades da vida estudantil, saudades dos trabalhos em equipe, dos eventos nas datas cívicas, dos jogos nas quadras no recreio, das serventes, do hino nacional no pátio, das excursões para o zoológico e Playcenter, mas tudo isso, graças a quem sentimos mais saudade? Aos professores; por isso hoje prestamos esta homenagem aos mestres que já partiram.
Pesquisei muito – mas peço desculpas se esqueci de alguém – e para representar todos os mestres falecidos escolhi uma das primeiras professoras da cidade, a sra. Magdalena Sanseverino Grosso.
Foto de formatura
Magdalena, nascida em 05 de setembro de 1902, foi uma mulher muito à frente de seu tempo, elegante e de personalidade forte. De berço português e italiano, era filha do Sr. José Sanseverino e Vicência do Espírito Santo, que geriram a figura que participaria ativamente no cenário nogueirense.
Entre os irmãos e irmãs foi a única que se graduou. Trouxe orgulho à família por ser a 1ª filha de Artur Nogueira a se formar professora em 1924, pela Escola Caetano de Campos da capital. Em seguida, lecionou na Escola Reunidas de Artur Nogueira e depois no Grupo Escolar Francisco Cardona, onde repartiu seus conhecimentos com muitos alunos, alguns que chegaram a ocupar relevantes cargos, como prefeito. Aos 21 anos amadrinhou a Corporação Musical 24 de junho.
Turma do Colégio Francisco Cardona
Sua sobrinha-neta, sra. Carmelina Miritello, fala sobre a Magdalena: “Ela era a filha predileta, sempre que virava o pano que cobria seu prato, tinha uma mistura a mais. Talvez isso demonstre o orgulho dos pais.” Desde a formação dedicou a vida à Educação e aos movimentos políticos e sociais do marido, sr. Raul Grosso.
Aposentada, voluntariamente, ofereceu-se a lecionar junto ao MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização) com seus 70 anos. Falava francês, desenhava e pintava, gostava de uma cantoria, redigia poesias distribuídas em cadernos, acolhia os desejosos por evolução educacional, era exigente – como qualquer professora de seu tempo – amava a distração em meio às plantas – mas as rosas… elas lhe despertavam grande devoção.
Faleceu em 6 de junho de 1983, dois anos antes de ver inaugurada a Escola que carrega o seu nome, no Jardim Planalto. Deixou por aqui pessoas gratas e admiradores. Deixou saudade. Deixou para a sociedade sua maior contribuição: uma vida dedicada à evolução do ser humano.
A todos os professores, parabéns pelo seu dia! Que vocês nunca desistam, porque sempre lembraremos com muita gratidão daqueles que nos ajudaram em nossa educação e formação, de quem muitas vezes seguimos o exemplo.
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