06/07/2012

Produtores de laranjas enfrentam prejuízos

Indústrias não querem comprar as frutas

Myllena de Luca

Artur Nogueira é uma cidade agrícola e a laranja é o produto de maior destaque no município. Porém, neste ano, a situação não está tão boa para os citricultores nogueirenses. Já chegou a época da colheita de laranja na cidade e os produtores enfrentam um problema: As indústrias não querem comprar a fruta.

Segundo os citricultores nogueirenses, as indústrias alegam que, no ano passado, muitas laranjas foram estocadas e, portanto, não é necessário comprar o produto na safra atual.

O produtor rural Edson Francisco Bassi, afirma que, até o final deste mês, o prejuízo será de 70%. “As laranjas estão caindo no chão e não tem quem compra. As frutas deveriam ser colhidas há um mês”, explica Bassi.

Incerteza

Ainda segundo o produtor rural, a alternativa para não deixar os citricultores no prejuízo, seria vender para o mercado simples, porém as laranjas que estão em fase de colheita são doces, propícias apenas para produção de sucos. “Ainda não sabemos quanto pagarão pela caixa de laranja, e se pagarão. O fato é que as laranjas dessa produção são doces, mas, quando chegar a época da colheita das laranjas azedas, será que as indústrias comprarão? Não temos a certeza de nada”, desabafa Bassi.

Produtores rurais desistem das laranjas

Segundo o Presidente da Cooperativa de Produção Agroindustrial Familiar de Artur Nogueira (Cooprafan), Rosimaldo José Magossi, o prejuízo está sendo tão grande que, 10% dos membros da cooperativa, substituíram a produção da laranja pela plantação de cana. “Não tem nem como comparar as vendas do ano passado para esse ano, porque esse ano não foi vendido nada”, informou Magossi.

Para não perder tudo

Alguns citricultores estão vendendo as laranjas para os mercados de Artur Nogueira, porém essas vendas não substituem o poder de negociação que as indústrias possuem.


“Não tem nem como comparar as vendas do ano passado para esse ano, porque esse ano não foi vendido nada.” [Rosimaldo José Magossi, Presidente da Cooprafan]


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