PM de Artur Nogueira detém estudante acusado de ofender juiz em rede social

Da redação

Um estudante que teria divulgado ofensas contra um juiz, atuante em Artur Nogueira, foi detido pela Polícia Militar (PM) na noite desta segunda-feira (2). A localização do rapaz, que foi levado à Delegacia de Polícia Civil, aconteceu em um centro universitário de Engenheiro Coelho (SP).

Conforme a PM, os agentes receberam a informação de que o acusado havia ofendido o juiz com palavras de baixo calão em uma conhecida rede social. Os supostos xingamentos ocorreram após a notícia da absolvição de um policial municipal, acusado por homicídio e tentativa de homicídio, durante um júri popular realizado em Artur Nogueira.

Assim, os policiais se deslocaram à unidade de ensino onde o jovem estuda, em Engenheiro Coelho (SP). Ao localizá-lo, os oficiais o detiveram frente à acusação de desacato. De acordo com a PM, o averiguado declarou aos agentes que teria uma certa quantidade de drogas na casa dele, sendo então encontradas “duas porções de maconha e dois aparelhos celulares de procedência duvidosa na residência”, como descreve o registro policial.

As informações da polícia ainda indicam que, ao ser conduzido à Delegacia de Polícia Civil, o acusado confessou que na mesma data da abordagem, ele havia realizado a venda de duas porções de maconha no interior da universidade pelo valor de R$ 25. O valor foi apreendido, juntamente com os celulares localizados e o aparelho pessoal do rapaz.

Segundo o Comandante da 3 Cia da Polícia Militar, Capitão Hoio e especialista em Direito Penal, fatos dessa natureza terão sempre uma resposta das autoridades locais, pois a liberdade de expressão nas postagens tem como limitador o próprio Código Penal e respeito às autoridades.

“É inadmissível que uma pessoa ache que possa fazer o que quiser se escondendo em um perfil de rede social. Todos que ofenderem terceiros serão procurados e responsabilizados pelas suas postagem. Temos que combater esse tipo de atitude e o brasileiro precisa aprender a respeitar as autoridades constituídas, pois elas emanam do próprio povo, seja direta e indiretamente. No caso em tela, o indiciado sequer teve o cuidado de entender que a absolvição não foi dada pelo juiz e sim pelo juri, que é um colegiado composto por cidadãos comuns da própria cidade”, disse Hoio.

Ainda segundo a Polícia Militar, não é a primeira vez que indivíduos são presos por postagens ofensivas contra policiais, guardas e outras autoridades públicas. O que configura o crime de desacato, por estas ofensas ocorreram geralmente em razão da função que a pessoa exerce.

Um Boletim de Ocorrência (B.O.) por desacato e porte de entorpecentes foi registrado na unidade policial e o averiguado liberado em seguida.

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