26/08/2018

Passeata contra violência doméstica reúne 300 pessoas em Artur Nogueira

Iniciativa da Igreja Adventista do Sétimo Dia faz parte do projeto Quebrando o Silêncio

Da redação

O frio não impediu que cerca de 300 pessoas se reunissem em uma passeata para conscientização sobre a violência doméstica neste domingo (26). O projeto “Quebrando o silêncio“, da Igreja Adventista do Sétimo Dia, teve por tema principal o  suicídio, um fim muito comum para pessoas vítimas de abuso. A mobilização começou as 9h, partindo da Av. XV de Novembro na altura da escola EMEI Prof. Sérgio Manoel Leme, e foi até a Ruas Duque de Caxias.

 

Até o meio dia um grupo de voluntários que participam do projeto realizaram gratuitamente atendimento  jurídico, médico e psicológico de apoio, aconselhamento e direcionamento. Também foram realizadas apresentações de fanfarras dos Clubes de Desbravadores do Município e distribuição de panfletos de alerta acerca dos temas abordados.

 

Roberto Carlos Andramini é de Campinas e ficou surpreso ao ver a movimentação perto da feira. “Acredito que tudo o que é feito em prol do combate à violência é válido, principalmente com relação a da mulher”, afirma. Para Zila Ferreira de Souza, que veio de Tatuí para participar da passeata pela primeira vez, essa é a uma forma de lutar para proteger os seus direitos. “Sou uma mulher, isso já diz tudo”, explica.

Para o feirante Marcos Luciaroni movimentos como esse são importante para que a população olhe para as minorias. “Essa passeata foi como um grito de socorro, importante para que a população enxergue o descaso com assuntos relacionados a mulheres e outras minorias”, explica. Absalon Aguiar Santos, que veio da comunidade rural do bairro São Jorge, considera ainda que apesar de estar em alta, o tema violência doméstica ainda precisa ser divulgado. “Muitos tipos de violência passam de forma despercebida nas famílias nogueirenses”, explica. “É por isso que fizemos essa campanha”.

Sandra de Sá, líder distrital do Ministério da Mulher da Igreja Adventista do 7° Dia e organizadora do evento, explica os motivos que a levaram a mobilizar os membros da comunidade cristã a participarem do projeto. “Considero de grande importância tratar sobre suicídio com a comunidade, uma vez que o assunto é envolto em preconceito e tabu”, afirma. “Quando uma pessoa escolhe se machucar, na verdade não quer morrer, apenas quer parar de sentir uma dor com a qual não sabe lidar. Enquanto não tivermos essa consciência e nos negarmos a falar sobre ela, continuaremos a lamentar a perda de pessoas queridas e a nos perguntar o que poderíamos ter feito” finaliza.

Confira as fotos do evento:


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