24/11/2013

Paróquia Nossa Senhora das Dores completa 79 anos em Artur Nogueira

A história da Paróquia Nossa Senhora das Dores em Artur Nogueira teve início há quase um século. Segundo contam os registros, no dia 8 de setembro de 1915, uma comissão foi formada na casa de Horácio Ramos da Cunha. Nesta primeira reunião, em uma residência na Avenida Dr. Fernando Arens, discutiu-se a construção da Capela […]

A história da Paróquia Nossa Senhora das Dores em Artur Nogueira teve início há quase um século. Segundo contam os registros, no dia 8 de setembro de 1915, uma comissão foi formada na casa de Horácio Ramos da Cunha. Nesta primeira reunião, em uma residência na Avenida Dr. Fernando Arens, discutiu-se a construção da Capela de São Sebastião.

igreja matriz

Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores

O encontro arrecadou 920 réis, dos quais foram gastos 720 na compra de 40 mil tijolos. No dia 4 de dezembro do mesmo ano aconteceu uma comemoração devido ao lançamento da primeira pedra.

O terreno para a construção foi doado à Diocese pelo casal Emília e João Pulz. As obras demoraram menos de dois anos para serem concluídas. Em 28 de julho de 1917 aconteceu a inauguração e a bênção da Capela de São Sebastião.

Até o ano de 1934 a capela recebia periodicamente padres de Cosmópolis. Em 31 de outubro de 1934, a capela se transformou na Paróquia de Nossa Senhora das Lágrimas de Artur Nogueira, tendo como primeiro vigário o padre Cecílio Cury.

Em 25 de novembro do mesmo ano foi instalada a Paróquia Nossa Senhora das Dores, que continua com os trabalhos religiosos até os dias atuais, respondendo por seis comunidades católicas em Artur Nogueira: Nossa Senhora Aparecida (Rezek), São Sebastião (Itamaraty), Nossa Senhora Auxiliadora (Laranjeiras), São Vicente (São Vicente), Santa Terezinha (Blumenau) e São Bento (São Bento).

Igreja Matriz Nossa Senhora das DoresIgreja Matriz Nossa Senhora das Dores

 

Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores

Depoimentos

O casal nogueirense Olga e Érico Conti se dedica há 43 anos em prol da comunidade católica. “Em 1965, quando finalizou o Concílio Vaticano II, que representou uma verdadeira revolução na Igreja Católica Romana, nos sentimos mais dispostos em participar das atividades da Igreja, que até então era algo bem fechado. Recebemos um convite de um amigo e, ao lado do Monsenhor Edson, participamos de um cursilho [encontro eclesial de evangelização cristã] em Araras. Participamos por três dias. Quando terminamos já saímos com um propósito, uma missão: ajudar a construir uma Igreja mais aberta e presente na vida do povo. De lá para cá nunca mais nos desligamos da Paróquia Nossa Senhora das Dores”, conta dona Olga.

Casal

Outro nogueirense que também dedicou parte da vida a Paróquia foi o empresário Pino Rossetti. “Antigamente existia apenas uma capela, dedicada a São Sebastião. Foi a Diocese de Campinas que criou a Paróquia de Nossa Senhora das Dores. Vinha um padre de Mogi Mirim para cá uma vez por mês, quando vinha. A comunicação de Mogi Mirim e Campinas era muito difícil, não tinha telefone, por isso demorava muito. Tempos mais tarde, um padre de Cosmópolis vinha fazer as celebrações uma vez por mês em Artur Nogueira. Em 1970 comecei a trabalhar com a equipe de noivos e com a equipe de batismo. Em 1973, fui escolhido para ser ministro extraordinário de Eucaristia, passando a ajudar também nas comunidades rurais. Também tive a felicidade de contribuir para a construção das comunidades de Santa Rita de Cássia, no Jardim Planalto, e de São Sebastião, no Itamaraty. Também trabalhei para a introdução do Dízimo na paróquia. Hoje, devido a idade, diminui um pouco minhas atividades na Igreja, mas continuo ajudando nas missas e levando a comunhão aos velhinhos e doentes”, relembra Pino.

josepino

A coordenadora da Liturgia, Edméia Mello Prado, diz que os avós e os pais sempre participaram das atividades da paróquia. Ela conta que desde criança é engajada com as atividades e diz como é fazer parte da comunidade há mais de 20 anos. “É bonito entender que somos uma igreja e temos em cada lugar uma comunidade, em profunda comunhão. São várias comunidades em uma única igreja, em qualquer comunidade você se sente na sua casa. Conviver bem entre irmãos faz a diferença. Uma comunidade sem a vivência do amor não faz sentido”, diz.

Edméia ainda conta a história de um caso inusitado sobre a pia batismal, que aconteceu há 18 anos. “A pia batismal ficava na secretaria, ligada a um encanamento, com tudo cimentado, igual a uma pia de casa, só que toda de mármore, muito pesada, de modo que para levantar precisava de três ou quatro pessoas. Um dia ficou um senhor aqui à noite e tirou sozinho a pia de lá da secretaria e a colocou em cima do altar, um absurdo! Disseram que ele teve uma visão onde Deus pediu para que a pia ficasse próxima ao altar. Na ocasião o padre disse: E eu vou mexer com Deus? Deixem a pia aqui!”, finaliza Edméia.

edmeia


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