19/10/2020

Parlamentar denuncia entrega de cestas básicas para compra de votos em Artur Nogueira

Ação foi repudiada por vereador que não citou diretamente um candidato ou partido

Da redação

Durante a 24ª sessão ordinária da Câmara de Vereadores, realizada na noite desta segunda-feira (19), o parlamentar Rodrigo de Faveri (PTB) usou o tempo de fala livre em plenário para criticar a distribuição de cestas básicas em período eleitoral. Sem citar diretamente um candidato ou partido, Faveri afirmou que a ação tem sido promovida no município nogueirense para possíveis compras de voto.

O vereador iniciou a fala citando uma parábola em que o administrador de um campo descontava determinada parte do salário de seus empregados para então entregar cestas básicas a eles. Como se estivesse buscando se autopromover através do próprio ganho dos funcionários.

“O que esses trabalhadores têm que entender é que era o dinheiro deles mesmos. Esse esperto pega o dinheiro daqueles trabalhadores e começa a agradar o trabalhador na véspera de eleger um novo “patrão” [prefeito]. Fazer cortesia no chapéu do próprio contribuinte”, afirmou.

Durante o pronunciamento, Faveri relacionou a entrega das referidas cestas básicas à compra de votos. O parlamentar repudio o ato.

“Compra de voto. Rodrigo de Faveri está aqui hoje como vereador falando, não como candidato, porque não admitimos esse tipo de prática. Artur Nogueira não pode admitir esse tipo de prática porque não é comprando voto de eleitor que se ganha uma eleição. É mostrando as propostas, mostrando o trabalho, mostrando as obras que eu não sei aonde está, se foi com o dinheiro da Prefeitura ou dinheiro do Saean”,.

Ainda na ocasião, o vereador declarou que a entrega das supostas cestas básicas tem ocorrido no período da madrugada, com a atuação de “cargos comissionados”, pontuou.

“O que está sendo mostrado ou dado agora, era dos senhores mesmo população de Artur Nogueira. Temos muito mais a oferecer à população de Artur Nogueira do que cestas básicas entregadas na madrugada. Isso é um direito do trabalhador, do cidadão quando necessário. Precisamos criar um ambiente propício para que cada cidadão tenha condição de ter o seu trabalho digno para não precisar que nenhum cargo comissionado saia na calada da noite para entregar cesta básica e comprar voto. É imoral usar um dinheiro que é de direito do trabalhador para em uma outra situação comprar o voto desse trabalhador”, acrescentou.

Por fim, o parlamentar julgou a prática de compra de votos como imoral.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), “a captação ilícita de sufrágio (compra de votos) é ilícito eleitoral punido com a cassação do registro ou do diploma do candidato e multa, de acordo com o artigo 41-A da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), e inelegibilidade por oito anos, segundo a alínea ‘j’ de dispositivo do artigo 1º da Lei Complementar nº 64/90 (Lei de Inelegibilidades), com as mudanças feitas pela Lei da Ficha Limpa (LC nº 135/2010)”.

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