20/10/2020

Parlamentar critica uso de fundo eleitoral para campanhas em Artur Nogueira

No entender do vereador, a prática é “legal mas não é moral”

Da redação

No momento de fala livre em plenário durante 24ª sessão ordinária da Câmara de Vereadores, realizada na noite desta segunda-feira (19), Rodrigo de Faveri (PTB) criticou o uso do fundo eleitoral por candidatos às eleições municipais de 2020 em Artur Nogueira. No entender do parlamentar, a prática é “legal mas não é moral”.

Na ocasião da fala do parlamentar, ele afirmou ter dispensado o recebimento do fundo eleitoral, pois se trata de dinheiro provenientes de contribuintes, ou seja, da população. Conforme o edil, essa é a prática da “velha política”.

“Nessa Câmara eu ouvi muitas vezes falar do que é legal, mas não é moral. Na sexta-feira a tarde eu recebi a ligação do meu partido para fazer o recibo do fundo eleitoral. Eu confesso para os senhores que não era muito, mas para quem não tem nada era muito. Eu disse ao meu partido, que é o PTB: muito obrigado, Artur Nogueira dispensa o fundo eleitoral! Não usaremos o fundo eleitoral, que de uma maneira ou outra, também é do contribuinte! É do imposto de cada um de vocês, contribuintes da cidade de Artur Nogueira, e de todos os brasileiros que precisam mudar a política, pois isso [recebimento do fundo eleitoral] é uma velha política”, afirmou.

Faveri também associou o recebimento do fundo eleitoral a falta de garra do candidato, sendo, de acordo com ele, o sinal de um mal administrador.

“Pode ser legal, mas na minha humilde opinião, não é moral usar o dinheiro do contribuinte para fazer bandeiraço, colocar adesivo no carro. Quer ser candidato, “passa o chapéu”, corre atrás, porque candidato que não tem capacidade para conseguir fundo para a campanha não vai conseguir verba para administrar a Prefeitura. Se não mostrar garra, se esperar sentado o fundo chegar da conta dos grandes partidos, que estão aí usando o dinheiro do contribuinte, vai também mostrar fraqueza na hora de administrar”, declarou.

Por fim, o vereador citou que a democracia está no ato de liberdade e independência de voto, sendo as propostas de governo o modo adequado de se fazer campanha.

“Não deixar se enganar em relação a no momento de eleição ser comprado o voto, a democracia não é assim que se faz, a democracia é mostrar propostas e mostrar a verdade do contribuinte. Não podemos aceitar como vereadores a compra de votos no sentido de usar o dinheiro do contribuinte”, acrescentou.

Fundo eleitoral

Segundo  a definição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Fundo Especial de Financiamento de Campanha, também conhecido como fundo eleitoral, é destinado a custear campanhas eleitorais. O recurso é alimentado com verbas do Tesouro Nacional e distribuído aos políticos para contribuir nas campanhas eleitorais.

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