29/03/2022

Paralisação parcial de professores da rede estadual atinge escolas de Artur Nogueira

Pelo menos duas escolas estaduais da cidade tiveram suas atividades afetadas pelas paralisação parcial

Da redação

Professores da rede estadual de Artur Nogueira aderiram a uma paralisação parcial das atividades nesta terça-feira (29). Ao todo, de acordo com um professor, 25 profissionais das escolas estaduais Magdalena Sanseverino Grosso, no Planalto e José Amaro Rodrigues, no centro participam da manifestação e não foram trabalhar hoje. A paralisação é contra o Plano de Carreira, apresentado pela Secretaria Estadual de Educação,  que está sendo discutido na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e tem previsão de ser votado hoje pelos deputados estaduais.

De acordo com o professor Rafael Silva Prado, que dá aula há 11 anos, 19 professores da escola Magdalena e 06 do Amaro aderiram a paralisação. ” Essa paralisação de hoje na cidade é em apoio ao movimento da Apeoesp, que conclamou esse movimento. Então estamos apoiando a luta da categoria aqui em Artur Nogueira”, disse ele.

A diretora da Escola Estadual José Amaro Rodrigues confirmou que a escola foi afetada pelo movimento. Segundo ela, alguns professores não foram trabalhar e que foi preciso fazer uma remanejamento de professores, mas nenhum aluno precisou ser dispensado.

Já na Escola Magdalena alunos foram afetados. Fontes ouvidas pelo portal Nogueirense disseram que alunos tiveram que ser dispensados por falta de professores. A direção da escola não quis falar com a nossa equipe e mandou procurar a diretoria de ensino. Nós entramos em contato com a Diretoria de Ensino de Limeira por telefone, mas a linha só dá ocupada.

Novo Plano de Carreira proposto pelo Governo do Estado

O Governo de São Paulo reformulou os critérios de reajuste salarial e de desenvolvimento profissional, após uma pesquisa realizada com os próprios docentes, e criou o Plano de Carreira e Remuneração. A proposta, com reajustes de até 73% para a rede estadual, está na Assembleia Legislativa do Estado (Alesp).

De acordo com o projeto de lei enviado ao legislativo estadual, os professores em início de carreira irão receber aumento salarial inédito. O salário inicial da categoria será de R$ 5 mil para jornada de 40 horas semanais, valor 30% maior do que o piso nacional.

Além da criação da nova carreira, o Executivo também enviou à Alesp proposta de reajuste de 10% para todos os funcionários da Secretaria da Educação. Assim que aprovado, o aumento será retroativo a 1º de março. No total, serão contemplados 240 mil servidores ativos e 190 mil inativos.

O Plano de Carreira e Remuneração é direcionado para docentes, diretor escolar e supervisor educacional. O investimento total será de R$ 3,7 bilhões.

Sindicato contesta

De acordo com o sindicato da categoria, a Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, Apeoesp, os professores reivindicam um reajuste em seus salários dentro do novo plano de carreira proposto pelo Secretário de Estado da Educação, Rossieli Soares.
De acordo com a publicação do sindicato, houveram reajustes em outras categorias no Estado, de 10 a 20%, e o salário dos professores estão congelados.

“Com a farsa da nova carreira, o que vai realmente acontecer é que os professores trabalharão 14 aulas a mais por semana na escola, com aulas de 60 minutos, sem que o salário seja sequer reajustado para compensar esse aumento da carga de trabalho, já que o projeto determina que a jornada detrabalho seja cumprida integralmente na escola”, diz o sindicato.

“O governo não conta que o professor da categoria O com contrato ativo não poderá optar pela nova carreira, permanecendo na sua situação salarial atual enquanto seu contrato permanecer vigente. Quando for recontratado ele se vinculará automaticamente à nova situação, que não prevê carreira para esses profissionais, que permanecerão estacionados indefinidamente na primeira referência, sem qualquer possibilidade de evolução”, completou o sindicato.

 


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