08/10/2019

“Padrão da merenda escolar do município é altíssimo”, afirma vereador de Artur Nogueira

Declaração de Cristiano da Farmácia (PR) foi feita durante sessão da Câmara nesta segunda-feira (7)

Da redação

Em sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Artur Nogueira, na noite desta segunda-feira (7), o vereador Cristiano da Farmácia (PR) parabenizou o trabalho realizado pela secretaria de Educação, merendeiras, nutricionistas e demais envolvidos no serviço de merenda escolar da cidade. O pronunciamento ocorreu após denúncias de presença de carne estragada em escolas municipais ocorrerem na cidade.

Durante a sessão, o parlamentar Cristiano da Farmácia disse que as denúncias efetuadas na semana passada, envolvendo a merenda nas unidade de ensino da cidade, foram “destorcidas”. Na ocasião, ele enalteceu o trabalho efetuado nas escolas. “É importante que a sociedade saiba que não é qualquer município que consegue fazer e servir uma qualidade de merenda como a que é servida em Artur Nogueira. Hoje temos um total de 16 mil refeições diárias. Poucas empresas têm condições de fazer esse tipo de procedimento, com a qualidade e o tipo de refeição que é servida no município”, declarou.

O vereador também falou sobre a capacitação dos profissionais, como merendeiras, cozinheiras, nutricionistas e assistentes, envolvidas no preparo e distribuição dos alimentos. “É importante lembrar dos funcionários do município. Todos eles recebem capacitação para fazer um bom trabalho na área de alimentação escolar: as merendeiras, as cozinheiras, para saber lidar com o alimento e não só receber e cozinhar. A qualidade do alimento que chega também é monitorado por elas”, destacou.

O vereador exibiu fotos que indicam amostras dos alimentos que são separadas para análises, pois de acordo com ele, caso ocorra algum problema, é possível analisá-las posteriormente. Cristiano também afirmou ser de qualidade o cardápio oferecido nas merendas. “Quando eu disse 16 mil refeições, eu não disse pão com manteiga e pão com salsicha, isso é fácil servir. Temos peixe no molho, carne, arroz, feijão, farofa, frango com batatas, frutas. Isso é o que é servido para as nossas crianças em Artur Nogueira. A qualidade dos equipamentos também, foram praticamente todos trocados: fogões, áreas de servimento. Ao contrário de governos anteriores, em que eu estive presente como vereador e fiscalizava na época, equipamentos enferrujados e em más condições de uso. Aí vai o dinheiro da Educação também”, frisou.

O parlamentar salientou durante a fala dele na sessão que os alimentos passam por um rigoroso trabalho de fiscalização antes de chegar aos pratos dos alunos, indagando assim, as a denúncia apresentada com relação à merenda escolar na semana passada. “Lembrando que a nossa alimentação escolar é fiscalizada, também, pelo Conselho Municipal de Alimentação. Fica algumas perguntas com relação à denúncias: quem procurou as nutricionistas buscando esclarecimento dos fatos? Quem foi em loco nas escolas checar se havia realmente algo errado e como funciona a fiscalização da merenda escolar? Quem ligou ou procurou a secretaria de Educação? Quem acionou a Vigilância Sanitária? Ninguém o fez”, indagou ele.

Cristiano pontou também que houve a rápida identificação do problema pela fiscalização nas unidades de ensino em que a carne estragada teria chegado. “No dia 25/9 foi feito um memorando interno pela secretaria de Educação ao departamento de Compras, já questionando a questão da carne bovina. Em visita realizada, em contato com os diretores e cozinheiras das unidades observadas, constatou-se que o produto não estava como a qualidade exigida, através do laudo feito pelo departamento de nutrição. Então, no dia 25 já tinha um processo em andamento para resolver o problema. No dia 27, como é de praxe, foi feita uma notificação à Vigilância Sanitária. Concluindo, todas as medidas haviam sido providenciadas”, destacou.

Com base em relatórios internos da Prefeitura, ele frisou ainda que esta não foi a primeira vez que ocorreu problemas com merenda escolar no município, mas que sempre os procedimentos foram tomados para evitar que os alimentos chegassem à distribuição final. “No dia 6/9/18 houve a notificação de memoradum interno para o departamento de compras. O produto [carne tipo acém] teria sido entregue nas unidades com quantidade de gordura acima da contida na amostra apresentada durante o processo licitatório. Também com divergência no corte que deveria ser em cubos. Não é só carne podre, como apontou a denúncia, se tiver alguma coisa irregular com o produto, hoje não é aceito no município de Artur Nogueira, sendo devolvido. No dia 17/10/18, constatou-se a presença de um inseto em meio aos pães na embalagem fechada. No dia 14/02/19, concluiu-se que o produto fornecido [carne tipo acém] não correspondia ao que foi licitado, apresentando quantidade de gordura e nervos acima do contido nas amostras apresentadas durante o processo licitatório. Também houve divergência de corte, que deveria ser em cubos e observou-se uma coloração não característica em alguns pedaços do produto. Foi devolvido, é o trabalho da nutricionista”, observou.

O vereador destacou que o problema ocorrido com relação à merenda escolar se trata de divergências e equívocos com relação à empresa licitada, parabenizando o trabalho feito pelos envolvidos na distribuição dos alimentos nas unidades escolares. “São 16 mil refeições diárias, vai ter fornecedor querendo colocar alguma coisa no meio. O que acontece de diferencial é que o nosso pessoal: as cozinheiras, as diretoras, também todo o pessoal envolvido e, principalmente, as nutricionistas, estão lá para que isso não aconteça. O padrão da merenda escolar do município é altíssimo. Esse sistema rigoroso, para manter a qualidade, foi implantado no início do governo Ivan Vicensotti (PSB) e vem dando excelentes resultados. Fornecedores podem até tentar mandar produtos fora do padrão e, como sempre foi feito neste governo, os produtos serão devolvidos. Quero parabenizar a secretária de Educação, Elaine Vicensotti Boer, assim como todas as merendeiras, cozinheiras, nutricionistas e assistentes e o departamento de compras, que sem esse mecanismo funcionando, os alunos não teriam uma merenda com tanta qualidade que tem no município”, finalizou.

Vale destacar que, apesar das denúncias efetuadas com relação à merenda escolar no município, não houve a indicação de que os alimentos mencionados chegaram a ser servidos aos alunos ou funcionários das unidade de ensino. Também não houve o registro de pessoas intoxicadas pela ingestão de qualquer tipo de alimento nas unidades de ensino.

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