12/05/2011

O que os vereadores falam sobre as obras da Câmara?

A equipe do Portal Nogueirense foi até o legislativo municipal saber qual é a opinião de cada vereador sobre o abandono das obras

Alex Bússulo

Depois da reportagem publicada no dia 05 de maio (clique), sobre o abandono da empreiteira Aton, responsável pela construção do novo prédio da Câmara Municipal de Artur Nogueira, vários comentários vindos dos nogueirenses criticavam e questionavam como o fato aconteceu.
Durante a noite de quarta-feira (11), os vereadores se reuniram como de costume para tratar de assuntos relacionados ao município.
No término da sessão perguntamos a cada um qual é a opinião sobre a construção da Câmara e sobre o abandono da empreiteira. Confira as respostas dos vereadores.

“Na última sessão que tivemos no antigo prédio eu manifestei minha opinião sendo contra a construção de um novo prédio. Não pelo fato de não achar que a Câmara não merecesse um espaço melhor, mas pelo fato de que acredito que o novo prédio poderia ser construído em outro espaço, não precisando demolir o antigo. Na época eu cheguei a falar com o prefeito e com os colegas vereadores, mas como vivemos em um país democrático, a opinião coletiva é que falou mais alto”. Dra Eunice Simões Coelho (PMDB)

“A reforma da Câmara é uma das coisas que nós mais ansiamos, porque a Câmara é a casa do povo, portanto um lugar bonito, bem arrumado acaba sendo um presente para o povo, que antes não tinha nem como chegar até nós. Várias vezes tive que atender o munícipe no corredor. Sobre o fato do abandono, a comissão está em reunião para resolver este problema. Não concordo com o abandono, se a empreiteira assumiu a licitação ela deveria cumprir o combinado”. Zezé da Saúde (PSDB)

“Na minha opinião ou a empreiteira é burra ou ela é incompetente no que faz. Se ela passou um preço, deveria ter cumprido no combinado. De certa forma sou contra a licitação pública, que por um lado é boa porque se paga mais barato, mas por outro lado é ruim, pois as vezes a empresa não consegue cumprir com o combinado. Na próxima sexta-feira, faremos uma reunião com o responsável pela empreiteira, não queremos fazer um cancelamento amigável, porque parece que eles estão devendo para alguns comerciantes da cidade. Se eles não resolverem vão pagar caro”. Gugu (PV)

“Sobre a reforma da Câmara posso afirmar, mesmo sendo nova no legislativo, que já estava mais do que na hora de reformar aquele prédio. Agora sobre o fato do abandono da obra, nós vereadores não temos culpa. O erro foi da firma, que assumiu uma coisa e abandonou, mas agora o presidente entrou na justiça e já está resolvendo, nós todos queremos que esse assunto seja resolvido o mais rápido possível”. Deí do Magdalena (PV)

“Sobre a construção do novo prédio, isso é uma das prioridades da atual Câmara. Agora sobre o abandono, não é culpa dos vereadores e sim da própria empreiteira. Consequentemente haverá um atraso na entrega da obra, mas é bom lembrar que tudo o que foi pago à empreiteira foi construído, não pagamos por nenhum prego a mais, portanto não houve prejuízo para o município. Caso a empreiteira não retorne teremos que convidar outra empresa para dar continuidade à construção”. Zé Creme (PSDB)

“A reforma da Câmara é totalmente viável, antigamente o vereador tinha que atender o munícipe do lado de fora do prédio, porque não tinha outro local e ao invés de ficar alugando casas, os vereadores decidiram construir um novo prédio. É importante destacar que tudo o que foi pago está lá, a empresa abandonou a obra? Abandonou! Mas ela não recebeu um centavo a mais do que aquilo que ela construiu, portanto para a municipalidade não houve nenhum tipo de prejuízo. No caso dos comerciantes, como qualquer empresário que faz uma venda, ou uma prestação de serviço, ele sabe dos riscos que é contratar uma empresa para fazer um serviço ou entregar sua mercadoria. O certo agora é cada um entrar na justiça e requisitar o que deve receber. A Câmara notificou a empreiteira para que retornasse à obra, mas a mesma se recusou. Caso ela realmente abandone a obra, ela vai tomar um processo da Câmara, que vai impedi-la de participar de outras licitações”. Cristiano da Farmácia (PSDB)

“A obra foi estimada pelo engenheiro que fez o projeto em R$1.200 milhão e a empreiteira que ganhou a licitação deu um valor muito mais abaixo que isso, R$980 mil. Aí ela deu inicio as obras e acabou tendo alguns problemas com chuvas e dias parados, que foi acarretando problemas a ela, chegando a um momento que ela disse que estava tendo prejuízo e que não poderia continuar. A empresa ainda está no prazo de retomada da construção, o abandono não pode e não vai trazer prejuízo ao erário público”. Luis Carlos (PT)

“A importância da reforma da Câmara era evidente: uma sala para nove vereadores. Atendíamos a população ou na rua ou debaixo das árvores, não tinha estrutura para uma cidade de 44 mil habitantes. Sobre o abandono, a empreiteira vinha tocando normalmente as obras, até que chegou aos vereadores e disse que ia renunciar a obra por algumas questões. Na próxima sexta-feira teremos uma reunião de portas fechadas com o empreiteiro e vamos decidir o que vai acontecer. Se realmente a empresa não continuar a reforma vamos chamar a segunda empresa que se classificou na licitação, se essa não aceitar, vamos chamar a terceira e assim por diante. Os comércios que se sentiram prejudicados devem juntar suas notas ficais e comprovantes, entrar na justiça e cobrar isso da empresa, não da Câmara”. Silvinho Conservani (PV)

“Essa obra deveria ter sido entregue em outubro, mas isso não aconteceu. Acho que foi um total descaso o que essa empreiteira fez, nos comunicou de uma forma totalmente mal comunicada. Eu espero que essa obra seja retomada o mais rápido possível”. Lari Baiano (PR)


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