O que mais mata os moradores de Artur Nogueira?
Levantamento feito pelo Portal Nogueirense revela as principais causas de morte na cidade
Por Alex Bússulo, Noemi Almeida e Alysson Huf
O Portal Nogueirense realizou um levantamento exclusivo para descobrir quais as principais causas de morte entre os moradores de Artur Nogueira. Para isso, foram analisadas todas as notas de falecimentos publicadas pelo site entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2016. A pesquisa constatou que, no ano passado, 204 pessoas faleceram e/ou foram sepultadas no município – e a causa principal para os óbitos está ligada a problemas cardíacos, sendo acompanhada de perto por câncer e pneumonia.
De todos as razões para as mortes em Artur Nogueira, a principal foi parada cardíaca. Só em 2016, 33 nogueirenses foram separados de seus entes queridos por esse motivo. O número equivale a 16,17% de todos os falecimentos e/ou sepultamentos que ocorreram no ano dentro do município. Outras seis pessoas (2,94%) vieram a óbito por insuficiência cardíaca.
A segunda maior causa de mortes, segundo o levantamento, foi a pneumonia. A doença, decorrente de uma infecção nos pulmões, acometeu e matou 25 nogueirenses – o equivalente a 12,25% de todos os óbitos em 2016. Seguindo a lista dos maiores vilões da cidade, o câncer aparece em terceiro lugar, tendo sido responsável pela morte de 23 pessoas em Artur Nogueira, ou 11,27% do total.
Outros motivos frequentes para falecimentos foram o infarto, com 20 casos registrados (9,8%); insuficiência respiratória, com 17 óbitos (8,33%); e o acidente vascular cerebral (AVC), com 15 mortes (7,35%). Dez pessoas (4,9%) morreram por causas naturais.
Confira a lista completa de causas de morte:
Idades
O levantamento do Portal Nogueirense também elencou as faixas etárias em que mais ocorreram mortes. Idosos com mais de 65 anos foram os que mais morreram em 2016 em Artur Nogueira. Foram 123 falecimentos nessa faixa etária, ou 60,29% de todos os falecimentos. Parada cardíaca e infarto lideram os motivos para os óbitos deles.
A outra parcela da população que mais teve baixas foi a de adultos que têm entre 46 e 60 anos. Ao todo, 34 mortes nessa faixa etária foram registradas em 2016, 16,66%. As principais causas dos óbitos entre eles foram câncer, parada cardíaca, falência múltipla dos órgãos e AVC.
A terceira parcela da população que mais teve óbitos foi a de idosos que têm entre 60 e 65 anos. Foram 24 mortes, ou 11,7% do total registrado em 2016. A principais causas para esses falecimentos foram câncer, pneumonia, falência múltipla dos órgãos e infarto.
Confira o número total de mortes por faixa etária:
Coração saudável
De acordo com o cardiologista e cirurgião cardíaco Zildomar Deucher, do Hospital Bom Samaritano, há muita relação entre a parada cardíaca e o infarto. “Claro que nem toda parada cardíaca é devida diretamente ao infarto. A parada pode ocorrer por uma arritmia, mas esta é sinal de algum problema cardíaco”, explica. “O infarto acontece quando há uma obstrução da artéria coronária do coração”, salienta.
Segundo o médico, o coração é um músculo muito especial. “Ele trabalha 24 horas por dia, 365 dias por ano, sem nunca parar. E, ao contrário de outros músculos do corpo, o coração não sofre com cãibras”, comenta.
Aos 83 anos, Deucher é uma referência em sua área e ainda mantém um ritmo intenso de atividades, chegando a trabalhar por até 12 horas seguidas. “Eu opero, faço consultas, plantões. Como tenho muita experiência, quando hoje há um caso muito grave, sou chamado por outros médicos para ajudar”, conta.
Segundo ele, há várias formas de se manter o coração saudável. Ele, porém, listou quatro que considera ser as principais. Confira:
Alimentação saudável
A primeira coisa a se considerar quando o assunto é a saúde cardíaca é a dieta. A ingestão de alimentos nocivos ao organismo afeta diretamente o funcionamento do coração. “As pessoas comem mal, as pessoas comem errado. Comidas gordurosas, frituras e alimentos açucarados são vilões da saúde do coração”, alerta.
Livre-se do cigarro
Apesar de o fumo ser famoso por minar a saúde respiratória, ele também é um grande agente na deterioração cardíaca. “O que faz mal para o pulmão faz para o coração também”, avisa Deucher. A melhor maneira de não correr esse risco é evitar o cigarro ou fazer algum tratamento para se livrar dele, no caso de pessoas que já estão viciadas.
Mantenha a calma
Deucher pontua que pessoas estressadas são vítimas frequentes de ataques cardíacos e outras doenças do coração. “É comum em pessoas muito tensas, que explodem por qualquer coisa, que não conseguem ‘engolir alguns sapinhos’; isso prejudica muito”, destaca. Levar a vida com mais leveza trará grandes benefícios à saúde geral e do coração.
Durma bem
Sono regular e em quantidades adequadas é outro grande aliado do coração. “Dormir faz muito bem, especialmente entre 6 e 8 horas por dia”, analisa Deucher. Pessoas que não conseguem descansar adequadamente são mais propensas a desenvolver doenças cardíacas, estresse e problemas no cérebro.
Os sintomas de uma parada cardíaca e de um infarto são, geralmente, dores intensas e repentinas no peito, podendo ocorrer falta de ar simultaneamente. Nesses casos, a vítima deve procurar socorro médico imediatamente. Os médicos terão apenas alguns minutos para conseguir fazer a reanimação cardiopulmonar sem que a vítima fique com sequelas.
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