15/04/2011

O que acontece com as lixeiras rurais?

Quantidade de lixo jogado no chão desperta a atenção de quem passa pelo local.

Riane Barbosa e Alex Bússulo

Lixo orgânico, coletável, colchões, armários e tudo o que não tem mais serventia está sendo depositado nas lixeiras localizadas na zona rural de Artur Nogueira, ou melhor, fora delas.

Depois de receber uma denúncia de que a prefeitura não coleta o lixo dessas localidades, o NOGUEIRENSE esteve em quatro pontos do município onde existem as lixeiras. Três deles na vicinal que liga a cidade à Mogi Mirim e outro na estrada rural, que fica atrás do Jardim Carolina, sentido ao antigo lixão.

Na maioria dos casos o lixo fica no chão, em baixo das lixeiras, se misturando com outros materiais. Em uma das situações, encontramos um cachorro já em estado de decomposição.

Segundo os moradores das proximidades, há pessoas que trazem o lixo da cidade para depositar nas lixeiras. “O pessoal traz de tudo o que você pensar, não há lixeiras que suportam tudo isso”, afirma a dona de casa, Kátia Brito.

Ainda segundo os moradores, os servidores municipais responsáveis pela limpeza acabam não coletando os resíduos que estão no chão, acumulando parte no local. “O caminhão de lixo não pega tudo, aí fica acumulando, aí vem os animais e espalham tudo. Somos nós mesmo que temos que juntar a sujeira”, afirma o morador, José Cícero dos Santos.

Segundo o engenheiro civil da prefeitura, Helton Filippini, os hábitos e o padrão de vida da população poderiam diminuir muito o problema. “O resultado das lixeiras hoje é gerada pelos próprios moradores, eles também são responsáveis. Mesmo que a coleta seja feita todos os dias, da forma que o lixo está sendo jogado não resolveria o problema. A população precisa respeitar o espaço do lixo”, afirma Filippini.

O engenheiro informou que os garis não têm o dever de retirar todos os materiais encontrados no deposito de lixo, somente os lixos domésticos, produzidos pelos sitiantes. “Materiais como armários, sofás e animais mortos devem ser destinados a outro local, não nessas lixeiras”, alerta Filippini.

A prefeitura estuda projetos de periodicidade para o recolhimento desse material, mas ainda não tem respostas. Atualmente a coleta é feita todas as semanas. “Nós servidores municipais temos preocupação com o caso e queremos dar condições para o cidadão cooperar e fazer de forma correta. Estamos estudando para tornar mais eficiente a limpeza rural, podendo aumentar os dias ou as lixeiras de coleta de lixo”, conclui o engenheiro.







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