05/09/2021

“O Ivan foi um mal administrador, mas antes dele tiveram outros também ruins”, comenta vice-presidente da Câmara de Artur Nogueira

Tenente Marcelo concedeu entrevista em que fez um balanço do mandato e defendeu o voto impresso auditavel

Tenente Marcelo está em seu 1º mandato 

Em seu primeiro mandato como vereador na cidade de Artur Nogueira, Tenente Marcelo (PSL) atualmente ocupa a vice-presidência da Câmara de Vereadores depois de receber sete votos na eleição da Mesa Diretora que ocorreu em 1º de janeiro de 2021. Nesta entrevista ao Portal Nogueirense, Tenente Marcelo fala sobre os desafios enfrentados em seu primeiro mandato, principalmente na questão do enfrentamento à pandemia da Covid-19 que assola o país desde 2020. Ele também disse que não acha a urna eletrônica confiável e afirmou que a internet tem sido uma aliada na política.

No pleito de 15 de novembro de 2020, Tenente Marcelo foi o 11º vereador mais votado com 364 votos e garantiu quatro anos no legislativo nogueirense. Em janeiro, disputou a eleição para a mesa diretora e foi eleito vice-presidente na chapa que teve Zé Pedro como presidente, Adalberto (PSD) como 1º secretário e Nando do Gás (DEM) como 2º secretário.

Para o parlamentar, esses primeiros meses tem sido desafiadores.  “O principal desafio desde o início tem sido corrigir as falhas da má administração do prefeito anterior. Eu e os demais componentes da Câmara Municipal temos trabalhado unidos, a fim de auxiliar o Executivo, na tentativa de reparar os danos deixados. A dívida deixada pelo antigo Prefeito foi grande, principalmente a dívida com o FUNPREMAN e aqui deixo registrado que essa dívida vem crescendo ano a ano, há uns 20 anos. Podem pesquisar junto a Secretaria de Finanças, a evolução da dívida”, apontou ele.

O vice-presidente ainda criticou as gestões que já passaram pela prefeitura. “O Ivan foi um mal administrador, mas antes dele tiveram outros também ruins que tiveram suas contas aprovadas e muitos deles poderão concorrer ao cargo novamente em 2024. Cada prefeito que entra, deixa a dívida maior para que o outro pague. Acredito que todos deixaram rombos, deveriam pagar do próprio bolso”, condenou o edil.

Ele destacou que a internet foi uma aliada em seu mandato, principalmente durante a pandemia. “Durante a pandemia pudemos continuar trabalhando, houve algumas limitações do uso das instalações da Câmara e nossos gabinetes, mas o trabalho foi feito e muito bem feito. As Comissões nunca deixaram de funcionar. Eu, por exemplo, sou membro efetivo da Comissão de Constituição e Justiça e da Comissão Orçamentária e ambas funcionaram todas as semanas, desde o início do mandato. Além disso, atuei efetivamente na Comissão que fez a revisão da Lei Orgânica, no qual tivemos reuniões todas às semanas desde o mês de fevereiro”.

No centro de uma polêmica, principalmente por causa das críticas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e de seus apoiadores, a urna eletrônica também é criticada por ele. “Ao meu ver e na visão de muitos especialistas, a urna eletrônica não é segura. Vários hackers já invadiram e há provas disso. Pensem bem: Se os hackers invadiram o Pentágono (EUA) que teoricamente tem o sistema mais protegido do mundo, tem que ter muita ingenuidade ou muita maldade, pra dizer que a urna é segura. Se fosse segura, não acham que os países mais desenvolvidos não estariam usando? Só usa urna eletrônica sem o voto auditável, quem quer enganar o povo através de fraude. O mínimo que uma pessoa honesta e com bom caráter quer é o direito de eleger legitimamente seus representantes e não que eles entrem por meio de outros artifícios e fraudes”, argumentou o parlamentar.

Ele também disse que está organizando um grupo de moradores da cidade para protestar e pedir o voto auditável, além do impeachment de alguns ministros do STF que, segundo ele, estão extrapolando suas funções, indo contra nossa constituição e a separação de poderes. “Eles soltam bandidos e prendem quem se manifesta em rede social e isso é censura e não pode ser admitido. A esquerda afirmava que Bolsonaro seria um ditador e ele provou a todos que é uma grande mentira. Os ditadores hoje estão no STF e nos governos estaduais que proibiram as pessoas de trabalhar em tempo de crise, levando muitos empresários a falência e consequentemente o aumento do desemprego. Temos hoje uma crise política, crise financeira e crise no âmbito dos valores. Querem colocar goela a baixo princípios que tentam destruir a família que é a base da sociedade desde a criação do mundo”, afirmou.

Questionado sobre como o município tem enfrentado a pandemia, ele elogiou o Governo Federal e disse que não pode haver estrelismo por parte de alguns políticos. “O Brasil está entre os dois países que mais vacinaram no mundo, graças aos esforços do Governo Federal, que é o responsável pela compra e distribuição igualitária entre os Estados, o qual foi um pedido dos Governadores em reunião com o Ministério da Saúde. Quando falamos em saúde não pode haver estrelismo de um governador e este achar que é melhor que os outros. Vivemos numa Federação de Estados e isso tem que ser levado em conta”, frisou.

Ele ainda fez questão de elogiar os profissionais de saúde de Artur Nogueira. “Temos uma equipe de profissionais maravilhosos que dedicaram e dedicam horas de trabalho desde o início da pandemia, colocando em risco suas vidas em favor de nossa população. Eu até presenciei em algumas oportunidades o sistema de vacinação adotado em nosso município, senti o ânimo dos profissionais de perto e pude colaborar no processo de orientação nas filas de drive-thru. Nossa cidade está alcançando o objetivo de imunizar a população e em breve voltaremos a ter uma vida normal”, reconhece o vice-presidente da Câmara.

Na entrevista, Tenente Marcelo disse que como está no primeiro mandato, teve contato como poucos deputados e que vem analisando os cenários. “No Estado de São Paulo, possuo afinidade com dois Deputados estaduais: Valéria Bolsonaro e Tenente Coimbra, inclusive com a promessa da aquisição de um ônibus para atender os atletas e familiares de nosso município, o grupo da Terceira idade e também um veículo para Secretaria de Meio ambiente. Realmente, temos que aprender a difícil arte de pedir, sabendo que na maioria das vezes não seremos atendidos”, lembra ele.

Ele concluiu dizendo que pode fazer ainda mais pela cidade. “Fiz um bom trabalho, mas sei que posso fazer melhor ainda”

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