08/01/2015

Novo salário mínimo regional beneficiará cerca de 6,5 mil nogueirenses

O resultado representa 11,75% no aumento da renda do trabalhador paulista

Diego Faria

O salário mínimo regional sofreu mudança de 11,75% no Estado de São Paulo. O antigo valor de R$ 810 passou para R$ 905, se aplicando aos trabalhadores domésticos, agropecuários, ascensoristas e motoboys. Para trabalhadores do ramo de maquinários, carteiros, trabalhadores do turismo e telemarketing o valor chega a R$ 920. Esse aumento regional, segundo o Governo do Estado, beneficiará em média 8 milhões de pessoas em seu total.

Segundo o técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), Luiz Fernando Alves Rosa, em Artur Nogueira esse aumento deve beneficiar em média 6,5 mil pessoas. “Entre os profissionais estão funcionários públicos municipais, trabalhadores com carteira registrada (CLT), beneficiários do INSS (aposentados e pensionistas), autônomos e trabalhadores domésticos. Os números não são exatos pois as estatísticas municipais são divulgadas com defasagem de 2 anos, entretanto, com base nas proporções elucidadas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2013, estima-se que cerca de 59% dos beneficiados são aposentados e pensionistas do INSS”, afirma.

Mínimo Nacional

O aumento do salário mínimo nacional entrou em vigor no dia 1º de janeiro. A mudança passou de R$724 para R$ 788,06. Esse resultado representa um aumento de 8,8% na renda do trabalhador brasileiro.

O Projeto de Lei Orçamentária (LOA), referente ao novo salário, trará um impacto de R$ 22 bilhões, segundo informações do Ministério da Fazenda. Esse cálculo é feito tendo vista as regras da lei para valorização do salário mínimo, se baseando nos índices de inflação deste ano e também na porcentagem no crescimento econômico e lei orçamentária de 2013.

O novo valor do salário se aplicará também aos benefícios do seguro-desemprego e abono salarial, onde as parcelas seguem o mesmo piso vigente no salário mínimo.

O trabalhador Edgar Gonçalves Okamoto diz que aprova a medida, mas para ele o resultado do aumento poderia ser ainda melhor. “De certa forma traz benefícios, mas na minha opinião é vergonhoso, a população e o trabalhador brasileiro merecem muito mais”, declara.

Segundo o bancário Frederico Oliveira, a medida é positiva para os assalariados e também favorecerá os benefícios de programas sociais do Governo Federal, como o programa Minha Casa Minha Vida e programas de financiamento estudantil, como o Fies. Para ele, o trabalhador ganhando mais terá mais condições de usufruir desses recursos sociais. A economia é outro fator que terá pontos positivos, acrescenta. “Esse tipo de reajuste oferece mais renda à população, maior poder de consumo e faz com que a economia também cresça”, pontua.

A mudança não prevê acarretar cortes empregatícios, já que o cenário nacional mostra a menor taxa de desemprego na história e o maior piso salarial já visto.

 


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