Novo delegado de Artur Nogueira propõe humanizar trabalho da polícia

Da redação

O novo delegado titular da Polícia Civil de Artur Nogueira, Dr. Américo Sidnei Rissato, afirmou que pretende humanizar o trabalho policial na cidade. Segundo ele, as forças de segurança do município devem trabalhar em conjunto com os assistentes sociais, amenizando os efeitos que a criminalidade tem sobre os familiares de vítimas e criminosos. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (17) durante a oficialização de Rissato no cargo.

“Juntando o trabalho social com o criminal, vamos humanizar o nosso serviço. Afinal, estamos lidando com pessoas, com seres humano”, ponderou o novo delegado. Ele destacou a importância da participação de assistentes sociais em casos referentes à violência doméstica, conflitos familiares e observância de famílias carentes. Esse tipo de atuação, já exercida por Dr. Rissato em outros municípios, ocorre de forma positiva, segundo ele.

“Tenho a intenção de deixar uma assistente social em atuação na Delegacia e desenvolver um trabalho como foi feito em Cosmópolis, onde existe o assistencialismo integrado. Não basta prender um agressor pela Lei Maria da Penha se a família permanecerá desamparada. É preciso destinar um grupo de apoio, ou cesta básica, caso seja necessário. Ou então vamos continuar criando problema social na cidade. A junção do fator social ao trabalho policial pode humanizar mais o nosso trabalho”, destaca.

Oficialização

A oficialização de Dr. Rissato como novo delegado ocorreu na tarde desta quarta-feira (17) e contou com a presença dos vereadores José Pedro Paes (PSD), Rodrigo de Faveri (PTB), Davi da Rádio (DEM), Lucas Sia (PSD), Miltinho Turmeiro (PMDB), Cristiano da Farmácia (PR), Professor Adalberto (PSDB), além do presidente da Câmara Municipal, Ermes Dagrela (PR). O ato aconteceu no próprio gabinete do delegado de polícia, que passa a responder pela unidade.

Durante a reunião, foram ouvidas as intenções de trabalho de Dr. Rissato, entre elas, a união de órgãos de segurança e maior observância de graves delitos. “Não adianta a minha equipe ser somente interna, deve haver também um trabalho em equipe com as outras forças de segurança, com troca de informações e o relacionamento junto ao Ministério Público. Vamos evitar o serviço de ‘enxugar gelo’ e procurar dar atenção aos delitos de maior gravidade. Casos de menor potencial ofensivo serão voltados à Guarda Municipal e ao serviço de atuação preventiva, como o da Polícia Militar”, pontua.

Conseg

O vereador Rodrigo de Fáveri (PTB) falou sobre a importância da atuação e incentivo ao Conselho Municipal de Segurança (Conseg) para que a interação aconteça em parceria e com participação da população. Uma chapa já está sendo organizada na Câmara para o fortalecimento dessa iniciativa. “É necessário haver essa interação e frequentarmos as reuniões, não importa o número e incidência de participantes”, declarou o delegado.

Funcionários da delegacia

Outro ponto discutido no encontro foi a destinação de mão de obra do Estado à Delegacia. No ano passado, o Portal Nogueirense publicou uma matéria que observava a carência desse tipo de corpo efetivo. Até maio do ano passado, época da publicação, a unidade policial contava com 16 funcionários. Destes, apenas quatro eram de serventia do estado.

Em resposta ao questionamento, Dr. Rissato disse que há sim a intenção da cobrança ao setor. “Há cerca de 15 dias foi destinado dois agentes para essa delegacia. Ainda é pouco, mas essa é a realidade da Polícia Civil no país. É preciso ocorrer esse amparo dos municípios, pelo menos enquanto necessário, até que seja feito um convênio e o subsídio com o Estado”, esclarece.

O delegado de Polícia frisou ainda que a atuação dele na unidade busca ser de cunho permanente, mas explicou que a permanência dele depende exclusivamente da posição da Delegacia Seccional de Polícia Civil de Americana (SP).

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