04/02/2020

“Não vou dar cavalo selado para ninguém montar e fazer discurso mais não”, diz Rodrigo de Faveri

Parlamentar disse que a frase foi uma carapuça que ele jogou para cima e caiu na cabeça de alguém

Da redação

O autor do pedido de investigação para apurar se o prefeito Ivan Vicensotti (PSB) cometeu ato de improbidade administrativa, vereador Rodrigo de Faveri (PTB), fez um discurso duro durante a sessão da Câmara de Vereadores dessa segunda-feira (03). O relatório que pedia o arquivamento da denúncia acabou aprovado por 6X4.

O parlamentar iniciou pedindo licença ao público para se dirigir aos colegas. “Senhores vereadores, eu gostaria de pedir licença ao público e me dirigir a vocês, dizendo que a denúncia não se tratava se era projeto social ou não, qual era o valor da casa ou em quantas vezes se parcelaria a entrada. A discussão aqui do meu protocolo, cumprindo a minha obrigação não era discutir se o regimento está correto ou falho”, disse ele.

“A minha denúncia era para discutir se o prefeito pediu ou não propina para aprovar o empreendimento, seja ele social ou de luxo”, completou.

Em seguida, falou que prevaleceu a democracia. “O direto da democracia prevaleceu e não passou a denúncia e ouvindo de lá de fora do meu suplente, no juízo final a gente vai ficar sabendo”.

Faveri disse ainda que fez o que é o seu trabalho. “Fiz o que me cabia fazer, protocolei um pedido de investigação. Não disse que o prefeito era culpado. A denúncia que chegou pra mim por meio do empresário é que o prefeito pediu propina e o meu trabalho foi feito. Fiz o que me cabia”, frisou.

O parlamentar aproveitou seu tempo de fala livre para desabafar. “Mas senhores, quero aqui usar uma frase que nessa Câmara ouvi um amigo meu dizer. As vezes aqui me sinto um cachorro de caça que quando precisa tirar a caça do meio do mato, atiça e me manda para lá, para sair sujo, para sair rasgado. Depois, quem pendura o porco de cabeça para baixo no terreno limpo com foto no facebook não sou eu”, apontou.

E seguiu. “Eu estou cansado, para não dizer de saco cheio disso. Essa fase acabou. Usar o Rodrigo de Faveri não mais. Porque aqui não é cachorro de caça para tocar no meio do mato não”, completou.

O edil ainda disse. “ Se eu selar o cavalo, quem vai andar no cavalo vai ser eu. Não vou dar cavalo selado para ninguém fazer montar e discurso mais não. Nem suplente, nem relator, nem dono de comissão, ninguém mais”, declarou.

Em entrevista ao Portal Nogueirense, o vereador disse o que será feito a partir de agora. “Em relação à denúncia, nós vamos começar a explicar para a população agora, o que Artur Nogueira deixou de receber pela acusação que foi feita pela empresa. 596 casas de projeto habitacional de cunho social por um motivo de capricho do executivo. A denúncia foi feita a mim e eu fiz a denúncia na câmara e o que caberia a Câmara era apurar e acharam por bem arquivar”, comentou.

E concluiu. “Mas queria dizer uma coisa, a Câmara as vezes é que nem um velho ditado, ‘nem tudo que reluz é ouro e nem tudo que brilha aqui é prata’. Para um bom entendedor, essa frase basta”, finalizou.

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