Moradores reclamam de falta de água em Artur Nogueira

Quézia Amorim

A falta de água vem incomodando parte da população de Artur Nogueira. “A gente sofre com poeira, imagine sem água. A gente abre a torneira e não pinga uma gota d’água. Todos os dias isso acontece, a água chega aos pouquinhos à noite e é nessa hora que a gente consegue fazer as coisas. Se você gastar água, só consegue tomar banho à meia noite, na hora que tá chegando”, relata a moradora do Jardim Carolina, Roselaine Pereira.

A dona de casa Edna Nascimento mora há um ano no bairro Egídio Tagliari e diz que a água no local também é escassa. “Todo dia é assim, ela só volta à noite. A gente depende da água para tudo. No final de semana falta mais e tem dia que não chega ou demora. Não sei o que acontece, sempre faltou, mas agora, essa falta de água está demais”, explica.

Consumo elevado

Segundo o presidente do Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira (Saean), Antônio Sacilotto, atualmente o município possui um gasto equivalente a 500 mil litros por hora, totalizando 12 milhões de litros por dia. Esse número seria suficiente para abastecer a população da cidade de maneira satisfatória, visto que o consumo ideal para cada habitante é de 200 litros/dia, entretanto cada morador consome 280 litros/dia, totalizando 38% a mais do consumo recomendado, que fica entre 15% e 20 %.

Aumento da produção

Ainda segundo o Saean, a partir de segunda-feira, dia 24, serão instaladas duas novas bombas de água em Artur Nogueira, que resultará no aumento da produção para 600 mil litros de água por dia. Sacilotto ainda informou que, devido ao consumo elevado, o problema crítico da falta de abastecimento de água se encontra nos bairros Jardim Carolina, Egídio Tagliari e Josephin Tagliari. “Será um problema demorado, a cidade foi crescendo e aumentaram os bairros. Várias torneiras são abertas e a pressão não é suficiente para chegar ao bairro, mas não se compara ao Jardim Carolina, Egídio Tagliari e Josephin Tagliari. Nosso problema não é vazamento. Hoje o nosso maior problema é o alto consumo de água, pois as pessoas que têm água não economizam e isso faz com que falte água nos demais bairros. As pessoas lavam calçadas e molham jardins e nossa produção está no limite. Estamos produzindo aquilo que é consumido”, finaliza o presidente da autarquia.