28/10/2017

Moradores de Artur Nogueira fazem carreata pelo caso Arieli

Objetivo é fazer com que população e autoridades não se esqueçam do desaparecimento da jovem

Da redação

Com objetivo de evitar que o caso Arieli Pinheiro seja esquecido, moradores organizaram, na tarde deste sábado (28), uma carreata pelas principais ruas de Artur Nogueira. O encontro aconteceu na Praça do Coreto. Diversos cartazes foram confeccionados visando chamar a atenção da população e das autoridades. Fazem 28 dias que a jovem está desaparecida.

A mãe da jovem, Elissandra Pinheiro dos Santos, afirma que as autoridades não deram nenhuma novidade sobre o caso até o momento. “É muito sofrimento, o sol nasce e se põe eu fico esperando minha filha chegar”, exclama Elissandra. Ela também afirma que algumas pessoas chegam a dizer que a mãe sabe aonde a filha está. “É muito triste, tem gente que não acredita, ninguém imagina o tamanho do meu sofrimento, a única coisa que tenho é Deus e os amigos”, ressalta.

Cartazes como: “precisamos de mais ajuda” e “queremos uma solução” foram usadas durante a concentração e a caminhada. Foi consenso entre os presentes que as autoridades deveriam dar mais informações sobre o caso.

O morador Wadson Andrade Souza participou da passeata e se diz inconformado com a situação. “A cidade é monitorada por câmeras, mas ninguém acha nada, a polícia deveria fazer um rastreamento do celular dela ou algo do tipo”, afirma Wadson.

Após ficarem por um período na Praça do Coreto, os participantes da manifestação fizeram uma carreata pela cidade, acompanhado da Polícia Municipal de Artur Nogueira.

O Caso

Arieli foi vista pela última vez por familiares na noite de 1º de outubro. O desaparecimento dela foi comunicado à Delegacia de Polícia Civil do município na madrugada do dia seguinte. A adolescente, de 13 anos, havia saído de casa para conectar o celular ao sinal de internet (wi-fi) de um vizinho, no Jardim Laranjeiras. Após ter permanecido fora da residência, na mesma rua em que reside, ela não retornou mais para casa.

A tia de Arieli, Pauliane Pinheiro, foi quem prestou a queixa na unidade policial sobre o desaparecimento, porém, até o momento não obteve pistas consistentes sobre a sobrinha. “A Polícia informou que estão investigando, mas não tivemos nenhuma pista ainda. Já estamos há 27 dias aguardando. Quem souber de algo, por favor, denuncie anonimamente”, relatou emocionada a familiar.

Diversas solicitações por pistas foram feitas a vizinhos, conhecidos e, também, pela internet através da família, incluindo um grupo criado em uma rede social, na tentativa de ocorrer algum direcionamento sobre a localização da jovem. Neste mês, após uma denúncia feita à família, a Polícia Militar (PM) fez buscas na casa de um suspeito de estar com a garota, em Engenheiro Coelho (SP). O registro policial pontua que uma jaqueta feminina tinha sido localizada no carro do homem, embora, a suspeita não se constatou e foi descartada pelas autoridades. Em relação ao averiguado, ele afirmou que a vestimenta encontrada pertencia à irmã dele, sendo então liberado.

Uma outra suspeita recebida pela família indicava um rapaz, morador do município, que costumava se encontrar com Arieli na saída do colégio em ela estuda, na Escola Estadual Magdalena Sanseverino Grosso, Jardim Planalto. Ele foi procurado pelos parentes da jovem, no entanto informou que também não sabe nada sobre a garota. Todo esse desencontro de informações gera ainda mais sofrimento à família, que apesar de tudo, não perde a esperança do reencontro. Ainda de acordo com a tia, Pauliane, o relacionamento de Arieli em casa era normal, sem conflitos, não havendo motivos para a jovem não querer voltar para casa. “Ela é uma menina que se dá bem com todo mundo, nosso relacionamento sempre foi muito bom. Ela jamais iria se esconder ou fugir de nós”, reitera.

Familiares e amigos de Arieli chegaram a fazer uma primeira manifestação de protesto em frente ao local em que ocorria o evento de rodeio em Artur Nogueira, na noite de sábado (14). O grupo, formado por 30 manifestantes, estava com cartazes e pedia mais agilidade nas investigações da Polícia Civil. “Minha filha desapareceu e ninguém faz nada. Peço ajuda da Polícia e de todos que possam me ajudar a reencontrar minha menina”, disse Elissandra Pinheiro dos Santos, mãe da jovem, na ocasião da manifestação. Elissandra foi procurada para dar um novo depoimento ao Portal Nogueirense, mas ela não está em condições emocionais de comentar sobre o caso.

O delegado titular da unidade de Polícia Civil de Artur Nogueira, Dr. Lúcio Antônio Petrocelli, até o momento não alcançou evidências palpáveis sobre o paradeiro de Arieli. Para ele, a contribuição para o desfecho do caso deve ser de todos, polícia, família e população. “Instauramos o inquérito, mas ainda não temos o paradeiro dela. É importante que todos ajudem com informações e pistas, incluindo, munícipes que tenham alguma suspeita”, declarou.

O setor de Investigações da Polícia Civil informou ao Portal Nogueirense que as providências cabíveis ao caso estão em andamento. O grande número de casos em investigação, prisões e translado de presos às unidades penitenciárias da região, feitas pelos próprios agentes civis, também costumam tomar o tempo hábil do trabalho desempenhado pelo setor, fator declarado pela própria equipe policial.

Algumas pessoas, incluindo familiares, foram ouvidas em oitivas na unidade policial, porém, até o momento, não há nada que indique um possível paradeiro de Arieli. Conforme a Delegacia, o caso do desaparecimento de Arieli deve seguir para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Americana (SP), que deve colaborar para o andamento da apuração.

Caso alguma testemunha identifique a localização da jovem, ou tenha alguma pista a respeito, é preciso ligar para a Delegacia de Polícia Civil do município pelos telefones 3877-1400 / 3877-1100. A Polícia Militar (PM) também pode ser informada pelo número 190 e, a Polícia Municipal, pelos telefones 3877-1823 / 153. Os comunicados podem ser feitos em sigilo e de forma anônima.

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