01/10/2020

Moradora de Artur Nogueira que passa por grave doença busca fundos para exame

Mirileide Aparecida Nascimento Santos enfrenta problema de endometriose há 10 anos e necessita pagar por exame de videolaparoscopia no valor de R$ 9 mil; Campanha online tem intuito de arrecadar valor

Da redação

Uma moradora de Artur Nogueira busca recursos através de uma campanha de arrecadação online para poder pagar por um exame de videolaparoscopia. A munícipe enfrenta há cerca de 10 anos um grave problema de endometriose, doença que afeta o endométrio – mucosa que reveste a parede interna do útero – e que também pode prejudicar outros órgãos do corpo. Após ter sido diagnosticada há pelo menos 2 anos com a doença, ela agora precisa, urgentemente, passar pelo referido exame para que seja indicada a localização da debilidade no corpo, mas por falta de recursos financeiros, a efetivação do exame ainda não ocorreu.

Mirileide Aparecida Nascimento Santos tem 45 anos, é natural de Mauá (SP) e reside em Artur Nogueira há 7 anos. O problema de saúde dela começou com dores constantes e uma intensa hemorragia. Nesse período foram inúmeras consultas, exames [incluindo ressonâncias, tomografias e ultrassom] e procura por médicos que indicassem um diagnóstico, mas nenhum dos profissionais sabiam dizer ao certo qual era a debilidade dela.

Após se mudar para Artur Nogueira, Mirileide passou por consultas em unidades de saúde da região, como no Hospital de Clínicas da Unicamp, em Campinas (SP), mas lá ela não conseguiu um diagnóstico. Em 2018, a moradora procurou então por um médico particular em Itapira (SP), que suspeitou que o problema de saúde dela fosse a endometriose. De acordo com especialistas, a endometriose afeta uma a cada seis mulheres em período reprodutivo. A doença, que pode demorar até 8 anos para ser descoberta devido ao difícil diagnóstico, tem maior chance de ocorrer se houver outros casos na família, o que sugere uma tendência genética.

Com anemia profunda devido à hemorragia, ainda em 2018, Mirileide precisou ser internada e receber bolsas de sangue devido a anemia que também a afetou. Ela foi então submetida por um médico de Itapira a uma cirurgia de cinco horas, sendo retirado o útero e as trompas da paciente, órgãos afetados pela endometriose. Mesmo após a cirurgia, que teve procedimento complicado, Mirileide continua a sofrer com dores frequentes, pois de acordo com o médico que realizou a cirurgia, ainda pode haver outro foco da endometriose em regiões de outros órgãos do corpo dela.

Desde fevereiro desse ano (2020), Mirileide passa por atendimento em um hospital municipal de Sumaré (SP), buscando por um exame de videolaparoscopia, o que tem sido negado pela referida unidade de saúde. Ressonância e tomografia já foram feitas na mesma unidade, não revelando o real diagnóstico necessário para uma possível nova cirurgia. Dessa forma, a moradora terá que pagar pelo exame, o que tem o custo estimado em R$ 9 mil.

“Cada vez que eu vou lá [hospital de Sumaré] eu passo por um médico diferente. Me disseram que meu caso não é cirúrgico, mas os exames que eu fiz não mostraram nada. Estou correndo atrás e ninguém quer fazer esse exame [videolaparoscopia]. Dizem que é muito caro e pelo SUS eu não vou conseguir, relata a munícipe.

Além das fortes dores frequentes, Mirileide também sofre com problemas de intestino e infecções de urina devido à enfermidade que já persiste há 10 anos. Depois da cirurgia para a retirada do útero e ovários, uma hérnia também foi descoberta. Outro fator que a prejudica é que a munícipe está atualmente desempregada por não estar apta para trabalhar devido ao estado de saúde dela. Conforme um laudo médico, ela também foi diagnosticada com depressão por decorrência dos problemas enfrentados.

“Não tem medicamento que pare as dores, já tomei de tudo e a última opção é a morfina. Não sei qual a situação em que está meu organismo, por isso eu preciso tanto desse exame. As dores estão se agravando cada vez mais. Nenhum hospital pelo SUS quer fazer o exame, estou desempregada e não tenho condições de pagar pelo exame. Então minha irmã teve a ideia de fazer essa campanha virtual para arrecadar o valor necessário para eu fazer o exame no particular”, explica.

Até essa quinta-feira (1), foram arrecadados com a campanha virtual o montante de R$ 2.200, sendo ainda necessários mais R$ 6.800 para que o exame de videolaparoscopia seja pago. Para você que se sensibilizou e deseja contribuir com a arrecadação em prol da saúde de Mirileide, acesse o link e saiba como colaborar:

www.vakinha.com.br/vaquinha/me-ajude-a-realizar-uma-videolaparoscopia-da-endometriose

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