03/01/2022

Morador do Bairrinho morre atropelado por GCM de Holambra

Silvio Filipini tinha 59 anos e voltava para casa quando foi atropelado

Da redação

O morador do Bairrinho, em Artur Nogueira, Silvio Filipini, de 59 anos, foi morto ao ser atropelado na Rodovia Prefeito Azin Lian (SP-107), na noite de sábado (1). Segundo a família, ele estava voltando pra casa, que fica a 2Km de onde foi atingido. O sepultamento dele aconteceu na tarde deste domingo (2) no Cemitério Municipal de Artur Nogueira (SP).

De acordo com o laudo do IML, a morte foi ocasionada por traumatismo craniano e politraumatismo. Divorciado, Silvio deixa dois filhos e uma neta.

Um guarda municipal de Holambra foi preso acusado de atropelar e não prestar socorro para a vítima. Ele teria transitado com Silvio Filipini no para-brisa do carro particular por cerca de 1 km, deixado o corpo no centro de Holambra e procurado abrigo na base da Polícia Municipal. Ele foi preso, passou por audiência de custódia, no dia seguinte, e teve a liberdade provisória concedida. A polícia investiga se ele estava bêbado no momento do acidente.

Entenda o caso

Segundo descreve o Boletim de Ocorrência (BO), o acusado mora em Artur Nogueira e estava indo para o trabalho, na base da Guarda Municipal em Holambra. Na altura do Km 35 da Rodovia Prefeito Azin Lian, atropelou Silvio Filipini, seguiu até o centro de Holambra, deixou o corpo em uma calçada e foi para a sede da Guarda Municipal.

No entanto, a base recebeu um telefonema e uma pessoa descreveu o veículo e disse que o condutor teria jogado o corpo na calçada. O acusado, então, confessou que tinha atropelado uma pessoa e teve a arma que portava apreendida logo em seguida. Uma equipe foi até o local e confirmou que a vítima, Silvio Filipinni, de 59 anos, estava morto. O guarda foi conduzido para a Delegacia de Jaguariúna (SP), onde prestou depoimento e foi preso.

Versão do guarda

Segundo a versão do acusado, ele sentiu o impacto no para-brisa do carro, mas ficou com medo de parar e seguiu até a cidade de Holambra, passou em frente ao Hospital de Holambra e, na Rua Alameda Maurício de Nassau, freou o carro. Só neste momento o guarda teria visto que se tratava de um corpo de um homem.

Ele relata ter ficado assustado e foi para a base da guarda procurar ajuda para ele e para a vítima. Quando chegou na base, foi ao banheiro e quando voltou disse que “iria se matar”, pois achava que tinha matado “um pai de família” e nesse momento foi desarmado pelos demais guardas municipais.

Defesa

Em nota, o advogado do guarda resumiu que o fato foi uma tragédia, lamentou o ocorrido e ressaltou que o acusado não negou socorro à vítima.

Leia a nota na íntegra:

“Infelizmente, diante da imensa tragédia, acreditamos que o respeito ao luto da família do sr. Sílvio seja a prioridade agora. Embora muito abalado, ele permanece em casa a disposição da Justiça e colaborará até o final da instrução processual a fim de comprovar que o acidente foi uma enorme fatalidade. Contudo, é importante esclarecer que em momento algum se negou a prestar socorro à vítima, como se demonstrará no decorrer do processo.”

Polícia investiga se acusado estava bêbado

Ainda segundo o Boletim de Ocorrência, havia indícios de que o guarda estava alcoolizado e ele se recusou a fazer o teste de bafômetro, mas aceitou ser encaminhado para a unidade de Pronto-socorro de Jaguariúna para a realização do exame de alcoolemia.

Depois dos procedimentos legais, ele foi preso em flagrante acusado de homicídio culposo na direção de veículo automotor com a causa de aumento, por não prestar socorro à vítima.

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