23/04/2019

Marcos Capelini anuncia exoneração do cargo de assessor parlamentar em Artur Nogueira

“Não sabia que meu nome criava tanta preocupação para a classe política de Artur Nogueira”, disparou o jurista em coletiva de imprensa

Da redação

O advogado e contabilista Dr. Marcos Daniel Capelini informou durante uma coletiva de imprensa, na tarde desta terça-feira (23), que solicitará a exoneração dele junto à Câmara de Vereadores de Artur Nogueira. Ele, que havia sido indicado a assessor parlamentar pelo presidente da Casa de Leis, e assumido o cargo desde o dia 1º de abril, enfrentou resistência por parte da maioria dos parlamentares, que votaram a favor da exoneração do jurista. Dr. Capelini considera que a situação foi motivada por fatores políticos e não técnicos.

Na noite desta segunda-feira (22), durante a 9ª Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores de Artur Nogueira, ocorreu a votação referente a moção de apelo (nº 013/2019) para a exoneração de Dr. Capelini do cargo de assessor parlamentar. A moção, com autoria do vereador Cristiano da Farmácia (PR), foi aceita por oito votos a três.

Os parlamentares Lari Baiano (PSC), Rodrigo de Faveri (PTB) e Mineirinho do Bar (PROS) foram os vereadores que votaram contra a saída do assessor. Já Cristiano da Farmácia (PR), Professor Adalberto (PSDB), Davi da Rádio (DEM), Lucas Sia (PSD), Miltinho Turmeiro (MDB), Zé da Elétrica (PRP), Ermes Dagrela (PR) e Zé Pedro Paes (PSD) votaram à favor da decisão. O presidente da Casa Legislativa, Beto Baiano (PRP), se absteve da votação por fatores técnicos da Casa.

Mesmo com a aprovação do apelo de exoneração imediata por parte da maioria dos edis, a ação que determina a saída de Dr. Capelini, ainda depende do aval da Mesa Diretora. Se, por ventura, a votação em desfavor da contratação não seja considerada pela Mesa, os representantes do Poder Legislativo ainda podem efetuar uma denúncia, inclusive por mau uso do dinheiro público.

Conforme a justificativa da moção, elaborada pelo edil Cristiano da Farmácia (PR), a contratação de Dr. Marcos Capelini teria sido “errônea e equivocada”. “Fiz a moção não para prejudicar algum vereador. Se quisesse isso, teria feito uma denúncia contra a Mesa Diretora. Não questiono também o profissional Marcos Capelini, mas sim, a contratação do mesmo que, entendo eu, é nociva aos cofres públicos”, afirmou o republicano durante a sessão.

O fato de Dr. Capelini administrar um escritório de contabilidade no município e não ter sido imposto à ele cumprir 40 horas semanais de trabalho junto à Câmara, ocasionaria o “descaso com o gasto do dinheiro do contribuinte”, afirmou ainda o parlamentar, autor da moção de apelo. O gasto anual resultante da contratação de Dr. Marcos Capelini estava firmada em cerca de R$ 92.352,00 anuais, mais os encargos sociais.

Após ter conhecimento do resultado da votação, Dr. Capelini solicitou a imprensa para uma entrevista coletiva, realizada na tarde desta terça-feira (23). Durante a ocasião, o jurista declarou que pedirá a exoneração do cargo de assessor parlamentar junto ao Poder Legislativo nogueirense. A solicitação, segundo ele, deve ocorrer nesta quarta-feira (24).

“Apesar do presidente da Câmara, Beto Baiano (PRP), pedir para que eu pense com calma diante da votação que ocorreu e, também, por Rodrigo de Faveri (PTB) defender a minha contratação até o último momento, assim como Lari Baiano (PSC), eu entendo que ambos não merecem o desgaste. Por isso, eu comunico que vou protocolar o meu pedido de exoneração”, revelou.

Dr. Capelini disparou, durante a entrevista coletiva, considerar que o apelo para a exoneração imediata dele se dá basicamente por questões políticas, e não técnicas, como o vereador Cristiano (PR) sustentou em justificativa. “Toda essa discussão que está travada na Câmara, nada mais é, do que um momento político e não de ordem técnica. Não sabia que meu nome criava tanta preocupação para a classe política de Artur Nogueira. Já fui vereador do município, também secretário de negócios jurídicos do governo de Marcelo Capelini (PT) e, acredito que, em face ao pensamento dos caciques da política dessa cidade, podem estar imaginando que minha contratação tenha sido de ordem política pelo atual presidente legislativo”, sustentou.

O advogado também esclareceu o questionamento do apelo de exoneração, defendido por Cristiano da Farmácia (PR) que afirmou que o cargo comprometeria os cofres públicos por gerar muito gasto ao município e oferecer pouca dedicação por parte de Dr. Capelini. Frente à questão, o jurista disse que o comprometimento dele ocorreria em tempo integral, diferente de um assessor em regime de contratação.

“A pretensão da minha contratação foi em colaborar, não só com a Mesa Diretora, em especial com a presidência, mas com todos que necessitem de apoio técnico em suas demandas. O cargo de assessor que me foi destinado é um cargo de confiança, ao qual eu me dispus e necessitaria estar à disposição 24 horas por dia aos vereadores que assim precisassem, diferente de um cargo efetivo (contratação), em que eu deveria cumprir apenas o horário de expediente”, declarou.

Marcos Capelini também informou que renunciará o pagamento de qualquer valor ao seu favor até a presente data. Quanto ao pedido dele de exoneração junto à Câmara de Vereadores, que deverá ocorrer nesta quarta-feira (24), ele relatou que continuará aberto a assessorar, voluntariamente, a todos os parlamentares que precisarem da atuação dele frente a alguma questão técnica e jurista.

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