Incidência de raios durante verão cresceu 33% em Artur Nogueira
Levantamento do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) analisou período de 2018 e 2019
Diego Faria
Dados divulgados pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que a Região Metropolitana de Campinas (RMC) teve alta na incidência de raios durante o período de verão deste ano. Artur Nogueira, que também está presente na pesquisa, teve um aumento de 33,3%.
A queda de raios na RMC está entre as mais frequentes do país, havendo 17.865 registros somente neste período de verão de 2019. No mesmo período do ano passado (2018) foram 8.350 registros, um aumento de 113,95% em relação ao fenômeno.
Em Artur Nogueira ocorreu a queda de 615 raios sobre a cidade entre 21 de dezembro a 20 de março de 2018, período em que se estende o verão. Já este ano (2019), o INPE registrou 820 raios sob o município nogueirense, crescimento de 33,3%. As demais cidades da RMC analisadas seguem esta mesma estatística. Em Campinas (SP), por exemplo, município em que mais ocorreu o aumento da queda de raios da região, foram 2.650 registros em 2018, contra 5.710 em 2019. O aumento representa 115,47%.
Em Americana (SP) foram 930 quedas de raios em 2018 e 1.090 em 2019. Holambra (SP) foi atingida por 55 quedas em 2018 e 310 em 2019. No ano passado, Hortolândia (SP) recebeu a descarga de 155 raios, já em 2019, 370. Em Indaiatuba (SP) foram 610 raios no ano passado e 930 este ano. A cidade de Jaguariúna (SP) captou 275 quedas em 2018 e 930 em 2019. No município de Monte Mor (SP) houve 500 descargas de energia no ano passado e 1.200 neste ano.
E o levantamento não para por aí. Morungaba (SP) teve a queda de 370 raios em 2018 e 750 em 2019. Paulínia recebeu 470 descargas em 2018, contra 1.205 em 2019. A cidade de Pedreira (SP) teve 90 raios no ano passado e 420 esse ano. Em Santo Antônio de Posse (SP) tiveram 360 quedas em 2018 e 520 em 2019. Sumaré (SP) teve 350 no primeiro período contra 770 neste ano. Em Valinhos (SP) foram 700 contra 1.530 e, Vinhedo (SP), 220 contra 780.
Cosmópolis (SP), Engenheiro Coelho (SP), Itatiba (SP), Nova Odessa (SP) e Santa Barbara d’Oeste (SP) ficaram fora da pesquisa.
Uma explicação apresentada pelo INPE em relação ao alto índice de queda de raios é que o fenômeno El Niño altera o movimento de massas de ar e influencia a presença de tempestades sobre o país – incluindo a Região Metropolitana de Campinas (RMC) – causando, assim, a presença de alta incidência de raios.
A previsão do INPE para a queda de raios na região Sudeste do país no Verão de 2019 era de até 30%, mas a estatística registrada foi de 107%. Algumas cidades permaneceram dentro do previsto, porém, outras tiveram um aumento superior.
Como formas de se proteger da queda de raios, o órgão de pesquisa alerta para que, em caso de exposição a tempestades, é preciso evitar permanecer em áreas abertas, como gramados, praias ou embaixo de árvores, optando em se abrigar em locais seguros e fechados, como residências ou automóveis.
O risco de ser atingido por um raio é de uma pessoa para 1 milhão. Quando estiver no interior de residências, é necessário evitar permanecer próximo a eletrodomésticos e aparelhos que conduzam energia.
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