14/09/2019

Há 20 anos, Artur Nogueira perdia um grande líder

Monsenhor Edisson liderou católicos nogueirenses por 44 anos. Ele deixou um legado muito além da religião, focando ainda na Educação e Projetos Sociais

Letícia Leme

Em 11 de janeiro de 1915 nascia Edisson Vieira Lício, que mais tarde se tornaria um grande nome para os fiéis de Artur Nogueira. Foi em Descalvado, uma pequena cidade no interior de São Paulo, que Itagiba Vieira Lício e Roza Pellici Lício trouxeram ele ao mundo.

Sempre empenhado pelas causas religiosas, Edisson estudou Filosofia e Teologia no Seminário Central da Imaculada Conceição, em São Paulo. Em 03 de dezembro de 1939 – aos 24 anos – recebeu a ordenação sacerdotal pelas mãos do bispo Diocesano de Campinas, Dom Francisco de Campos Barreto. Tal celebração deu início ao memorável ministério do então Padre Edisson. Ministério esse que enche o coração do fiel nogueirense de orgulho.

Após 16 anos desempenhados em trabalhos pastorais e apostólicos, o líder religioso foi destinado à Paróquia de Artur Nogueira (11/06/1955) – o 16º na linha de sucessão. Um dia após a posse, o padre visitou todas as autoridades do município – que lideravam na época – a fim de agradecer a recepção que teve. Nesse mesmo dia, realizou uma Assembleia Geral com todos os membros das Associações existentes na Paróquia.

Logo no primeiro ano em que liderava a comunidade, Pe. Edisson inaugurou o relógio que tornou o prédio ainda mais marcante e histórico – e que embeleza o edifício até a atualidade. Além disso, foram destinados novos bancos para a igreja. Atrelado as boas obras do pároco está a construção do prédio do Educandário, que mais tarde se transformaria no Colégio Montessori e hoje abriga o Núcleo Administrativo Municipal.

Em toda a história da Paróquia, Lício foi quem esteve por mais tempo a frente dos fiéis, o que corroborou para que ele fizesse parte de grandes conquistas e dificuldades vivenciadas pela comunidade. Dentre elas está o advento do Concílio Ecumênico Vaticano II, a criação da Diocese de Limeira (1976) e a implantação dos novos movimentos (Cursilho de Cristandade, Fermento na Massa, Encontro de Casais com Cristo e a organização das equipes pastorais).

Com a criação e instalação da Diocese, da qual Artur Nogueira veio a fazer parte, o padre pode conviver e trabalhar com os primeiros bispos diocesanos: Dom Tarcísio Arivaldo Amaral (1976-1984), Dom Fernando Legal (1985-1989) e Dom Ercílio Turco (1990-2002).

Devido ao rápido avanço pastoral da Paróquia nogueirense, bem como o surgimento de novas comunidades, o líder eclesiástico, em trabalho conjunto com o padre Sérgio Fioravante Alvarez e uma comissão de fiéis leigos, deu início às obras do Salão Paroquial.

Em 03 de dezembro de 1989, por ocasião do jubileu de ouro de ordenação sacerdotal e em reconhecimento a dedicação exercida em prol do povo de Deus, Edisson recebeu as insígnias de Monsenhor concedidas pelo Papa João Paulo II. A partir de então, ele passou a ser chamado de Monsenhor Edisson Viera Lício.

Passados dez anos desde o recebimento de tal título, em 14 de setembro de 1999 – na véspera da Festa de Nossa Senhora das Dores – o religioso faleceu. Ocasião em que uma vida foi encerrada e um legado concretizado. Lício foi sepultado no dia da Padroeira, em 15 de setembro de 1999, nas terras que ele tanto amou e serviu por 44 anos. Passados 20 anos desde a sua morte, o religioso ainda é homenageado e lembrado pelos fiéis.

 

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