10/10/2017

Furto de energia elétrica aumenta 82% em Artur Nogueira

Entre janeiro e setembro, 42 “gatos” foram identificados pela Elektro na cidade

Alysson Huf

Os casos de furto de energia elétrica, os famosos “gatos”, aumentaram 82,6% em Artur Nogueira. Entre janeiro e setembro de 2017, 42 ocorrências foram registrados na cidade. No mesmo período do ano passado, a Elektro – empresa responsável pelo abastecimento da cidade – encontrou e desfez 23 ligações clandestinas.

Quem perde com os “gatos” não é apenas a Elektro, mas todos os moradores da cidade. “A população acaba pagando pelo furto, pois o custo da distribuição de energia é dividido entre todos os clientes”, afirma a empresa por meio da Assessoria de Imprensa. De acordo com a distribuidora, o furto de eletricidade também compromete a qualidade da energia elétrica. “Essa atitude sobrecarrega a rede, o que pode deixar muitas casas sem energia”.

Para agravar ainda mais a situação, o consumo de energia ficou mais caro em outubro. Isso porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária deste mês será a vermelha patamar 2, a mais alta que existe. Na prática, a alteração significa que para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos haverá um acréscimo de R$ 3,50 na conta de energia.

E não é só isso. Além de contas mais caras no final do mês, as ligações clandestinas trazem enormes riscos a quem pratica o crime e a quem reside próximo ao local do desvio de energia. “Na tentativa de furtar, pessoas podem sofrer acidentes graves, que muitas vezes podem ser fatais e exportar essa condição de risco a demais pessoas”, alerta a Elektro.

Como se todo esse risco não bastasse, as pessoas que fazem esses “gatos” ainda podem parar no xilindró. O furto de energia é crime previsto no Código Penal. “Se o autor faz a ligação de energia diretamente da rede, incorre nas penas do crime de furto (art. 155§ 3º CP)”, ressalta a distribuidora que atende Artur Nogueira. Nesse caso, pena é reclusão de um a quatro anos, e multa.

Caso o indivíduo finja uma situação de normalidade e fraude a leitura de consumo com algum mecanismo que reduza ou interrompa a contagem da energia utilizada, incorre nas penas do crime de estelionato (art. 171 do CP). A consequência, nesse caso, é reclusão de um a cinco anos, e multa.

Segundo a Elektro, sempre que a empresa toma conhecimento de furto de energia, a situação é regularizada. Para isso, a medição é posta em ordem ou a ligação clandestina é desfeita. “São cobrados do cliente os valores retroativos de energia referentes ao período fraudado, acrescido de multa”, afirma a distribuidora. As inspeções da rede são feitas diariamente.

A Elektro também afirma que os moradores devem estar atentos a qualquer tipo de fiação que esteja em sua residência e que não lhes pertença. Se alguma fraude for constatada, denúncias podem ser feitas através do site da empresa.

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