10/06/2015

Febre maculosa deixa em alerta autoridades de saúde em Artur Nogueira

Carrapato estrela, transmissor da doença é encontrado em capivaras que circulam pela região.

Placas indicando o risco da presença do carrapato estrela, transmissor da febre maculosa, foram fixadas pela Prefeitura em vários pontos do município onde há a presença de animais considerados hospedeiros da doença. Uma delas foi colocada no Balneário Municipal Guilherme Carlini. A placa pede para que as pessoas evitem a área.

De acordo com a Prefeitura foi confirmada a presença no local de animais como “capivaras, equinos e cães, que possivelmente e eventualmente podem hospedar o amblyomma cajennese (carrapato estrela), hospedeiro da Rickettsia, que é o transmissor da bactéria causadora da febre maculosa”.

Na placa está escrito: “Atenção! Área com capivara, possível presença do carrapato estrela transmissor da febre maculosa. Evite qualquer atividade nesta área. Em caso de febre, dor de cabeça e dores musculares, procure o serviço de saúde”.

IMG_9866

Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura até o momento não houve nenhum registro na cidade da febre maculosa.

A assessoria orienta para que as pessoas que frequentaram os locais onde foram instaladas as placas de aviso da possível presença do carrapato estrela e, consequentemente, do risco de contaminação da febre maculosa a procurarem atendimento médico imediato se apresentarem sintomas como, febre, manchas avermelhadas, dores no corpo e de cabeça. “É de fundamental importância que a pessoa com sintomas suspeitos relate ao médico que teve possível contato com o carrapato estrela”, explica a nota.

Em todas as unidades de Saúde da Família foram afixados cartazes de orientação e prevenção sobre a doença da febre maculosa. Além disso,  foram colocadas também placas de orientação e aviso em todos os locais da cidade onde há o risco da presença dos animais hospedeiros do carrapato estrela.

Doença

Febre maculosa brasileira é uma doença transmitida pela bactéria Rickettsia rickettsii encontrada no carrapato-estrela ou micuim da espécie Amblyomma. Esse carrapato pode ser encontrado em animais de grande porte como bois, cavalos, cães e aves domésticas, mas é a capivara o mais comum dos hospedeiros.

Segundo o Ministério da Saúde, a doença caracteriza-se por ter início inesperado, com febre elevada, dores de cabeça e dores nos músculos. Além disso são sintomas da doença o aparecimento de manchas vermelhas nas extremidades do corpo que podem evoluir para feridas e hemorragias. O tratamento precoce é essencial para evitar formas mais graves da doença.

Para haver transmissão da doença, o carrapato infectado precisa ficar pelo menos quatro horas fixado na pele das pessoas. Os mais jovens e de menor tamanho são mais perigosos porque são mais difíceis de serem vistos. Não existe transmissão de febre maculosa de uma pessoa para outra. Também não há vacina para a doença.

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde a maior concentração de casos está nas regiões Sudeste e Sul entre pessoas de 20 a 49 anos, principalmente homens, que relataram a exposição a carrapatos, animais doméstico e frequentaram ambiente de mata, rio ou cachoeira.

Geralmente a doença ocorre com maior incidência em outubro, quando há maior densidade de carrapatos. A análise varia conforme a região.

Em dados absolutos, o estado de São Paulo já registrou em 2015 14 casos de febre maculosa e 9 óbitos pela doença. Em um período de 15 anos foram 300 mortes para 669 casos no estado.


Comentários

Não nos responsabilizamos pelos comentários feitos por nossos visitantes, sendo certo que as opiniões aqui prestadas não representam a opinião do Grupo Bússulo Comunicação Ltda.