30/07/2020

Ex-secretário fala sobre experiência de ter estado à frente da cultura de Artur Nogueira

Edésio Lopes falou sobre trabalho à frente da Cultura nogueirense durante três anos sobre assuntos relacionados à pandemia

Da redação

O ex-secretário de Cultura de Artur Nogueira, Edésio Lopes, esteve presente nesta quarta-feira (29) nos estúdios do Portal On para participar de uma entrevista exclusiva, dirigida pelo jornalista Leandro Oliveira. Entre os temas abordados na ocasião, Edésio Lopes falou sobre o trabalho a frente da Cultura nogueirense durante três anos e falou sobre assuntos relacionados à pandemia.

Durante a entrevista ao Portal On, Lopes falou um pouco sobre a experiência que adquiriu nos últimos três anos a frente da pasta da Cultura no município e de como conheceu o potencial da cultura do “berço da amizade”. “Artur Nogueira tem uma vertente cultural rica e isso foi enriquecedor. No inicio, tivemos dificuldades para replanejar tudo pela redução do orçamento, então tive que chegar e entender tudo para poder saber por onde começar. Depois disso comecei a executar meu trabalho na pasta.”

O ex-secretário sempre defendeu o potencial cultural de Artur Nogueira  em sua gestão, muitas ideias saíram do papel. “Eu ficava chateado porque quando se falava de turismo de Artur Nogueira, virava piada, pois as pessoas não acreditavam no potencial turístico da nossa cidade e eu sempre enxerguei esse potencial. A natureza, nossa agricultura é tudo muito rico e temos que saber aproveitar esse turismo rural”, disse Lopes.

Edésio também opinou em situações polêmicas, como o possível cancelamento do Carnaval em 2020 devido à pandemia de novo coronavírus. Para ele, a saúde vem em primeiro lugar e se for para controle da doença, ele acha que o Carnaval deve ser cancelado.”Estou feliz de como os gestores do Brasil estão se posicionando sobre esse assunto. Já estão falando de cancelamentos para prevenir o contágio e eu admiro isso. Como pessoa pública eu acho que o que deve ser feito tem que se feito pela nossa saúde. Se não existir uma vacina acessível que possa conter essa pandemia, eu optaria pelo cancelamento, pois prefiro pecar pelo excesso de segurança do que ser irresponsável e promover a contaminação de milhares de pessoas”, opinou.

O ex-secretário também rebateu críticas de sua gestão. Um dos temas abordados, foi a reforma do Teatro e da prédio da antiga Biblioteca. Recentemente o arquiteto Fernando Arrivabene fez duras críticas em relação a isso e afirmou que o prédio pode cair em três anos, mas o Edésio disse que acompanhou a vistoria de engenheiros no local e afirma que não existe risco de desabamento da estrutura.  “Nós fizemos uma limpeza no prédio, chamamos engenheiros no local para fazer uma vistoria lá e ver a real situação e eles emitiram um laudo. Existem três tricas no prédio e isso pode ser revertido com uma obra”, esclareceu.

No entanto, segundo ele, as obras estavam planejadas e com orçamentos aprovados, mas duas empresas contempladas no processo de licitação, abandonaram as obras. Isso impediu a reforma do prédio. “Infelizmente não conseguimos trabalhar lá. Apesar de existir um verba já aprovada para a reforma do Teatro e de termos dado andamento nesse projeto. Arrumamos as contas para liberação da verba e tudo deveria acontecer em etapas. Porém, a primeira empresa veio e deu inicio aos trabalhos. Um engenheiro foi vistoriar se a etapa estava sendo cumprida, porém, não estava pronto e por isso não liberou o restante do dinheiro, e com isso, a empresa abandonou a obra. Então foi aberta uma nova licitação para contratar outra empresa e a situação se repetiu com essa segunda empresa e a obra ficou abandonada novamente”, lamenta Lopes.

Edésio também expressou sua opinião de enfrentamento do novo coronavírus. Para ele, eventos, escolas e tudo o que promove aglomeração deve ser evitado até o fim da pandemia ou a invenção de uma vacina com comprovação de eficácia. “Artur Nogueira é dependente do sistema de saúde da região de Campinas. Então, se fosse preciso fechar Artur Nogueira porque um morador daqui for internado hoje e vai morrer por falta de uma vaga de UTI, eu fecharia a cidade inteira. Um morador para mim é o suficiente. As pessoas não estão levando a doença a sério”, disse Edésio.

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