03/03/2016

Estudante recebe alta após ser atropelado em Artur Nogueira

Kaike Gabriel Moreira de Oliveira, de 11 anos, ficou 12 dias internado no Hospital Santa Casa de Limeira.

Após aproximadamente duas semanas internado no Hospital Santa Casa de Limeira, o estudante Kaike Gabriel Moreira de Oliveira, de 11 anos, vítima de um atropelamento ocorrido em frente à Escola Estadual José Amaro Rodrigues, no Centro de Artur Nogueira, no dia 19 do mês passado, recebeu alta no final da tarde desta quarta-feira (2) e já repousa em casa. O garoto sofreu uma fratura exposta depois que um ônibus escolar passou por cima do braço direito. Já em fase de recuperação, Kaike e a família se sentem aliviados depois da liberação da unidade hospitalar.

Segundo o gerente rural Messias de Oliveira, de 40 anos, pai de Kaike, o filho foi muito bem amparado durante os dias em que permaneceu no hospital, na companhia da mãe Andréia Aparecida Moreira, de 37 anos, que esteve a todo momento ao lado do menino. Devido à gravidade do ferimento causado no atropelamento, foi preciso uma cirurgia ser realizada, e quatro parafusos serem implantados no braço de Kaike, para que o osso afetado volte à posição devida. “A gente ficou impressionado com a recuperação dele, pensamos que ele teria que ficar lá [hospital] por mais três semanas no mínimo. Ele ainda terá que usar o aparelho fixador no braço por aproximadamente dois meses”, relata Messias.

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Kaike, de acordo com o pai, ainda está abalado com o acidente que sofreu, mas se sente aliviado em poder retornar para casa. Durante o tempo que esteve no hospital ele recebeu medicamentos para evitar as dores e suplementos vitamínicos, devido ao quadro de anemia que o abateu. Curativos semanais também terão que ser feitos para evitar risco de infecções. “Vamos ter que tomar um cuidado especial com ele em casa. Ele só está um pouco triste por não poder brincar com os animais de estimação dele por enquanto, por recomendação médica”. O estudante terá que passar ainda por seções de fisioterapia para retomar os movimentos do braço.

O aluno, que ainda transmite no olhar acanhado a preocupação com o acidente, se sente mais confortável em estar de volta à casa onde mora, localizada no Bairrinho. “Eu já me sinto bem melhor”, afirma Kaike.

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Andréia comenta que teve um mal pressentimento no dia em que ocorreu o acidente com o filho. Antes de ser comunicada pela escola, ela diz que relatava à uma familiar sobre a preocupação com o garoto. “Eu estava comentando com a minha tia que sentia medo de acontecer algum acidente com ele, por ele ficar em frente à escola, na rua. Depois de um tempo me ligaram pedindo para eu ir até a escola, daí o acidente foi a primeira coisa que veio em meu pensamento. Quando cheguei lá e vi a viatura da polícia, o ônibus parado, a marca do sangue no chão, comecei a chorar. Mas ele já tinha sido socorrido e levado ao hospital”, lembra.

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Messias relata que se sente grato por todo o apoio que recebeu, em especial, das pessoas com quem trabalha e a colaboração da diretora da Escola Amaro Rodrigues, onde Kaike estuda. “Gostaria muito de agradecer ao meus patrões, Nina e Glenn, por todo o amparo e atenção oferecida, e também à diretora Valdirene, por permitir que o Kaike tivesse a oportunidade de recuperar as faltas por meio de trabalhos individuais que serão passados. Com isso ele não perderá o ano letivo”.

Além de demonstrar gratidão com as pessoas que o ajudaram durante o período de internação do filho, Messias também expressa preocupação pelo garoto que estava com Kaike no momento do acidente. Conforme informou o pai, foi um momento de descuido do filho e do amigo, mas nenhum deles teve culpa em relação ao acidente, e a família, não guarda ressentimentos sobre o ocorrido. “São crianças. Eles estavam apenas brincando, não foi por querer o que aconteceu. Eu estou realmente preocupado, pois pelo que eu sei, o amigo do meu filho também está muito abalado psicologicamente e não está dormindo direito, pois fica lembrando do acidente”, lamenta.

Após saber que o trânsito no entorno da escola sofreu alterações após o acidente com o filho, o pai de Kaike informou esperar que a medida permaneça e, de fato, ofereça mais segurança aos alunos da unidade escolar. “Pena que teve que acontecer isso com ele [Kaike] para as medidas serem tomadas. Mas que isso sirva de exemplo para que outras crianças não tenham que passar por isso”, pontua.

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