29/06/2013

ENTREVISTA: Dr. Ruben Holdorf

Doutor em Comunicação e Semiótica fala sobre manifestações populares

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“O brasileiro só desperta quando a corda se encontra no pescoço” (Dr. Ruben Holdorf)

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Alex Bússulo

Ruben Holdorf é doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP e tem dois mestrados. Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná, atuou nos jornais O Estado do Paraná e Tribuna do Paraná, nos quais participou da criação do Paraná Online. Ex-professor da UFPR, leciona no curso de Jornalismo do Unasp. Dirigiu a Agência Brasileira de Jornalismo (ABJ), na qual conquistou oito prêmios regionais e nacionais. Depois ocupou o cargo de diretor de Jornalismo da Rádio Unasp. Na área literária produziu os livros “No Olho do Furacão” e “Liberdade Vigiada”. Orientou, também, a produção dos videodocumentários “Memórias feridas: o renascer de uma nação” (a respeito da reconstrução de Ruanda, na África) e “Igual a você” (sobre moradores de rua em Campinas). Além das atividades acadêmicas e literárias, mantém um ensaio fotográfico no Panoramio em parceria com o Google Earth e é colaborador da organização humanitária Médicos Sem Fronteiras.

Por que as manifestações mobilizam tantas pessoas? Segundo dados do governo federal e da imprensa, na quinta-feira, 20 de junho, as manifestações tiveram a participação de mais de dois milhões de pessoas em diversas regiões do Brasil. Se você comparar este número ao universo populacional, pode-se afirmar que o envolvimento foi baixo. Se você compará-lo a outras passeatas, apenas na capital paulista os números das manifestações evangélicas, ou da parada gay, alcançam os dois milhões de participantes. O que conta aqui é a extensão do problema, cuja dimensão partiu das vaias dentro de um estádio e ganhou as ruas das capitais e, em seguida, proliferou-se para o interior do país. Deve-se levar em conta, também, que esses números divulgados são estimativos e podem ser manipulados, minimizados, a fim de desprestigiar o movimento nacional. Palavras de ordem convocaram pessoas de todas as classes porque o mote do movimento atingiu os direitos cidadãos, direitos esses sonegados por uma minoria privilegiada – não no sentido social e econômico –, entronizada no poder, que detém os recursos públicos e deles fazem uso e enriquecem ilicitamente sob as barbas da Justiça.

Quem está por detrás das manifestações? Pode ser tanto uma legítima manifestação popular contra os desmandos dos poderes públicos, como pode ser também uma orquestração governista – tal qual ocorreu em alguns países vizinhos – a fim de justificar um golpe autoritário e populista, descaracterizando iminentes decisões do STF que causariam prejuízo aos interesses de perpetuidade no poder. Trata-se de um caldo muito grosso de representatividade, fator que torna difícil qualquer identificação de liderança.

Além do povo, alguém pode se beneficiar desses protestos? O povo jamais será beneficiado. Raras exceções, ninguém reduziu o preço da passagem em São Paulo, nem os valores do pedágio. Todos foram congelados. Alguns governantes já deixaram claro que a classe média pagará a conta, pois impostos deverão ser elevados a fim de compensar a falta de arrecadação em benefícios concedidos às massas. E as massas também pagarão, pois quem gastar mais dará um jeito de recuperar o ônus dos serviços cujos valores deverão ser ajustados. Que movimento teve resultado nesse país? Nenhum. Os caras-pintadas acham que tiraram Collor, mas os eleitores alagoanos o alçaram novamente ao poder. Quem tirou Collor na ocasião foi o poder econômico e político, os poderosos da Avenida Paulista, descontentes com o presidente que se recusou a repartir o bolo da apropriação das contas bancárias. O movimento das Diretas Já fracassou, pois não conseguiu participar da eleição de Tancredo Neves, que sequer tomou posse. Quem assumiu foi o vice-presidente José Sarney, ex-presidente da Câmara pelo partido ditatorial da Arena e que, recentemente, presidia o Senado. Confira o programa “Roda Viva” de duas décadas atrás e perceba que as discussões eram muito semelhantes [clique].

Dr. Ruben Holdorf

O que esse movimento almeja? Não está faltando foco por parte dos manifestantes? O que eles almejam são reivindicações justas, na maior parte dos casos. Elas compõem aquilo que chamamos de “demandas democráticas”, esquecidas até então pelos poderes públicos, seja por omissão, má-vontade, má-fé, ignorância, incompetência, por haver demandas mais urgentes ou mesmo diante da falta de recursos, típica de municípios que jamais poderiam ser emancipados. Se o Estado (qualquer governo) não se compromete com educação, saúde, transporte, habitação, segurança e o direito à livre expressão, ele não cumpre a sua missão. Saúde, transporte, habitação, segurança e livre expressão podem receber soluções imediatas, mas educação é a única de longo prazo. O investimento em educação pode demorar décadas, pelo menos trinta anos. Em 1965, a Coreia do Sul se encontrava entre os miseráveis do planeta, tentando sanar gravíssimos problemas de infraestrutura em saneamento, elevada mortalidade infantil, analfabetismo. A virada aconteceu ao investirem em educação. Entretanto, isso demorou quase trinta anos. Hoje, a Coreia do Sul é um dos países detentores das mais altas taxas de desenvolvimento humano e progresso em tecnologia. Estão aí as marcas e produtos da Hyundai, Kia, Samsung, concorrendo no mercado com as norte-americanas, japonesas e europeias. São empresas sul-coreanas. Os sul-coreanos têm duas universidades entre as cinquenta melhores do mundo, de acordo com ranking confiável e não manipulado. Para haver foco é preciso liderança, e isso nós não temos. Temos gerentes autoritários que não gostam de ser questionados.

Qual deveria ser a principal bandeira levantada pelos manifestantes? A principal deveria ser a da educação. A presidente prometera investir 100% dos recursos dos royalties (o Congresso aprovou 75%) do petróleo e 50% do extraído do pré-sal em educação. Trata-se de uma promessa vazia, eleitoreira. É bom que as pessoas saibam que isso não será possível no atual mandato, nem no próximo. Prometer educação para hoje é enganar o eleitor. Educação já deveria ser prioridade há décadas. Educação nunca foi prioridade no Brasil. Leia os livros de História do Brasil e confira o que aconteceu aos primeiros educadores, os jesuítas. No século 18, o Brasil tinha idioma próprio, o tupi-guarani, cultura própria, escolas, e isso incomodava os colonizadores lusitanos, pois era um sinal de exclusividade e um sintoma de iminente independência política. Diante dessa ameaça, o primeiro-ministro português, o marquês de Pombal, expulsou os jesuítas não apenas do Brasil, mas de todas as colônias portuguesas. Com isso, o Brasil sofreu um retrocesso de décadas. A primeira universidade brasileira – dentre as que estão em pé, ainda – foi a do Paraná (hoje UFPR), fundada em 1912. Os Estados Unidos, antes da independência, em 1776, já tinham a Universidade Harvard. Além da garantia em educação, com vistas ao futuro, hoje os manifestantes deveriam pedir punições imediatas e rigorosas contra os corruptos e a absurda não-cobrança de impostos da Fifa para a Copa de 2014. A Fifa tentou se defender, alegando que investe no Brasil mais de trinta milhões de reais. Em quê? Escolinhas de futebol, de passatempo? As crianças precisam de escolas de verdade, que formem cidadãos e profissionais, os futuros líderes do país.

O povo está mais interessado por política? Ele está interessado é em viver tranquilo, tendo a certeza de que os representantes eleitos não se encontrem dentro dos cofres públicos farreando o tesouro advindo dos impostos. O povo quer educação para os filhos e netos, saúde digna e confiável, transporte de qualidade e de baixo custo, segurança total, moradia acessível, trabalho com carteira assinada e salário justo. Isso não é discurso demagógico, é o mínimo que um governo pode fazer de respeitável, se é que ele se deixa respeitar. O brasileiro se omite em determinadas épocas, mas não é totalmente alienado. Basta lembrar as diversas revoluções e revoltas relatadas ao longo da História. O problema é que ele só desperta quando a corda se encontra no pescoço, quando a água chega ao queixo ou quando encostam a arma junto à cabeça.

As manifestações receberam força por meio das mídias sociais. A internet pode vir a sofrer alguma mudança a partir de agora? A internet não muda, mas os governos de diversos países estudam um meio de censurá-la, seja pela imposição autoritária ou por meio de regulamentação legal, tal qual ocorre com as emissoras de rádio e televisão. Trata-se de um risco. O governo chinês controla a maior parte da internet do seu país. Os Estados Unidos apresentam outro tipo de controle, por meio da espionagem de conteúdos. Tão logo se detectou o poder de aglutinação das manifestações por meio do Facebook, o governo acionou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar e tentar capturar os estimuladores do movimento nas ruas. Até mesmo o Reino Unido, considerado o paraíso das liberdades de imprensa e expressão, pretende apresentar projeto regulamentando a mídia. Tudo isso depois dos escândalos de grampo telefônico encomendados por jornais sensacionalistas de Londres. A própria mídia está deslegitimando a democracia e a si própria. Ao ameaçar a sociedade democrática, outras forças podem colocar em risco às liberdades individuais. Quando a democracia adquire a forma de um significante vazio, como afirma o cientista político Ernesto Laclau, o espaço ora ocupado por ela corre o risco de ser preenchido por ideologias que ameaçam a estabilidade democrática. Nada disso está sendo levado em conta. Aproximamo-nos celeremente de um abalo sísmico das instituições.

O senhor acredita que o Brasil pode de fato melhorar com essas manifestações? Não. A prova são os baderneiros que se infiltraram no movimento e não estão nem um pouco preocupados com o bem-estar da sociedade brasileira. Quem são eles? Jovens desajustados de todas as classes sociais, membros do crime organizado, meliantes do crime desorganizado, membros de partidos políticos desinteressados em mudanças, alienados da vida. As manifestações são justas, mas há outros modos de pressão. Por que as pessoas não fizeram essas mudanças por ocasião das eleições? Por que continuam elegendo candidatos fichas sujas, mesmo diante das denúncias veiculadas pela imprensa? Por que se vendem por uma pilha de tijolos, uma caçamba com terra, uma latinha de Coca-Cola ou uma camisa de clube de futebol? Não tem sentido sair às ruas se você votou errado. Por que as pessoas não comparecem às sessões da Câmara Municipal? Há outros modos de pressão limpa e radical, sem violência, sem atrapalhar a vida de quem precisa trabalhar. Que tal ninguém pagar impostos, energia, água, telefone, IPTU, IPVA, para ver como é que fica? Seria o caos, mas bem melhor que os protestos nas ruas. Se o custo do pedágio se encontra elevado para os coelhenses e nogueirenses, dirijam-se a Mogi Mirim, Mogi Guaçu, Holambra, Cosmópolis, sei-lá-onde-mais (exceção nos casos de trabalho e estudo. De Chicago a South Bend – cerca de 150 quilômetros –, em Indiana, pagamos apenas um pedágio de oitenta cents de dólar. A Rodovia dos Bandeirantes equivale às secundárias dos Estados Unidos e sem pedágio. Um tapete). Deixem o comércio de Artur protestar junto às autoridades contra a perda de arrecadação em decorrência da evasão da clientela. O que os brasileiros podem esperar de cidades e Estados cujos parlamentares não têm sequer o ensino fundamental? Você acredita que eles investirão em educação? Não há melhor meio para mudar o panorama político do que a urna, a não ser que alguém me prove haver fraude eletrônica, o que seria o fundo do poço.

Como fica a imagem do Brasil lá fora e a relação do governo com outros países? Péssima, pois denota claramente insegurança para investidores, turistas e possíveis eventos. Todavia, isso só poderá ser mais bem analisado daqui a alguns meses.

Dr. Ruben Holdorf

Qual o limite da liberdade de expressão? A minha liberdade termina onde começa a sua. Liberdade não pode ser confundida com libertinagem. Liberdade pressupõe responsabilidade. Às vezes o silêncio causa mais impacto que as muitas palavras. O gelo incomoda muito mais os poderosos que as críticas clarividentes. A liberdade de expressão é garantida pela Constituição Brasileira de 1988. Não se deve confundir liberdade de expressão com liberdade de imprensa. Todos têm o direito à liberdade de expressão. Soa absurdo quando os poderes públicos tentam cercear o exercício das mídias e calar a população. Eu já vivi isso na pele em todas as esferas, federal, estadual e municipal.

Os atos de vandalismo atrapalharam as manifestações? Sim. Acho que já respondi anteriormente. Levanto a hipótese de infiltração para desestabilizar o movimento e da presença de marginais e pessoas de moral decadente. Em 2006, o Tribunasp denunciou a criação do pedágio na região e foi ameaçado de processo pela Secretaria dos Transportes e mídias pelegas da região. Ninguém apoiou o periódico do curso de Jornalismo na ocasião quando a construtora do pedágio colocou uma placa informando que ali estava a futura instalação de uma indústria bioquímica. Os alunos denunciaram a mentira e não receberam o devido crédito. Destruir a praça, agora, é vandalismo.

Muito se ouve falar de democracia. O que de fato é este sistema? Na realidade se trata de um regime de governo e não de um sistema. Como diz a cientista política Chantal Mouffe, a democracia exige que reconheçamos “a diferença – o particular, o múltiplo, o heterogêneo”, devendo-se primar pelas liberdades de expressão, imprensa, locomoção (aí o pedágio é um empecilho), escolha do nosso destino, livre comércio, laicidade do Estado (e não tolerância religiosa. Tolerância pressupõe ter de suportar até um determinado limite. Liberdade total, mas não permitindo a presença de religiosos de profissão em cargos eletivos, nem diretores de clubes de futebol e empresários da comunicação). Em democracia, deve-se contemplar as demandas mais importantes e não deixar de ouvir as minorias. Em democracia também existem limites e esses devem ser respeitados para o bem da ordem pública e do próprio regime. O sistema eleitoral proporcional, vigente no Brasil, não é democrático. Trata-se de um subterfúgio vergonhoso, cujo objetivo visa eleger indivíduos rechaçados pelo povo.

Dr. Ruben Holdorf

A democracia é o melhor dos regimes políticos? Certa vez fizeram a mesma pergunta para o então primeiro-ministro britânico Winston Churchill. Ele respondeu: “A democracia é a pior forma de governo, salvo todas as demais formas que têm sido experimentadas de tempos em tempos.” Em pesquisa encomendada pela revista norte-americana Newsweek (27/10/2011) para se conhecer as atitudes que contribuem para a longevidade humana, dentre dezesseis itens mencionados, um deles se destacou: “Viver em uma democracia”. Depois que você viaja pelo mundo democrático, percebe que algo de errado ocorre em nosso país. Tudo é mais caro aqui. Tudo é mais complicado. E aí você passa a questionar o que os governantes chamam de “democracia”. Você já ouviu falar de algum norte-americano fugindo de barco para Cuba? Provavelmente jamais ouvirá. Quantos cubanos já fugiram para a Flórida? Centenas de milhares. Quantos alemães orientais fugiram, na época da Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Soviética, do lado comunista para o lado democrático? Milhares. Eu nunca ouvi falar de alguém tentando entrar em Berlim Oriental, mesmo diante do nome fantoche de República “Democrática” Alemã do lado de lá do muro. Não sou de direita, mas também não sou de esquerda. Apenas observo essas tendências. Percebam como os esquerdistas, com raríssimas exceções, gostam de tirar férias ou se aposentar em Nova York. Por que não se mudam para Havana, Pequim ou Pyongyang? Na prática política, a teoria discursiva é outra.

Os partidos perderam as ideologias? Alguns da esquerda, ainda não, mas todos da direita, sim. Quem assumiu, indevidamente, o papel da direita esfacelada foi a mídia conservadora e liberal. Isso causa descrédito à própria mídia. Daí a revolta das pessoas contra a presença da imprensa nas manifestações ao distorcerem os fatos. Os desconfiados com a mídia expulsaram-na do asfalto para os telhados dos edifícios. É grave e tem um componente perigoso. A mídia surgiu no contexto da democracia contemporânea, fortalecendo-a e se projetando como alicerce das liberdades. Se a mídia cair em descrédito, quem defenderá a democracia? E se a democracia ruir, a própria mídia estará em terreno perigoso, em rota de tiro do autoritarismo. Mídia chapa-branca tem de ser repelida, mas a mídia que informa corretamente, interpreta os fatos com equilíbrio e fiscaliza os poderes públicos, mantendo seu compromisso social com a população, deve ser enaltecida pela sociedade.

Qual é a responsabilidade dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário na solução dos problemas que o povo brasileiro clama? Serem honestos, competentes, altruístas e humanos.

De que modo as manifestações do Brasil se assemelham às do Oriente Médio? Apenas no uso dos meios eletrônicos de comunicação como dispositivo de convocação das massas. Em nada mais. Cada um tem a sua particularidade, as demandas próprias. As falas do primeiro-ministro turco revelaram sua ignorância e tentativa de desviar o foco para uma possível teoria conspiratória internacional. É um indecente.

O senhor é a favor de um plebiscito no qual o povo decida por uma reforma política, ao invés do nosso Congresso? Não. O plebiscito demonstra que o governo não tem competência para gerir a coisa pública e, diante dos protestos, pretende empurrar o problema para cima dos eleitores, atropelando a Constituição. Cortem os salários dos políticos, diminuam os gastos com as representações diplomáticas no exterior, estabeleçam imposto único e justo, priorizem as demandas mais urgentes. Por que os políticos precisam de 14.º, 15.º e 16.º salários, vale-terno, vale-tudo? Em muitas cidades norte-americanas e europeias não existe a figura do prefeito, tampouco a de vereador. O conselho de moradores contrata um administrador público (graduado em universidade e preparado para o cargo) por dois anos. Passado esse tempo, o conselho decide se deve prorrogar ou não o mandato. Às vezes é preciso travar duras disputas pelo administrador de sucesso com outras cidades vizinhas. E funciona. Se ele fizer qualquer coisa errada, do ponto de vista moral e legal, será demitido e sua carreira irá para o ralo. Confira o caso da Islândia no texto [clique] e no vídeo [clique]. Para os brasileiros alcançarem esse status de politização precisam se educar. Há duzentos anos os islandeses aperfeiçoam o sistema político e educacional.

Muitos eleitores encaram o voto como um fardo e que deveria ser facultativo. Como o senhor analisa essa situação? Fardo por causa da preguiça ou da desconfiança? Se for em decorrência da preguiça, os suíços acabaram de aprovar o voto por meio da internet para que os jovens eleitores não deixem de votar. Aliás, uma excelente ideia. Agora, se o problema é a desconfiança, então que ninguém compareça às urnas. Não havendo candidatos à altura, fichas sujas, deve-se optar pelo boicote eleitoral. Os partidos têm de abrir espaço para as pessoas de boa índole e não para indivíduos de intenções duvidosas. Os eleitores não podem e não devem ficar à mercê de partidos políticos irresponsáveis que não oferecem opção de escolha. Para mim, a democracia mundial se encontra em processo de derretimento. Precisamos estancar as feridas abertas e deixar apenas as cicatrizes.

Fotos: Renan Bussulo

Dr. Ruben Holdorf

Dr. Ruben Holdorf

Caricatura: Tomás de Aquino


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