23/02/2015

Em Artur Nogueira, piquenique vegano chama atenção por culinária diversificada

Encontro aconteceu no último domingo e reuniu mais de 30 pessoas no Centro Cultural Tom Jobim

O primeiro piquenique vegano de Artur Nogueira reuniu mais de 30 pessoas no último domingo, dia 22, no Centro Cultural Tom Jobim. O evento contou com exposição de fotos, exibição de um vídeo e degustação de comida vegana, levada pelos participantes. Segundo a organização outros devem ser realizados ainda neste semestre.

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Todos os pratos não continham ingredientes de origem animal. Um deles, um bolo de cacau, foi preparado sem ovos e com creme vegetal, no lugar da tradicional manteiga. O leite de soja também foi uma das substituições utilizadas em alguns pratos. Outro lanche, o canudinho de maionese, foi recheado com proteína texturizada de soja e brócolis.

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Para uma das participantes do Vegnic, a estudante Camila Cattine, de 15 anos, o evento ajudou a refletir sobre os hábitos alimentares. “Esse evento abriu tanto a minha mente e o vídeo mexeu tanto comigo”, desabafa. “Espero que eu consiga mudar minha alimentação. A gente imagina o que passa em abatedouro, mas quando você vê imagens é diferente, eu chorei e me senti mal por saber que na minha alimentação precisa ter carne de um ser que não merece ser morto, que não nasceu pra me servir.”

Camila nunca foi vegetariana, mas diz que sempre simpatizou com a ideia e que agora tentará gradualmente partir para uma dieta vegana. “Eu teria orgulho de poder dizer que eu não preciso ‘matar’ nem explorar seres vivos pra poder me alimentar bem e ser saudável”, enfatiza, dizendo que nesta semana pretende se alimentar de carne apenas uma vez.

Antes das trocas de comidas, os participantes assistiram um vídeo a respeito de como o marketing moderno esconde a indústria da carne e também se apresentaram, falando das dietas adotadas por cada um. No espaço também havia a exibição de fotos de abatedouros intercalados com relatos de abate animal. Um deles trazia a descrição:

Eu já arrastei vacas até que seus ossos começassem a quebrar, enquanto elas ainda estavam vivas. Quando as estou trazendo até o canto e elas ficam presas na porta de entrada, puxo até que sua pele seja rasgada, até que o sangue escorra no concreto e ferro. Quebro suas pernas…. E a vaca chora com sua língua pendurada. Eles puxam os animais até que seus pescoços quebrem”.

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Próximos

Segundo uma das organizadoras, Isadora Stentzler, devido a grande procura mais eventos como este devem ser organizados na cidade. “Uma semana antes eu pensava: se vier 15 pessoas será um sucesso! Mas quando fui ver passavam de 30, então foi muito mais do que esperava”, comemora.

Para Isadora o ponto auto do Vegnic não foi nem as trocas de comida, mas sim a consciência das pessoas aflorando para o veganismo. “Teve gente que falou: Eu vim aqui pra conseguir forças e ser vegetariano. E eu acho isso ótimo! Porque o espaço lotou de gente apaixonada em mudar as coisas. Apaixonadas por si, pelos animais, pelo planeta. E isso muda o mundo.”


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