14/08/2013

Protesto contra o fim das APAEs reúne 150 pessoas em Artur

Alunos, pais e funcionários da APAE participaram de protesto nacional

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O protesto contra o fim das APAEs aconteceu na manhã da última quarta-feira (14) em todo o território nacional. Em Artur Nogueira, aproximadamente 150 pessoas, entre alunos, pais, funcionários e voluntários da APAE participaram da manifestação, percorrendo as principais ruas e avenidas da cidade.

Integrantes do Movimento Cultural Brincantti e da Instituição Vó Nair aderiram e apoiaram à causa. O manifesto começou às 9 horas da manhã em frente ao antigo prédio da Biblioteca Municipal, no centro, e finalizou às 10h30 na sede da APAE de Artur Nogueira, no Jardim Laranjeiras.

Guardas municipais e agentes de trânsito acompanharam todo o trajeto.

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Para o presidente da APAE de Artur Nogueira, João Nunes de Viveiros Filho, a iniciativa de acabar com as associações é absurda. “Quem teve essa ideia não é pai e não conhece a realidade de nossos filhos. Onde é que os filhos com deficiências vão estudar? Na rede pública? Onde certamente sofrerão preconceito e bullying? É um absurdo acabar com as APAEs”, afirma João Nunes, que além de presidente, também é pai de um filho deficiente.

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Mais de duas mil escolas APAEs reunirão pessoas para protestar contra a decisão do MEC de encerrar as atividades dessas associações e incluir os alunos excepcionais na rede pública.

Isso se deve ao Plano Nacional da Educação (PNE), do Ministério da Educação (MEC), que propôs um projeto de lei que prevê o fechamento das APAEs em 2018. O objetivo é incluir todos os alunos especiais no dia a dia das escolas públicas, sendo então, cortada os 20% de contribuição governamental para estas instituições. O relator do projeto é o senador José Pimentel que modificou a redação da meta 4, e pediu essa inclusão. O projeto já foi aprovado pela Câmara Federal dos deputados e aguarda uma votação do Senado Federal, que deverá ser feita ainda neste mês.

Segundo o projeto sugerido por Pimentel, o objetivo da proposta é garantir o acesso e condições para a permanência do percurso escolar de pessoas com deficiência, negros, indígenas no ensino regular.

A preocupação dos profissionais das APAEs é devido à falta de preparação e profissionais especializadas para acolher essas crianças na escola. Segundo Andrea Letícia Fernandes, assistente social da APAE de Artur Nogueira, a rede pode não estar preparada. “Hoje, a rede atende, mas não é um atendimento especializado, com professores especializados e com uma equipe múltipla adicional atendendo. Não é só o professor, tem o fonoaudiólogo, o fisioterapeuta, o serviço social. É um trabalho amplo, complexo e que a criança merece. E será que a rede regular de ensino vai oferecer esses atendimentos? Provavelmente ficará em casa sem nenhuma atenção”, questiona a assistente social.

A Apae de Artur Nogueira foi fundada em 28 de outubro de 1986. Atualmente, atende 170 alunos e assistidos, entre zero e 70 anos de idade.

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