05/12/2019

“Denúncia é vazia e incoerente”, exclama professor Adalberto

Anderson Guidotti afirma que o parlamentar coagiu o prefeito Ivan (PSB) ao pedir sua demissão

Da redação

O vereador Professor Adalberto Di Lábio (PSDB) se manifestou nesta quinta-feira (05), sobre o pedido de cassação de seu mandato feito pelo secretário Municipal de Administração Anderson Guidotti. De acordo com o secretário, houve improbidade administrativa por parte do vereador ao pedir durante sua fala em uma sessão da Câmara, a substituição do secretário Anderson.

Em nota enviada ao Portal Nogueirense, o parlamentar disse que o objetivo do atual governo é desestabiliza-lo emocionalmente. Ele também chamou a denúncia de “vazia e incoerente”.

Confira a nota na íntegra.

“Certamente a ideia do atual governo municipal é desestabilizar-me emocionalmente. Mas graças a Deus esta denúncia não me abalou e não vai me abalar. Sei que na Câmara Municipal estou cercado de pessoas idôneas que primam pelo bem e pela justiça e todos, sem exceção, conhecem minha índole, minha lealdade e o trabalho que tenho realizado todos os dias.

Quanto à denúncia é vazia e incoerente com os fatos tratados e expostos em Sessão da Câmara Municipal, em meu momento de palavra livre, quando tenho imunidade parlamentar.  Eu acredito que a falha foi concordar com a proposta do líder de governo que, com muito bom senso, sugeriu uma reunião entre executivo e legislativo para, de forma conciliadora, visando evitar um desgaste maior do próprio executivo, tratar de uma possível denúncia contra o mesmo por ter efetuado pagamento de décimo terceiro salário aos secretários, vice-prefeita e a ele próprio sem existir Lei Municipal que o autorizasse.

Nesta reunião solicitei a devolução dos valores totais pagos com as devidas correções monetárias, retratação e pedidos de desculpas pelas ofensas conta a minha pessoa, praticadas pelo secretário de assuntos jurídicos – servindo-se dos meios de comunicação para isso – e pedi a substituição do secretário de administração, Sr Anderson Guidotti, pois estou convicto que um dos  fatores predominantes que provoca o distanciamento entre o executivo e o legislativo é o trabalho desenvolvido pelo mesmo, visto que faz acepção de pessoas, quando não atende vereadores chamados de “oposição”.

É fato que, naquele momento, a denúncia não foi apresentada, no entanto minhas solicitações também foram atendidas apenas parcialmente, visto que a devolução dos valores pagos a título de décimo terceiro salário não ocorreu totalmente, pois os valores recolhidos, referentes à previdência social e imposto de renda, ficaram pendentes. Fiz referência a estes fatos em minha palavra livre na sessão do dia 16/09/2019, lembrando que no exercício da vereança tenho imunidade parlamentar. Vale ressaltar que, nesta sessão da Câmara Municipal, a maioria dos presentes era formada pelo secretariado e funcionários detentores de cargos comissionados que compareceram, provavelmente, para “pressionar” vereadores a votarem a favor da Moção de Repúdio apresentada contra a vice-prefeita Maria José Pereira do Amaral Hunglaub que no dia também faria uso da Tribuna Livre.

Sei que, como todo ser humano, sou imperfeito e cometo erros, mas estes que a mim são imputados são apenas estratégias deste governo para desviar o foco das acusações de improbidade administrativa e prevaricação que recaem sobre ele. Esta acusação contra mim, apresentada na Casa de Leis, ocorre exatamente neste momento em que o executivo passa por análise de uma Comissão Processante por denúncia recebida, pela Câmara Municipal e pelo Ministério Público, por possíveis práticas de prevaricação.

No Ministério Público, também foi protocolada denúncia por loteamentos irregulares em área de reserva ambiental e convém registrar que existe outra denúncia no Ministério Público por Prejuízo ao Erário, que caracteriza improbidade administrativa pela não devolução total dos valores pagos a título de décimo terceiro salários.

Ainda, por decisão da maioria dos membros da Comissão de Assuntos Relevantes (3 x 1), o executivo cometeu ato de improbidade administrativa por autorizar pagamento de gratificação a funcionário do SAEAN (Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira), contrariando a lei que regia a contratação.

Tais atos elencados, alguns já comprovados e outros em análise, podem gerar perda da função pública, suspenção dos direitos políticos, multa civil de até 100 vezes o valor do prejuízo causado aos cofres públicos, ressarcimento integral do dano; enfim, fica notório o desespero deste governo que, possivelmente, na pessoa de seu secretário de administração, decidiu efetuar esta denúncia desprovida de fundamentos legais.

Acredito que podemos fazer uma análise e ir além pelo conhecimento que temos: hoje a denúncia é contra o professor Adalberto, depois contra o Davi Fernandes? Rodrigo de Fáveri? José Pedro? Lucas Sia? Dailton Barbosa? Outros? Surgirão ameaças com objetivo de provocar perda de emprego de vereador que trabalha em outra instituição pública ou privada? O desespero pode levar pessoas a praticarem atos abomináveis!!!!

Eu acredito que, no exercício da vereança, fiscalizar é uma das funções precípuas do vereador e tenho procurado com zelo exercê-la e assim será até o último dia em que Deus permitir que eu seja detentor do mandato a mim conferido através das urnas. Não é a primeira vez que tentam “tirar a minha cadeira” e talvez não será a última, mas estou certo que fui guiado por Deus, não estou nesta legislatura por acaso e tenho uma missão para cumprir.

 Enfrento este momento, com dignidade, e amparado por amigos e irmãos que em mim depositam confiança e não irei decepcioná-los”.

Vereador  Professor  Adalberto Di Lábio

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