Davi relata quebra de protocolo para testagem da Covid-19 no Saean e Prefeitura

Da redação

O vice-prefeito de Artur Nogueira, Davi Fernandes (PSDB), relatou a quebra de protocolo no uso de testes para identificação de Covid-19 na cidade. Segundo ele, funcionários do Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira (Saean) e da Prefeitura, foram testados sem enquadramento nos protocolos da Vigilância em Saúde. A Prefeitura nega a acusação de quebra de protocolo e afirma que a ação tem amparo legal dentro das recomendações sanitárias do Governo do Estado de São Paulo.

A denúncia aconteceu durante uma live realizada no perfil pessoal do vice-prefeito em uma rede social neste domingo (15). Segundo Davi Fernandes, o não cumprimento de protocolos aconteceu para testagem em massa dos funcionários do Saean e de servidores que atuam na sede do executivo municipal. Segundo a Prefeitura, a testagem aconteceu, mas dentro dos protocolos definidos pelo Governo do Estado de São Paulo, para situações de casos positivados para a Covid-19 em empresas e repartições públicas.

“O protocolo citado pelo vice-prefeito refere-se ao que é aplicado ao paciente que procura a tenda-covid após ter tido contato com um infectado ou ter manifestado os sintomas da doença. No entanto, há um segundo protocolo a ser levado em consideração – o mesmo foi formulado pelo Governo de Estado e repassado às secretarias de Saúde – e que não foi citado pelo vice-prefeito, que é o protocolo no qual se enquadra a testagem em massa que ocorreu no Paço Municipal e Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira (SAEAN), e que pode ser feita quando identificados casos positivados para a Covid-19 em empresas e repartições públicas”, esclarece a Prefeitura.

Contrariado

Davi da Rádio demonstrou estar contrariado com a retirada dos testes, segundo ele, um privilégio contra a população. “E por que a diferença das pessoas que trabalham nas repartições públicas e dos munícipes, dos pais de família e das pessoas que sofrem? Por que essas pessoas não podem?”, disparou.

Na sequência, o vice-prefeito afirma que quem pegou os testes foi o chefe do executivo. “Os testes que vocês pegaram da Secretaria Municipal de Saúde era para o povo e não para a Saean. Os testes que o prefeito pegou para testar os funcionários públicos era para o povo e não para a prefeitura”, enfatiza.

Ao abordar a origem da autorização, a Prefeitura afirma que “A testagem foi autorizada pela Secretaria de Saúde, seguindo a recomendação do Governo de Estado para combate ao coronavírus”.

Quantidade de testes

Durante a Live o vice-prefeito fala que a retirada sem protocolos foi de 400 testes. Informação refutada pela Prefeitura, que afirma que foram utilizados apenas 158 testes, sendo 83 no Saean e 75 no paço municipal.

Até essa segunda-feira (15) quinze funcionários do Saean foram testados positivos para Covid-19. “A identificação só foi possível após testagem em massa. Após a confirmação, a administração do SAEAN pode agir com os devidos afastamentos dos contaminados, bem como remanejar o quadro de funcionário e ainda implantar outros mecanismos de atendimento com a finalidade de continuar a prestação de serviço tratamento/abastecimento de água a toda população”, destaca a autarquia.

Medida preventiva

A medida utilizada pela Prefeitura de Artur Nogueira e considerada quebra de protocolo pelo vice-prefeito Davi da Rádio, é adotada como medida preventiva, principalmente para evitar desatendimento em órgãos públicos. “A ação de testagem em massa foi adotada como uma medida preventiva para evitar que o vírus se propague ainda mais e, consequentemente, que o atendimento nos dois lugares fosse suspenso por completo. Sendo assim, não houve descumprimento de protocolo”, reforça a Prefeitura.

“A testagem em questão trata-se de um inquérito amostral, adotado em várias cidades do Estado de São Paulo e em diversos setores, e que possibilita o isolamento e tratamento de eventuais infectados, evitando a transmissão da doença. Lembrando que a prevenção é uma das maneiras mais eficazes de vencermos a Covid-19, conforme atestam especialistas do mundo todo”, concluí.

Segundo o manual de testagem disponibilizado pelo Governo do Estado de São Paulo  para orientar gestores quanto à prevenção e monitoramento das condições de saúde de seus funcionários, a testagem possui três objetivos. 1) Confirmação dos casos suspeitos para isolamento; 2) Monitoramento de indivíduos assintomáticos infectados; e 3) Oferta de informações relevantes sobre o comportamento da epidemia para os especialistas da saúde, destaca o documento.

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