18/04/2019

Cristiano faz moção de apelo para exonerar Marcos Capelini da Câmara

Gasto anual é de aproximadamente R$ 92.352 mais encargos sociais

Daniela Fernandes

O vereador Cristiano da Farmácia (PR) apresentará uma moção de apelo na próxima Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores de Artur Nogueira.  O documento se refere a um pedido aos membros da Mesa Diretora para que façam a imediata exoneração do assessor parlamentar Marcos Daniel Capelini, o qual tomou posse no dia 1º de abril deste ano.

Segundo o parlamentar, a decisão de nomear Capelini como assessor foi errônea e equivocada. O ato, concretizado no início do mês, foi assinado pelo primeiro secretário Rodrigo de Faveri (PTB) e o presidente da Casa de Leis Beto Baiano (PRP). “De acordo com os artigos 14 e 21 do regimento interno desta Casa, a nomeação somente poderia ter sido concretizada com o numero de três dos quatro membros da mesa, ou seja, por maioria dos seus membros”, explica o republicano.

Cristiano (PR) é enfático e exclama que a nomeação apresenta grandes evidências de imoralidade. “Considerando que o mesmo foi nomeado, e não dispõe de tempo para permanecer na Câmara Municipal à disposição dos vereadores, pois é proprietário de um escritório de contabilidade, é advogado em exercício”, descreve. De acordo com o edil, outras atribuições – ainda não confirmadas – levantam a possibilidade de que Capelini presta serviços de contabilidade e assessoria jurídica na Câmara Municipal de Engenheiro Coelho.

Além disso, ele acrescenta a questão econômica do Poder Legislativo nogueirense, pontuando que o recém-contratado terá gratificação de 100%. “O que é pior, sem ter sido imposto a ele a obrigatoriedade de cumprir 40 horas semanais de trabalho. Um verdadeiro descaso com o gasto do dinheiro do contribuinte”, frisa.

A nomeação de Marcos Capelini causou estranheza e, de certa forma, uma grande insatisfação com os parlamentares Faveri (PTB) e Beto Baiano (PRP), que assinaram e concretizaram o ato da mesa nº 004/2019. Cristiano (PR) salienta que os mesmos vereadores, há alguns meses, dispensaram a empresa Audipan, a qual desempenhava um trabalho significativo, segundo o edil, destro da Câmara. Trabalho este que, na visão do autor da moção, gerou imediata economicidade a sociedade nogueirense e, também, à elaboração de relatórios de apontamentos entregues pelo ex-presidente da Câmara Municipal de Artur Nogueira ao Tribunal de Contas, e Ministério Público, os quais julgarão e tomarão as providências cabíveis com relação aos fatos.

“Trocaram uma empresa séria por alguém que financeiramente é mais caro à sociedade nogueirense e às alegações afirmadas em sessões passadas que, com o dinheiro economizado com a dispensa da empresa, daria para comprar muito medicamento. Tudo não passou de um mero ato politiqueiro já que continuam gastando dinheiro para pagar alguém para fazer os serviços que os funcionários já realizam com total eficiência”, conclui.

Cristiano da Farmácia (PR) defende que se deve apurar se realmente foi prestado, por Marcos Capelini, os serviços atribuídos ao referido cargo. Caso não tenha havido prestação de serviço, o representante do Poder Legislativo de Artur Nogueira deseja que sejam estornados qualquer valor pago, evitando -segundo ele – gastos indevidos e que serão apontados posteriormente pelo Tribunal de Contas.

Na moção de apelo consta que o gasto anual da contratação é de aproximadamente R$ 92.352,00 (noventa e dois mil, trezentos e cinquenta e dois reais) mais encargos sociais.

Rodrigo de Faveri (PTB) comenta sobre a moção de apelo e pontua que Cristiano (PR) aprovou a lei para a contratação. “Vereador Cristiano como que em um milagre começou a enxergar gastos desnecessários? As escamas dos olhos na contratação da empresa de assessoria ano passado e das empresas de assessoria contratadas pela prefeitura caíram ?”, indaga.

O petebista se manifestou à favor do novo assessor parlamentar. “Para mim, o Marcos tem sido de excelente proveito, principalmente nas análises de respostas de requerimentos”, exemplifica. Faveri (PTB) provoca e pergunta à Cristiano (PR) se ele tem medo que uma Comissão Parlamentar de Inquérito seja aberta.

O assessor parlamentar Marcos Capelini afirma que entende que esta é uma moção totalmente política. “Simplesmente quem criou o cargo de assessor foi o próprio Cristiano. Ele colocou a referência e o valor. O cargo é de livre indicação e confiança, e eu sou assessor do presidente e dos demais vereadores 24 horas por dia”, manifesta. Capeli aguardará se a Casa de Leis irá levar à Mesa Diretora a moção de apelo nesta segunda-feira (22).

Beto Baiano (PRP) corroborou a fala de Faveri (PTB) e disse que Cristiano (PR) tem o direito de apresentar qualquer tipo de moção. “A moção do vereador Cristiano é um direito dele. Vamos esperar na segunda-feira o que pode acontecer no plenário. Se a moção vai ser aprovado ou se não. Depois, a gente vê qual o procedimento será tomado”, declarou. O presidente da Câmara frisou que o cargo de assessor parlamentar foi criado em 2011 próprio vereador Cristiano (PR).

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