Comércio de Artur Nogueira se prepara lentamente para a Copa
A menos de duas semanas da abertura, lojas da cidade ainda não aderiram completamente ao clima da Copa
Norton Rocha
As vitrines da cidade estão a cada dia mais verde-amarelas. O ritmo do comércio para a Copa em Artur Nogueira, apesar de discreto, já apresenta sinais positivos, como o próprio otimismo dos comerciantes, que contam com o evento para impulsionar seus negócios, seja na venda ou na fidelização de clientes. Mesmo sendo característica própria do empreendedor, esse otimismo revela uma expectativa importante para a garantia de um desenvolvimento econômico bem sucedido a partir das vendas da Copa.
O campeonato mundial ainda não aqueceu o varejo. “Os fabricantes estão a todo o gás, mas na realidade quem paga essa conta é o comerciante, pois ele é quem tem que acreditar que vai vender”, garante Neiton Oliveira, proprietário da Bike Mania.
Comerciantes garantem ser cedo demais para a cidade assistir a um aumento expressivo nas vendas. “O brasileiro costuma deixar tudo para a última hora. Isso acontece no Natal, no Dia das Crianças ou na Páscoa. Não temos o costume de comprar de forma programada. Na Copa, o brasileiro vai comprar a camisa no dia do jogo”, garante Oliveira. O empresário pondera ainda com relação ao impacto negativo ocasionado pelo descontentamento do público quanto aos escândalos de corrupção e os atrasos nas obras da Copa. Para ele, isto pode interferir diretamente nas vendas.
Com a ideia desafiadora de aumentar as vendas durante a Copa, Zé Carlos, empresário da Loja da Detinha tem trabalhado alternativas para aproveitar o momento. “Vamos fazer um mix de produtos que envolvam datas comemorativas, como o Dia dos Namorados e as festividades juninas com a Copa”. O empresário também aposta que com o início do campeonato as pessoas passem a consumir mais produtos personalizados ou direcionados ao evento.
Pronto para torcer
“Quando estiver faltando alguns poucos dias para o início do campeonato é que vamos ver uma diferença maior. Principalmente se o Brasil ganhar as primeiras partidas”, afirma, confiante, o entregador de jornais Adelino Rodrigues. Empolgado com o evento e já em clima de Copa, Lino, como é conhecido, acredita que é cedo demais para observar um movimento mais intenso nas lojas.
Trabalho mais light
Durante os jogos da seleção brasileira não haverá um acordo oficial para o fechamento das lojas, afirma o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Artur Nogueira (Acean), Amadeu Carlos Baffi. “Os lojistas tem garantido por lei escolherem se permanecerão de portas abertas durante os jogos do Brasil. Acredito que aqui cada um fará uma livre negociação com o funcionário”, afirma o presidente da entidade que representa a classe empresarial no município.
Como boa parte dos jogos da seleção será no final da tarde, a partir das 16 horas, Zé Carlos pretende fechar a loja mais cedo. “Será melhor pois o movimento tende a cair bastante durante os jogos do Brasil”, conclui o empresário.
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