Chuva e lixo causam problemas em córrego de Artur Nogueira

Quézia Amorim

Um afluente do Córrego Cotrins, localizado no Jardim Arrivabene em Artur Nogueira, passa por dois problemas: a erosão causada pelas chuvas e o desleixo da população, que constantemente joga lixo no local.

O trecho da rua Bruno Carlstron, de chão batido que passa sobre o córrego, apresenta uma cratera que surgiu ao decorrer dos anos. A estrada divide duas áreas, uma particular e outra de responsabilidade da Prefeitura, ambas com os mesmos problemas. Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Elton Filipini, o proprietário da parte que não pertence à Prefeitura está resolvendo as questões finais para lotear e limpar o terreno.

Há três meses, a Prefeitura joga entulhos de construções, como blocos de concreto, tijolos e areia, para tentar conter a erosão do local. “Todo o material depositado é inerte, que não agride o meio ambiente e será reaproveitado na área, fazendo com que o terreno seja aterrado e contenha o aumento das crateras”, afirma Filipini.

O problema se agrava ainda mais devido ao depósito irregular de lixo, como restos de árvores, portas, pneus, móveis, alimentos, que é jogado pelos próprios moradores da região.

Dona Natalina Matias mora há 50 anos no local e diz que o que falta é a conscientização das pessoas. “O pior de tudo é que todos sabem o que está acontecendo de ruim no local e mesmo assim continuam jogando lixo”, afirma a nogueirense.

A moradora Maria Cibele Ferreira mora há quatro anos no local e comenta que constantemente a Prefeitura faz a limpeza da área, mas que a população não tem feito sua parte. “As pessoas vêm aqui e jogam todo tipo de lixo. Quando vem a chuva, o problema tende a piorar. Falta a conscientização da população”, afirma.

Já o morador José Alves dos Anjos diz que a Prefeitura poderia realizar uma obra para resolver o problema. “Eu acho que a construção de uma ponte no local da erosão resolveria, pois essa estrada é muito usada e necessita regularmente de manutenção”, afirma.

O secretário de Meio Ambiente comenta que o aumento das chuvas também tem colaborado para o agravamento da erosão próxima ao córrego. “Boa parte das águas pluviais que vem do centro, Laranjeiras e São Vicente deságuam no local e com ajuda da grande quantidade de lixo, o córrego transborda”, afirma o secretário.

Há dois anos, foi construído um canal onde corre a água que vem da galeria do São Vicente. “Esse canal ajuda a conter a erosão do córrego, mas não é suficiente para a demanda da enxurrada dos outros bairros, que fica acima do São Vicente”, afirma.

O secretário afirma que existe um projeto em fase de execução para resolver o problema. “No final de fevereiro do ano que vem, além de reflorestar toda a área colocaremos um tubo que passará pelo local. Temos conhecimento desses problemas e estamos trabalhando para que cessem, mas precisamos da conscientização das pessoas,” conclui Filipini.