Cerca de 150 pessoas protestaram no pedágio Artur/Engenheiro

Rostos pintados, faixas, cartazes e gritos de guerra fizeram parte do protesto contra o preço do pedágio localizado entre os municípios de Artur Nogueira e Engenheiro Coelho. O movimento aconteceu na manhã de domingo (23), às 8 horas, no km 159 da Rodovia Professor Zeferino Vaz (SP-332).

O ato reivindicou a redução da tarifa para os carros de R$ 4,10 para R$ 1,50 e isenção para os condutores de motocicletas e veículos com placa de Engenheiro Coelho. A manifestação ganhou força por intermédio de uma página no Facebook e reuniu aproximadamente 150 pessoas.

De maneira pacífica, os manifestantes paralisaram a rodovia e cobraram uma posição do poder público. “Quando a gente muda, o mundo muda com a gente. Estou aqui porque quero mudança. Moro há 500 metros do pedágio, na beira da estrada, e sou obrigada a pagar para sair e entrar em casa”, conta a dona de casa Maria Izabel da Silva.

Segundo os moradores, a cobrança do pedágio gera prejuízos. “Tínhamos um comércio de suco perto do pedágio e tivemos que fechar porque após a instalação da praça o movimento caiu. Estamos perdendo em tudo. Queremos isenção ou um retorno decente, com iluminação e estrada boa, para desviar deste pedágio”, argumenta a nogueirense Letícia Miranda.

“Moro em Engenheiro Coelho, porém preciso ir para Artur Nogueira constantemente e o preço cobrado neste pedágio deixa tudo mais caro. É um abuso”, indigna-se a estudante de psicologia Bárbara Dutra.

A Polícia Militar Rodoviária esteve no local para acompanhar o manifesto e orientar os motoristas que trafegavam pelo trecho.

Fotos: Renan Bussulo

Manifestações populares no Brasil

Há mais de uma semana parte da população brasileira sai pelas ruas protestando contra a irresponsabilidade, corrupção e impunidade do governo. As manifestações tiveram início por causa do aumento de 0,20 centavos na tarifa do transporte público, mas se estenderam por diversos motivos.

Enquanto uns reivindicam pacificamente os seus direitos, uma minoria tumultua; aproveitando a brecha das manifestações para se rebelar violentamente.

Muitas cidades, não só no Brasil, mas no mundo inteiro, se mobilizam a favor dos brasileiros. Em Nova Iorque cerca de 400 manifestantes saem por ruas movimentadas como a Union Square e Times Square. Em Berlim e Dublin, alemães, turcos, irlandeses e muitos outros se juntam aos brasileiros em uma multidão.