29/10/2017

Bicas de Artur Nogueira são usadas como mictório e até para limpeza de peixes

Saean faz alerta para combater atos frequentes de vandalismo nas torneiras públicas

Alysson Huf

Artur Nogueira possui quatro bebedouros públicos – as famosas “bicas” – espalhados pela cidade. Os locais fornecem água em abundância para a população, especialmente para quem prefere a que é oriunda de poços artesianos à que provêm das estações do Serviço de Água e Esgoto do município (Saean).

No entanto, apesar de serem um benefício para os nogueirenses, as bicas são alvos de depredação com muita frequência.

Todos os dias, centenas de pessoas são vistas enchendo galões e garrafas de água nas bicas da cidade, que estão localizadas no Jardim Planalto, na Praça Poretto (perto do Chopana), no Coração Criança e no Jardim Blumenau. Devido à grande utilização dos locais, fica difícil identificar quem são as pessoas que vandalizam os bebedouros. Entretanto, segundo o Saean, as ações que estragam os locais são bem variadas.

Entre elas, o serviço destaca: quebra de torneiras e canos, pessoas que lavam os pés, usam como mictório, jogam camisinhas, pinos de drogas ou limpam peixes. “Também são retirados dos locais muitos rótulos de garrafas, que são deixados por quem pega água, o que acaba entupindo a tubulação”, comenta o Saean.

De acordo com a autarquia, a equipe de manutenção sempre faz os reparos necessários quando ocorrer algum problema. “A manutenção dos locais é feita pelo Saean, e a responsabilidade pela limpeza é da prefeitura”, esclarece a empresa.

Quem mais é prejudicado com o descuido das bicas é a própria população. O nogueirense Ariosvaldo Lima comenta que, em alguns horários, a fila para encher garrafas no local chega a 40 pessoas. “Com torneiras quebradas, esse número aumenta”, ressalta. Segundo ele, a água das bicas é mais leve e saborosa que a das torneiras.

Água confiável?

Lima mora com a esposa e afirma que, juntos, consomem cerca de 20 litros de água por semana dos bebedouros municipais. De acordo com o nogueirense, a água é tão boa que atrai pessoas de outras cidades. “Já vi gente vir de fora, de Cosmópolis (SP), descer de perua aqui e pegar água”, relata.

Ednei Alves, por sua vez, comenta que nem todas as bicas têm água melhor que a da rua. “Essa água [do Planalto] é melhor que a da rua. Tem umas bicas que são piores, como a lá do Coração Criança. É bem ruim. Eu moro lá e tenho que pegar a água aqui”, conta o pedreiro.

Segundo o Saean, a água dos bebedouros vem de poços é clorada. “O Saean não pode garantir a qualidade da água a partir do momento que vai para vasilhames dos consumidores, pois não é possível controlar a higienização e o tempo de armazenamento”, pontua a autarquia. “É importante salientar que quando armazenada por muito tempo, a água fica susceptível a contaminação, pois o cloro perde a sua eficiência”.

A autarquia afirma que a qualidade da água é controlada diariamente pela Vigilância Sanitária do município e atende a uma legislação federal.

O Saean não tem uma estimativa de quantas pessoas utilizam a água dos bebedouros, mas adianta que, a partir de 2018, será efetuado um controle do consumo da água das bicas.

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