Atleta de Artur Nogueira se torna vice-campeã brasileira de jiu-jítsu
Daniela Fernandes alcançou destaque no Campeonato Brasileiro de Jiu-jítsu, promovido pela Confederação Brasileira de Jiu-Jítsu (CBJJ/IBJJF)
Da redação
Uma moradora de Artur Nogueira alcançou o título de vice-campeã no Campeonato Brasileiro de Jiu Jitsu, promovido pela Confederação Brasileira de Jiu-Jítsu (CBJJ/IBJJF). A participação da atleta na competição ocorreu nesta segunda-feira (29), em Barueri (SP). Aproximadamente 7 mil competidores, entre eles atletas nacionais e internacionais, participaram do campeonato.
O Campeonato Brasileiro de Jiu-Jítsu teve início no dia 28 de abril e se estenderá até 5 de maio. Dentre os competidores estão crianças, juvenis, adolescentes, adultos e masters, provenientes de todas as regiões do Brasil. Tanto o público masculino, quanto feminino, marcaram presença nos tatames. A competidora de Artur Nogueira, Daniela Fernandes, tem 27 anos. É natural de Belo Horizonte (MG) e reside em Artur Nogueira há cerca de três anos. Jornalista de profissão, ela iniciou os treinos de jiu-jítsu há um ano e sete meses na Academia Gracie Barra, unidade localizada no município nogueirense.
Com uma intensa rotina de preparação, Daniela costuma treinar jiu-jítsu de segunda-feira a sábado, com acréscimos de treinos em musculação e trabalhos de resistência física, sempre com o acompanhamento necessário para balancear a alimentação e manter o peso corporal ideal para as competições. Para encarar o Campeonato Brasileiro de Jiu-Jítsu em Barueri (SP) nesta semana, não foi diferente, os treinos foram ainda mais intensificados e a disposição da competidora estava a flor da pele.
Daniela Fernandes é faixa branca e competiu na categoria feminino adulto peso pena (até 58,5 kg) da competição. Ao todo, nesta categoria, foram 16 competidoras inscritas no Campeonato Brasileiro de Jiu-Jítsu. Das quatro lutas que Daniela disputou, a atleta saiu vitoriosa em três delas. A participação dela resultou na segunda colocação da categoria, tendo como prêmio, a medalha de prata na competição e o lugar no pódio.
“É uma emoção muito grande conseguir uma medalha em um dos campeonatos mais disputados do mundo. Com muito treinamento e apoio do meu sensei, conquistei essa medalha. Agora, o sentimento que fica é de gratidão e vontade de continuar evoluindo”, destaca.
Para quem, ainda nos dias de hoje, considera lutas marciais um esporte restrito a homens, está enganado, pois o número de mulheres neste tipo de desporto vem crescendo a cada dia. Seja para participar de competições ou para adquirir conhecimento em defesa pessoal, o público feminino encontra no jiu-jítsu a oportunidade de superar os limites e praticar uma atividade esportiva que vai além da força física. É o que explica a vice-campeã brasileira de jiu-jítsu de Artur Nogueira.
“Mulheres são minoria no tatame e eu quero fazer a diferença nesse universo majoritariamente masculino. A cada dia mais, o número de mulheres cresce nesse esporte, e o nível técnico deve acompanhar esse aumento. É um esporte incrível e que nos beneficia de inúmeras formas, na saúde mental, física, defesa pessoal, em competição e no convívio com o próximo. Aconselho que outras meninas venham treinar o jiu-jítsu também, pois se não for para participar de campeonatos, que seja para ter conhecimento de defesa”, reflete.
Quando questionada sobre qual a inspiração para a atleta prosseguir no esporte, Daniela é pontual em responder. “Sem dúvida, meu professor Tiago Vigna e os ensinamentos que ele me passa. Não apenas no jiu-jítsu, mas também de caráter e conduta com as pessoas, afinal, o jiu-jítsu não é apenas esporte, é uma filosofia de vida. Competi meu primeiro campeonato brasileiro com poucos meses de jiu-jítsu e perdi na primeira luta. Meu professor viu que eu fiquei abalada com a derrota e me desafiou a estar entre as primeiras do Brasil. Aceitei e fizemos uma série de treinos focados nessa competição. Mudei minha categoria, tive que emagrecer sete quilos e, felizmente, conseguimos um bom resultado esse ano”, explica.
O sensei Tiago Vigna, professor de Daniela Fernandes na Academia Gracie Barra, em Artur Nogueira, é faixa preta três graus, com mais de 20 anos de experiência no jiu-jítsu. Para ele, a atleta de Artur Nogueira vem se superando mais e mais a cada treino e mereceu conquistar a medalha na competição.
“A Daniela se preparou há um bom tempo para disputar esse campeonato, com treinos intensos em academia e, também, participou de outros campeonatos como parte deste treinamento para as competições. É uma aluna muito dedicada e focada. Ela fez quatro lutas de alto nível com competidoras do Brasil. Este é campeonato com participação de estrangeiros também, sendo um dos mais disputados do mundo. Ela foi super bem e mereceu, treinou bastante para isso e o resultado veio”, expressa.
Os maiores desafios que Daniela enfrenta com o jiu-jítsu não estão ligados necessariamente a dificuldade de encarar as oponentes ou se manter com o preparo necessário, mas sim, conhecer a si mesma. “A dificuldade é manter o equilíbrio da mente, espírito e corpo. O desafio é vencer as lutas diárias. Não estamos sempre motivados, tem dias que estamos desanimados, machucamos, fadigados, mas a ideia é lutar contra isso e ir treinar. Quando pisamos no tatame, temos que esquecer de todos os problemas e nos dedicarmos ao treinamento. Sempre sairemos melhor do que entramos. É impressionante”, finaliza.
Para Daniela, vitória é sinônimo de novos treinamentos e preparações. Com o atual título de vice-campeã do Brasileiro de Jiu-jítsu, sinaliza que novos desafios surgirão. “Agora é o momento de se fortalecer com o resultado alcançado e mirar para novos alvos, em busca de outras colocações, resultados e vitórias”.
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