21/02/2020

Associação Ítalo-Brasileira de Artur Nogueira parabeniza descendentes

21 de fevereiro comemora-se o Dia Nacional do Imigrante Italiano no país

Da redação

Nesta sexta-feira, 21 de fevereiro, comemora-se no Brasil o Dia Nacional do Imigrante Italiano. Em Artur Nogueira, a Associação Ítalo-Brasileira foi fundada em janeiro de 2016 a fim de manter as tradições italianas no município.

A data em homenagem à chegada dos imigrantes italianos no Brasil foi instituída em 2008. Em 1874 o Vapor “La Sofia”, atracava em solo brasileiro com 380 famílias de imigrantes italianos. A embarcação, liderada por Pietro Tabachi, havia partido em 3 de janeiro de 1874, do Porto de Gênova, chegando à Vitória (ES) após 45 dias.

Vapor “La Sofia”
(Imagem: Folha Diária)

O presidente da Associação Ítalo-Brasileira de Artur Nogueira, Rodrigo de Faveri, prestou parabenização aos integrantes da entidade e à toda a comunidade descendente de italianos do município nogueirense. “Como presidente da Associação Ítalo-Brasileira de Artur Nogueira quero parabenizar a toda a família ítalo-brasileira nogueirense, que ajudou na formação e desenvolvimento de nosso município”, pontuou.

Entre os integrantes a Associação Ítalo-Brasileira de Artur Nogueira está o empresário e vereador Rodrigo de Faveri, Zeno Capato Filho, Suely Ap. Mantovani Stein, José Luiz D’Arcadia e Jovane Bertaglia.

A associação teve início com o propósito de unir os descendentes de italianos da cidade, além de promover encontros entre descendentes e manter a tradição italiana no município. Em suma, todos os integrantes são descendentes de italianos, mas o grupo também é aberto a simpatizantes e interessados à cultura italiana.

Famílias italianas de Artur Nogueira

Família Rossetti

A família Rossetti é de origem italiana, oriunda da cidade de Mantova, comunidade de Roverbela. Ela chegou ao Brasil em setembro de 1896, desembarcando em Santos (SP) com centenas de outros imigrantes. Luiggi Rossetti e sua esposa, Teresa Martelli, juntamente com o filho e a nora do casal, Humberto Rossetti e Ana Maria Campostrini, foram trabalhar nos cafezais da fazenda Bicatu, em Leme (SP).

No ano seguinte, nasceu a primeira filha do casal Humberto e Ana Maria, Ansila Rossetti, que com dois anos de vida faleceu de febre. Em 25 de novembro de 1899, nasceu o segundo filho, Rodolfo Rossetti. A alegria, porém, não conseguiu diminuir a mágoa que sentiam. As notícias que receberam sobre o Brasil não correspondiam à realidade; assim, resolveram voltar para a Itália. O sonho de um grande futuro em terras brasileiras havia se desfeito.

No entanto, após um ano, chegaram à conclusão que o Brasil não lhes fora tão mal assim e que, realmente, aqui poderia estar o “grande futuro”. Em 1906, Humberto Rossetti soube por meio de jornais que Campos Salles pretendia colonizar uma grande área de terra, que seria vendida em lotes de cinco alqueires e com facilidades de pagamentos.

Rossetti comprou em agosto de 1906 um lote e mudou-se com seus pais, esposa e filho à Seção Artur Nogueira do núcleo Campos Salles, no Bairro São Bento, cidade de Campinas (SP). Já em 1907, nasceu o segundo filho do casal Humberto e Ana. A ele foi dado o nome de Luís Rossetti. Os anos passaram, e a família sempre se dedicou à lavoura.

Rodolfo, o primogênito de Humberto e Ana, casou-se em 1920 com Virgínia Furim, com quem teve nove filhos: Humberto, Armando, Ansila, Elisa, Noêmia, Clóvis, Nelson, Julieta e Maria. Já Luís, irmão de Rodolfo, se casou com Palma Fontana e teve quatro filhos: Umbelina, Natalino, Josepino e Claudina.

Família Tagliari

A família Tagliari, procedente de Verona, na Itália, chegou ao Brasil em 1887. Os primeiros representantes foram Luiggi Tagliari e sua esposa, Ana Bonfante – ambos com 40 anos de idade –, e os filhos Ernesto, Frederico, Itália, Virgínio e Dosolina.

Os Tagliari foram trabalhar nos cafezais da Fazenda Campo Alto, em Araras (SP). Dez anos depois, Ernesto se casou com Antônia Barco, na Igreja Matriz de Araras (SP). E, Frederico se casou com Maria Piva, imigrante italiana de Mantova.

A família vendeu as terras em Araras (SP) e, em 1906, adquiriu do Major Artur Nogueira 75 alqueires de terra no Bairro São Bento, dando à propriedade o nome de Sítio São Luis, em homenagem ao patriarca da família, que faleceu em Araras (SP) nove anos antes.

Com larga experiência em lavoura de café, construíram um casarão na propriedade que se tornou símbolo da família Tagliari. Frederico e Maria Piva tiveram 11 filhos: Virginia, José, Carolina, Luís Antônio, Cesar, Antônio, Norma, Olímpio, Alduino, Silvino e Antônia. Ernesto e Antônia tiveram 9 filhos: Ítalo, Leticia, Romilda, João, Amábilis, Olímpia, Ricardo, Severino e Amadeu.

Ernesto faleceu com 90 anos, em 1960, e Frederico faleceu em 1965, com 87.

Família Sia

Os primeiros membros da família Sia chegaram ao Brasil em 1880, vindos da cidade italiana de Veneza. José e Maria Marson Sia se conheceram na viagem para o Brasil e casaram 10 anos depois, na cidade de Limeira (SP).

Antes de se estalarem em Artur Nogueira, os Sia passaram pelas cidades de Jaboticabal (SP), Cordeirópolis (SP) e Americana (SP), sempre como agricultores de algodão. Em 1922, José Sia comprou 180 alqueires de terra da família Rosa e tentou a sorte com o plantio de café. Em sua fazenda, construíram 15 casas para colonos, que chegaram ao número de 60 pessoas.

José e Maria Marson Sia tiveram 13 filhos: Aurélio, Guilherme, Antônio, Amália, Mario, Ângela, Rosa, Olívio, Maria, Ida, Jose Sai Filho, Miguel Sia e Miguelina. José Sia, faleceu em 1940.

Família Duzzi

Deixando a cidade de Verona, na Itália, por volta de 1896, Luiz Duzzi, sua esposa, Anna Castaguini Duzzi, e os filhos embarcaram rumo ao Brasil. Sem destino certo, foram para a cidade de Cravinhos (SP), onde trabalharam como colonos nas fazendas de café.

Luiz e Anna tiveram vários filhos: José, Amábile, Carlos e Ricardo, que vieram juntos da Itália, e Maria, Amélia, Luiza Bieta e Américo, que nasceram no Brasil. Em 1914, em busca de melhores oportunidades, vieram morar na vila de Artur Nogueira, no bairro Fazendinha, inciando lavouras de café e mandioca e cultivando cereais.

Ricardo Duzzi se casou com Tereza Boer. Eles tiveram sete filhos: Amélia, Zulmira, Antônio, Delmo, Verônica, Ana Maria e Angélica.

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